Prólogo - Melissa

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Hoje definitivamente não é o meu dia. 

-Senhora conseguimos localizar a sua mala. -Olho para a mulher na minha frente e penso que talvez isso tudo seja um sinal divino para que eu desista e volte para Los Angeles.

-Obrigada. -Falo e dou um pequeno sorriso. 

Eu não deveria estar aqui na Itália mas não pude negar o pedido da Chloe porque apesar do pouco tempo que nos conhecemos eu sinto um carinho especial por ela, então por esse motivo adiantei duas cirurgias e consegui três dias de folga.

Pego meu telefone e ligo para o poste de terno. 

-O que foi ogra de vestido? -Brian fala assim que atende e dou um sorriso. 

-Seu carinho por mim me deixa emocionada poste de terno. -Falo e ele fica resmungando. 

Tenho vontade de rir alto mas me controlo. 

-Onde você está ogra? -Pergunta. 

-No aeroporto, perdi minha mala e ... -Começo a falar e ele me interrompe. 

-Você perdeu a sua mala? -Pergunta rindo e reviro os olhos. 

-Sim mas já acharam e já estou indo pro clube. -Respondo.

-Está atrasada. -Fala o obvio.

-Eu sei avise a Chloe por favor. -Falo. 

Desligo e ligo para a babá. 

-Senhora Cooper. -Fala quando atende. 

-Apenas Melissa lembra Hannah? -Pergunto. 

-Desculpe Melissa é o costume. -Fala. 

-Como Noah e Eloá estão? -Pergunto. 

-Fizeram a lição de casa e agora estão jogando vídeo game, quer falar com eles? -Hannah pergunta. 

-Agora não, estou atrasada para a festa da minha amiga mais tarde eu ligo para dar boa noite. -Falo. 

Meus filhos são tudo que tenho nessa vida e nada além deles importa, perdi meus pais e meu único tio quando eu era criança em um acidente de avião depois disso fui criada pela minha avó, na verdade eu e minha prima fomos criadas por ela. 

Amber e eu nunca fomos amigas pelo contrário a cada oportunidade que ela tinha ela fazia questão de infernizar a minha vida, sempre foi assim desde a infância quando fomos morar com a nossa avó, ela tinha oito anos e eu dez anos. 

Pego um táxi e no caminho para o clube acabo recordando uma das piores coisas que a Amber fez comigo, eu tinha doze anos e ela dez e em uma manhã acordei com o meu cabelo cortado e quando olhei para o lado ela estava lá sorrindo enquanto segurava uma tesoura, nesse dia chorei muito e foi a primeira vez que soube o que era sentir raiva de alguém. 

Fecho os olhos quando me lembro do que ela falou quando me viu acordada.

-Você está tão feia agora todos vão rir de você sua porquinha. 

Eu sempre fui gordinha e isso apenas serviu de munição para a Amber. 

Respiro fundo e tento afastar essas lembranças ruins da minha mente. 

-Chegamos senhora. -O taxista fala. 

Pego dinheiro na minha bolsa e pago a corrida.

-Fique com o troco. -Falo e saio do carro. 

Quando estou pegando a minha mala um homem cheio de tatuagem se aproxima. 

-Precisa de ajuda gata? -Pergunta. 

Redenção (Cold livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora