Masato - Parte 1

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Região do Japão - 2377 antes da era comum.

- Masato, todo mundo na vila sabe que você nunca faria aquilo com as meninas, mas todos estão com medo, mesmo depois de duas semanas. - Disse Yoko, ajudando-o a carregar parte das sacas de arroz para a carroça real como forma de imposto.

- Você está também?

- Não vou negar que eu estou com um pouco... bom este é a última saca.

- Negativo - falou o soldado em cima do carroção - O imposto aumentou para mais dez sacas, tivemos problemas com o inverno no Sul.

- Tivemos problemas aqui também com o inverno, não podem fazer isto! - Protestou Yoko.

Masato viu logo que haveria um conflito e finalmente entendeu por que todos na vila estavam encarando o carroção com carranca, e depois de pensar um pouco, disse:

- Vamos Yoko, podemos conseguir mais frutas, acho que vai ser um bom ano para caçada também.

Com o soldado ainda inclinado para pegar a última saca das mãos de Masato e colocar no carroção, a espada do soldado se solta da bainha por acidente e cai em direção ao chão. Ao tentar segurá-la de maneira atrapalhada, o máximo que o soldado conseguiu fazer foi girá-la acidentalmente, fazendo com que esta caisse de ponta ao chão, bem em cima do pé de apoio de Masato.

- Cuidado. - Gritou o guarda, mas era tarde demais, não haveria chance de Masato não ter parte de seu pé decepado.

Quando a ponta da lâmina chega perto do pé do homem, algo a faz desviar, fincando-a ao lado, na terra.

- Me desculpe, você está bem? - Disse o soldado.

- Estou sim... - Disse Masato, pasmo e pensativo depois de um segundo. Depois pegou a espada e devolveu-a ao soldado.

- Ei, da próxima vez não a toque! - Disse o soldado.

Masato apenas acenou com a cabeça afirmativamente, então, terminaram de subir a saca e viram o carroção real partir. Quando Yoko diz:

- As vezes você parece estar do lado deles.

- Só estou evitando um conflito desnecessário. Escuta, eu pensei em uma coisa. Por favor, reúna todos da vila ao entardecer perto da pedreira abandonada, menos o dono da baiúca.

- Por que menos ele?

- Ele é informante da corte, nunca percebeu?

A mulher ficou assustada com a afirmação, mas concordou.

*

À tarde, Masato chega à reunião que havia convocado, muitas pessoas sentadas, outras de pé, mas todos olhando com desconfiança para Masato.

- Ei, se chamou a gente aqui para pedir desculpas, não precisa, todo mundo viu que você não fez nada. - Disse um sitiante vizinho.

- Não, não é isto... acho que eu tenho uma idéia. Você - disse apontando para o homem mais forte da vila e depois jogando uma espada para ele - tente me acertar!

O homem hesita, mas Masato insiste.

Assim, o homem começa, bem de leve, tentar acertar Masato, sem sucesso.

- Vamos, força! - Diz Masato.

Ele então pega a espada e começa a golpea-lo, de maneira cada vez mais intensa, com todos os golpes sendo barrado por algum tipo de campo de força, até que o homem coloca toda sua força na espada e ela se quebra, fazendo aponta voar e ficar-se no tronco de uma das árvores, mas deixando Masato intacto.

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