Capítulo 13 - Nublado

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Katie On

Acordei com o sol entrando pela cortina, mesmo com a luz irritando meus olhos eu sorri, principalmente ao sentir um corpo quente me abraçando. Não lembro exatamente como vim para aqui, só me lembro de pedir para a brasileira ficar.

- Bom dia. - Sua voz rouca de sono cortou o silêncio.

- Bom dia! Não percebi que estava acordada. - Comentei me espreguiçando.

- Acordei agora. - Ela responde e encaixa seu rosto em meu pescoço me fazendo rir, pude sentir seu sorriso se formar.

Ela deixa um beijo no meu pescoço e de afasta, sinto meu corpo reclamar com a ausência do toque dela. Descobri ontem que uma das linguagens de amor dela é contato físico, e eu realmente gosto do toque dela.

- Porque saiu? - A pergunto.

- Vou tomar banho e me arrumar. - Ela se aproximou da cama onde eu ainda estava. - E você precisa ir ao set.

Eu não quero ir para o set, eu quero ficar aqui com ela. Como eu digo isso? Senti ela se aproximar de novo, ela deixou um beijo na minha testa e saiu do quarto.

Levantei e fui fazer minhas higienes, após trocar de roupa percebi a bolsa qque deixei com a mel no quarto. Fui para a cozinha e S/n já tinha feito meu chá e colocado café numa garrafinha.

Fui em sua direção e lhe dei um selinho ela logo sorriu e segurou minha cintura me dando um beijo de verdade. Fomos separadas pelo celular dela. O olhar dela mudou quando ela viu o visor.

- Com licença. - Ela pediu se afastando.

Percebi ela falar em outro dioma, talvez seja português. Seu corpo parecia completamente tenso, percebo isso mesmo ela estando afastada. Fui colocar comida para as cachorras.

O que deixaria ela tão tensa assim? Trabalho? Mas o Isaac e o Landon são daqui. Talvez seja a advogada dela? Não, já chega Katherine! Isso é assunto dela, ela decide se conta ou não.

- As vezes eu esqueço que nós não temos nada. - Pensei em voz alta enquanto acariciava as cachorras.

- Ainda. - Me assustei com a voz atrás de mim. - Eu planejo mudar isso em breve. Você vem?

Ela estendeu a mão e eu peguei, ela sorriu nos guiando para fora. Peguei a garrafa que ela esqueceu. Ela chamou as cachorras.

- Vou levar elas a um parque, já que não fomos passear esses dias.

Ela comentou quando entramos no elevador. Eu ainda estou pensando em o que deixou ela tão tensa, olhar dela me lembrou quando ela chegou bêbada em casa. Ela não me contou e eu também não perguntei o porquê.

- O que foi? - Ela perguntou acariciando meu rosto.

- Quando você voltou bêbada... - Iniciei e percebi ela se fechar. - Estava com o mesmo olhar de agora quando atendeu o celular.

Ela me disse antes para falar o que me incomoda, esse parece ser um assunto difícil.

- A ligação de agora a pouco foi da minha mãe, quando voltei bêbada o motivo também foi minha família. - Ela falou num tom baixo e um pouco trêmulo.

- Está tudo bem, só fiquei preocupada. Não precisa falar disso se não quiser.

Peguei em sua mão e fiz carinho nela. A brasileira parecia tensa novamente. O sentimento de culpa me invadiu.

- Eu não quis pressionar.... - Soltei sua mão.

- Não pressionou. - Ela pegou minha mão de volta. - Apenas não me sinto a vontade falando sobre isso. Está tudo bem, você não fez nada de errado.

A garota do avião (Katie/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora