A DESCOBERTA DO PALHAÇO

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Capítulo 6 – A DESCOBERTA DO PALHAÇO

Deitado no meu trailer, encarando o teto, eu pensava que merda eu to fazendo da minha vida. Minha conversa com o meu pai não havia me ajudado muito e eu ainda só consigo pensar em como deveria ser ter o corpo dele sobre o meu.

Thomas foi o único alfa daquele lugar que eu consegui convencer a me tocar. Todos eles tem medo do meu pai, ou não tem interesse em mim, o que é ridículo, porque eu sou perfeito, e claro, alguns deles tem medo por conta da minha condição e me acha incapaz de fazer esse tipo de coisa.

Thomas e eu não chegamos tão longe. Eu quis fazer várias coisas, mas o máximo que consegui, foi ver ele sem camisa e mostrar minha bunda pra ele, na intenção de que ele fosse até o final, mas meu pai chegou bem na hora e foi bem difícil explicar por que tinha um alfa olhando minha bunda.

Agora minha mente estava recheada de Jungkook e mais Jungkook. Eu quero ele em todos os lugares e eu preciso ficar longe dele, porque eu não sou bom me controlando.

– Jimin? Meu Deus, o que tá acontecendo aqui? – Ele disse entrando no trailer enquanto tapava o nariz. Meu trailer era pequeno, era feito para duas pessoas, mas eu ocupava muito bem o espaço.

Várias das coisas que eu achava por aí, e apenas trazia para o meu ninho, estavam aqui, assim como as minhas roupas e um banheiro pequeno, que só tinha uma privada e uma pia. O meu trailer não tinha lugar para motorista, apenas um lugar na frente, onde meu pai enganchava o próprio trailer e me rebocava para os lugares.

Por sorte, andávamos de cidade em cidade, então as viagens nunca eram tão longas. Desmontávamos o acampamento em um dia, saíamos cedo no dia seguinte e já começávamos a montar tudo de novo.

Sempre pulamos as cidades pequenas e vamos para as médias, nelas sempre tinham um lugar reservado para pessoas como nós. Esse lugar era o famoso "terra de ninguém". Lotes grandes, cercados por matas em maioria, que era onde a prefeitura deixava a gente montar o circo.

Enquanto ele tranca a minha porta, tudo o que eu consigo pensar é que puta que pariu, eu não tenho um segundo de paz. Eu acabei de falar que preciso dele longe. Qual é universo? Você não sabe o que longe significa?

– Porque tem tanto feromônio no seu quarto? – Ele disse ainda tampando o nariz. – Jimin, você tá entrando no cio? – Quase, meu querido demônio particular e a culpa é toda sua e da sua pinta estúpida.

– Não. – Eu disse emburrado, me recusando a olhar para ele. – Vai embora.

– Você me deixou preocupado. – Ele respondeu enquanto se aproximava e se sentava ao meu lado na cama, me fazendo tremer.

Deus, não. – Resmunguei, ofegante.

– Você tá doente? – Ele disse me encarando, e quando senti a mão dele na minha testa, eu quase me derreti. A mão dele era tão grande. – Você tá quente. – Eu choraminguei. Tira a mão de mim, pelo amor de Deus. – Por que saiu correndo daquele jeito? – Porque se eu não saísse, eu ia cair de joelhos na sua frente e não iria ser pra reza. – Jimin. Olha pra mim, meu mel.

Eu te odeio. – Resmunguei de novo, mas assim que meu olhar caiu sobre ele, eu me senti trêmulo e engoli em seco. – Te dou cinco segundos pra me beijar, ou sair daqui o mais rápido que você conseguir. – Eu não acredito que to fazendo isso. Desocupado, Mayday, SOS, chama a polícia. Não deixe isso acontecer.

Ele piscou atordoado, como se tentasse entender o que estava acontecendo e logo se abaixou para ficar próximo do meu rosto. Eu tô congelado, em uma mistura de ansiedade e pânico, mas assim que os lábios dele tocou os meus, meu peito se aqueceu e meu coração tremeu. Meu corpo pareceu derretido contra a cama e tudo o que eu consegui fazer foi levar minha mão até seus cabelos negros e bagunçados, os puxando mais para mim.

THE AMAZING CIRCUS | VERSÃO ALTERNATIVA | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora