Capítulo 10 – A NOITE FRIA
Talvez a culpa fosse minha.
Talvez, eu tenha feito algo tão ruim na vida passada, que agora estou condenado a ter que acordar cedo e fazer exercício. Eu sei, eu tenho a opção de não fazer, mas isso vai contra os meus princípios, afinal de contas, eu tenho um sonho e ele exige um pouco de dor e força de vontade.
– Hoje, vamos começar com algo um pouco mais complexo. – O idiota disse enquanto puxava um cilindro de ferro e uma placa de aço. – Sobe, delícia.
– Eu já disse que não gosto de você? – Questionei vendo sua mão estendida. Ele equilibrava a placa em cima do cilindro com o pé, como se fosse uma das coisas mais fáceis do mundo enquanto me oferecia ajuda para subir. Supostamente, em teoria, eu sei qual é o truque e me lembro de achar ele demais quando eu era menor. – Eu vou cair.
– Eu meio que to contando com isso, Querubim. – Ignorando o quão idiota ele consegue ser, me apoiei em seu ombro e tentei me equilibrar na placa, não é tão fácil quanto eu imaginava, na verdade, é bem difícil. – Agora você tem que me soltar e ir ganhando equilíbrio sozinho. – Eu não o soltei, apertei seus ombros, me mantendo firme ali, com pouca confiança de que conseguiria fazer aquilo sozinho. – Ô meu anjo, não se preocupe, se você cair, do chão não passa.
– Você não deveria falar algo como "Não se preocupe, meu bem, eu vou te pegar?" – Eu resmunguei emburrado por ele não seguir o script que eu criei mentalmente pra ele.
– Você quer que eu te pegue, Jiminie? – Ele questionou com a sobrancelha levantada. – Pensei que não quisesse que eu tocasse em você. – Eu bufei, porque ele ta certo e eu tinha me esquecido disso. – De qualquer forma, eu adoraria estar sempre do seu lado para te pegar quando você cair, mas sendo realista, eu não tenho como garantir isso. Então preciso te ensinar a cair.
– Espera, essa aula é sobre cair? – Eu murmurei assustado. – Você pretende me derrubar daqui, é isso?
– Por aí. – Seu tom engraçadinho me irrita, mas ao sentir suas mãos na minha cintura, tentando me dar firmeza, eu ofeguei. – Tá tudo bem? Tá me olhando com aquela cara de novo.
– Eu não tô não. – Neguei. – E não se preocupe, eu meio que achei uma solução para o meu problema. – Resmunguei emburrado. Amanhã, se tudo desse certo, eu nem me lembraria dele e das mãos firmes dele.
– Eu não sei que solução você acha que achou, mas espero que não seja nenhuma ideia maluca ou arriscada. – Sua cara estava franzida, como se tivesse suas dúvidas sobre o que eu poderia fazer e ele ta certo, tem que ter mesmo.
– Não é nada demais. – Resmunguei apertando seu ombro e sentindo ele apertar minha cintura na mesma proporção. – Okay, eu preciso que você tire as mãos de mim. – Ele suspirou frustrado com a minha fala e eu quis rir, porque gosto de importunar ele.
– Se você sentir que vai cair, tente proteger o rosto e a cabeça. – Orientou. – De preferência em formato de bola. – Eu concordei, sem ter certeza ao certo do que ele está falando, mas me preparando para ser solto.
Os primeiros dois segundos livres, foi como conquistar toda a glória do equilíbrio, até o terceiro segundo, quando eu percebi que aquilo não é ficar em pé e percebi que estava caindo.
Ele riu, é claro que ele está rindo. Jungkook é de uma forma geral, um demônio que adora ver a desgraça dos outros, e sinto que tem algo pessoal que faz com que ele aprecie até demais a minha desgraça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
THE AMAZING CIRCUS | VERSÃO ALTERNATIVA | JIKOOK
Fanfic| TENTATIVA DE COMÉDIA | VERSÃO ALTERNATIVA E NOVA DA NOSSA JÁ CONHECIDA CIRCUS | Bem vindos ao Circo Imperial. Onde a única regra é: Sem ômegas no show. Mas eu vou mudar isso ou não me chamo Park Gostoso Jimin. Minha vida no circo é uma decepção at...