Capítulo 5 - Summer

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Katie POV

Depois de nos levantarmos ficamos em um silêncio desconfortável, a voz no interfone nos tirou de nossa bolha nos jogando de volta na realidade. E na realidade, os elevadores tinham câmeras. S/n me acompanhou até o meu quarto e acabamos ficando desconfortáveis para nos despedir.

- Está entregue, garota do avião. - Ela falou finalmente quebrando o silêncio.

- Esse é o seu apelido para mim? - Perguntei rindo.

- Ah da um tempo, eu nem te conhecia.

Ela mexeu nos cabelos novamente parecendo envergonhada. Segurei sua mão e tirei de lá, ela ia bagunçar o cabelo. Ajeitei seus fios rebeldes deixando eles num bagunçado sexy. Só então percebi o quão próxima do corpo dela eu estava, fiz menção de me afastar mas suas mãos me manterão ali.

- Não vai ainda. - Ela sussurrou baixinho com seus olhos grudados em mim.

Sua cabeça estava abaixada para eu poder olhar seu cabelo enquanto o ajeitava. Iniciei uma carícia em seus fios macios e ela pareceu ficar menos tensa. Só então me lembrei de como ela estava na festa, ela parecia tão cansada e ainda assim dançou comigo por um bom tempo.

- Precisamos descansar, o dia foi longo. - Falei baixinho tentando não quebrar o momento.

Ela afirmou com a cabeça lentamente. Sua expressão relaxada é tão fofa, não tinha mais linhas de expressão ou a veia que parecia querer saltar de seu rosto e ela não parecia estar pronta para matar ninguém. Está parecendo um urso de pelúcia fofinho e gigante. Ela voltou a abrir os olhos e se afastou.

- É claro, desculpe. Estou...

- Ei! Não foi uma reclamação, ursinho. - Ela me olhou parecendo chocada e ofendida. Sorri da forma que sei que deixa ela boba, é bem fácil ler ela.

- Ursinho?! Isso é fofo demais para mim. - Ela cruzou os braços e desviou o olhar mas ainda assim eu percebi a vermelhidão em suas bochechas. - Estou mais para lobo mal!

Ela sorriu de uma forma que era para parecer maléfica mas eu vi apenas um filhotinho mostrando as garras tentando ser feroz. Mas ainda assim levantei as mãos em rendição e ganhei um sorriso convencido dela.

- Boa noite... ursinho. - Falei já entrando no quarto.

- Boa noite. Garota do avião ou talvez duende irlandês? Qual prefere? - A encarei com uma cara brava e ela riu, que audácia. - Boa noite, baby. - Ela beijou minha bochecha.

- Perdeu a coragem de mais cedo? Ou precisa estar bêbada para isso? - Perguntei relembrando nosso beijo. Jogar com o orgulho dela é muito mais eficaz.

Ela que estava indo em direção ao elevador parou no caminho. Devagar ela virou para mim com um sorriso que não consegui decifrar apenas percebi que consegui atingir o orgulho dela e ela parece ter aceito o pequeno desafio.

- Não se preocupe, a hora vai chegar. E quando chegar, não vai ser plateia, mídia, elevador ou câmeras que vai me parar. - Ela voltou a caminhar mas parou e me olhou de novo com um sorriso mais leve mas carregado de segundo intenções. - É bom saber que deseja isso tanto quanto eu, não vou precisar me segurar.

E assim ela entrou no elevador que se fechou e eu continuava para na porta olhando seu caminho enquanto meu corpo sentia o efeito de sua ameaça e talvez promessa. Caralho, eu estou suando! Chorei e não vou dizer por onde.

Quebra de tempo

S/n POV

Acordo com o toque do meu celular. Na moral, na primeira noite em semanas que eu consigo dormir direito me acordam cedo! É sábado! Peguei o celular e atendi.

A garota do avião (Katie/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora