A IMPLICÂNCIA COM O PALHAÇO

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Capítulo 7 – A IMPLICÂNCIA COM O PALHAÇO

– Jimin? O que você tá fazendo? – Eu estava pensando, o que aparentemente a galera do circo não sabe fazer, porque amavam me incomodar no meu momento de reflexão. – Pelo amor de Deus garoto, são quatro da manhã, por que você tá pendurado nessa árvore?

– Eu tô refletindo, Taehyung. Pensando na vida. – Respondi para o beta, que ainda parecia confuso.

– E precisava ficar igual um morcego pra fazer isso?

– O que você tá fazendo acordado a esse horário? – Eu resmunguei mudando de assunto.

– Bom, eu só ia tomar uma água, mas agora acho que vou te fazer companhia. – Tá vendo desocupado? O iludido achando que eu estou sozinho? Não se sinta ofendido. Ele não pode ouvir vocês, mas eu continuo aqui, tá? Não fica triste não. – Tava pensando no que? – Eu não estava fazendo nenhuma reflexão super importante.

– Eu não tenho certeza. – Murmurei. – Eu tava no meu trailer, mas aí eu me senti sufocado e decidi sair do meu castigo, então eu vim pra fora, mas já tava escuro, aí eu ouvi um barulho e vi um morcego e agora eu to aqui. – Contei.

– Você tá preso aí? – Ele perguntou me observando no tronco baixo.

– Talvez. – Murmurei e ele riu fraco, negando com a cabeça.

– Vem. Vou te ajudar. – Ele parou ao meu lado. Espalmou uma das mãos na minha barriga e a outra na minha bunda. – Vou contar até três e você joga o corpo pra frente. – Ele disse e eu fiquei confuso com o que ele pretendia, mas quando vi, já estava rodando e caindo no chão, por sorte, não de cara. – Viu? Nem doeu.

– Tá falando isso porque não é a sua bunda. – Eu resmunguei e ele se sentou no chão ao meu lado.

– Para de drama. Não foi nada demais. E agora que você vai ser um acrobata de verdade, tem que se acostumar a cair. – Ele murmurou. – O Jungkook ainda não te ensinou a cair de forma certa?

– Ele ainda tá ocupado demais tentando me manter em equilíbrio. – Resmunguei mal-humorado ao me lembrar do palhaço.

Havíamos nos beijado e eu não consigo admitir ou dormir tranquilamente sabendo que minha boca tinha estado colada na dele e que eu tinha gostado daquela merda toda. Eu deveria me manter centrado amanhã e me controlar, não posso cair nessa armadilha meia boca.

E que história era aquela sem pé nem cabeça de que todos gostavam dele? Aquilo era ridículo, será que só eu consigo ver o demônio que esse alfa é? Ninguém mais tem olhos funcionais nessa espelunca?

– E como estão as coisas com ele? Hoje a tarde você parecia... bem, meio alterado. – Ele disse hesitante.

– Nos beijamos. – Eu disse mal-humorado. – E então ele fez o que sempre faz e estragou tudo.

– Tenho até medo de perguntar como foi que ele estragou tudo. – Ele murmurou. Por que todos sempre ficam do lado dele? Cadê a minha moral?

– Ele começou a falar. – Eu murmurei irritado. – E falar e ele fala demais. – Completei. – No final das contas, decidi que vai ser melhor me manter longe dele. Não sei onde eu estava com a cabeça quando achei que aquilo seria uma boa ideia.

– Se manter longe? Você? Do Jun? – Ele perguntou incrédulo. – Parece até piada.

Não to vendo graça. – Respondi emburrado.

– Nada contra sua tentativa louvável de tentar ser alguém decente, mas você e o Jungkook são incapazes de ficar longe por mais do que algumas horas. – Do que ele tá falando? Podemos passar muito tempo longe. Na verdade, podemos passar uma vida longe.

THE AMAZING CIRCUS | VERSÃO ALTERNATIVA | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora