Cap. 09 [ Segunda vida - A continuação do lado dele ]

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Um homem entrou, quem é esse maldito?! O plano é me fazer sentir ciúmes? É um plano muito esperto, admito, mas já está ultrapassado demônio sensual, sen-su-al?

Ele agarrou o braço dela, vou esmagar o crânio dele!

Mas quando eu estava prestes a saltar para a varanda de Lili escutei ela gritar coisas sem sentido.

— Conde Ginger, não se mexa! Tem uma aranha enorme no seu cabelo!

Logo depois vi uma das cenas mais engraçadas da minha vida, Lili tinha nocauteado o homem que suspostamente era um conde, ele já estava desacordado, mas ela continuava chutando-o, Lili se assemelhava a um pequeno animal raivoso naquele momento.

— Será que eu matei esse filho da puta?! Serei uma bela fugitiva? Isso não combina comigo!

Bela fugitiva? Hahaha, é mais provável eu me livrar do corpo, porém o coração dele ainda bate Lili.

Ela chutou sua barriga mais uma vez e o conde abriu os olhos.

— Senhorita Normand, a aranha, ela saiu?!

— Sim, sim conde Ginger, eu acertei a aranha atrevida em cheio.

— Oh! graças aos céus, agradeço por salvar a minha vida senhorita Normand, eu, conde Olavo Ginger, jamais esquecerei da sua bondade e coragem!

— Oh sim, por favor não esqueça, agora levante-se conde, e se apresse para consultar-se com um médico e fazer uma checagem completa, não sei se ela chegou a lhe picar, era claramente de uma espécie venenosa, pode ter até mesmo quebrado algum osso nobre do conde... Oh, será que era da espécie quebra-ossos?

— Que-quebra ossos?!

Ele levantou horrorizado.

Eu estava me esforçando para segurar meu riso, ela foi incrível! Foram golpes poderosos para um corpo tão pequeno, dignos de um cavaleiro de Noir, não pareceu uma simples encenação.

E se foi eu já tinha caído...

Quando o conde foi embora pulei para a sua varanda, Lili nem percebeu, ela estava distraída admirando a lua, e quando cheguei por trás dela pude sentir uma fragrância leve e adocicada, acabei me aproximando ainda mais dela sem perceber.

— Merda, minha mão está doendo, a minha unha quebrou e aqui é bem alto.

Eu lembrei que ela sofre de acrofobia, quando éramos crianças eu costumava subir nas árvores para ficar longe dela, eu subia o até o topo, até perder Lili de vista, algumas vezes eu demorava horas para descer, mas sempre que eu descia encontrava Lili me esperando, parada no mesmo lugar.

— Mas estamos apenas no segundo andar.

Ela se virou quando escutou a minha voz, suspirou me reverenciando e sorriu, enquanto eu respondia sua reverência me perguntei se o sorriso dela sempre foi tão cativante.

— Você não respondeu as minhas cartas senhorita Liliam Normand, não somos mais noivos, mas ainda somos amigos de infância, praticamente crescemos juntos.

Eu falei isso, mas ainda assim ela franziu a testa.

— Acho que o duque entendeu algo errado.

— E o que foi que eu entendi errado, senhorita.

Os seios dela estão quase pulando para fora, parecem tão macios... ela está tentando me seduzir? Não precisa mais tentar me seduzir Lili, você já conseguiu fazer isso no momento em que entrou por aquela maldita porta, há meia hora atrás.

Vermelho ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora