Capítulo 16

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Cecília

Sorrio ao entrar pra dentro. O jantar foi maravilhoso, Augusto foi muito simpático tanto comigo quanto com Adam. Eles parecem se gostar muito e realmente tenho muito medo de Adam se apegar de mais nele.

Entro no meu quarto com Adam, ajudo ele a se arrumar e ir pra cama. Faço o mesmo e quando me deito penso nele, sera que seria loucura da minha mente estar cogitando a ideia de estar gostando dele? Solto um longo suspiro e resolvo que o melhor é dormir. Amanhã tenho um dia cheio.

Desperto com a voz de Adam. A preguiça me toma completamente, mas tenho obrigações, e por mais que meu corpo implore para ficar aqui, deitada, não posso.

Ele sai pra ir tomar seu café. Desde que chegamos aqui ele esta se achando todo independente, são raras às vezes que ele pede ajuda para se arrumar, pois ele sempre diz que o avô dele irá ajudar pois homem entende homem. Eu fiquei besta com isso? Mas na verdade isso é so à prova de que ele está crescendo. Daqui a duas semanas ele ira completar Seis anos, meu bebê já não é mais um bebê.

— Conta tudo? Como foi ontem? — Fernanda me pergunta entrando no quarto. Assusto com sua chegada repentina.

— Que susto, quer me matar do coração? — Digo a ela com a mão no coração. Ela ri da minha cara.

— Então como foi?

— Foi normal, a comida estava maravilhosa. — Digo pegando minha bolsa.
— Ele foi gentil.

— Sério? Não deram nenhum beijinho?

— Fernanda isso é coisa que se fala. — Digo já saindo do quarto e ela vem rindo atrás de mim. — Isso não vai acontecer.

— Ok, mas me conta quando acontecer. — Ela diz rindo. Meu pai olha para nós duas e sorri. Ele deve ficar feliz por ver eu e sua mulher se dando bem, logo quando minha mãe fez a caveira dela pra mim.

— Contar o que querida? — Ele pergunta sorrindo, olho para ela que sorri.

— Quando ela e Augusto for sair de novo. — Ela diz toda empolgada.

— Sair? De novo? Esse rapaz tá querendo o quê? — Meu pai diz tudo de uma vez e sério. Não sei se sorrio do seu jeito ou fico assustada com medo dele realmente estar bravo e não gostar de Augusto.

— Carlos eu não vejo problema algum da Cecília sair, conhecer pessoas da idade dela, namorar. — Fernanda diz o olhando feio. — Você tem que parar com essa mania.

— Eu sei, mas é minha filha, eu cuido dela agora, não quero esses marmanjo querendo tirar proveito da minha menina. — Ele diz sério, fico pensando sera que Augusto quer isso?

— Vai por caramiolas na cabeça da menina, sabe muito bem que o rapaz é de família, gente boa. — Fernanda diz a ele.

— Eu gosto do tio Augusto. — Adam diz sério para o avô. — Ele é legal.

— Eu sei, mas tenho medo, é ciúmes de pai. — Ele diz com um ar triste. — Não estive quando precisou de mim, não cuidei de você como deveria. — Ele me sorri triste. Quero ir até ele o abraçar e dizer que não culpo ele, que já o perdoei. Quero chamar ele de pai e dizer que eu o amo. Mas simplesmente não sei se consigo.

— Eu sei me cuidar, e fica tranquilo que se ele vir com gracinhas eu mesmo aprumo ele. — Digo a ele para o tranquilizar.

— Isso mesmo, e me chama. — Ele diz sorrindo porém ainda assim com um ar sério. — Eu te amo, estou aqui sempre. — Afirmo sem mais prolongar o assunto.

Deixo Adam na escola e vou para a padaria. O dia nem bem começou e o povo já está tudo agitado. Quando estou atendendo uma senhora, meu celular toca, sorrio pedindo licença e peço a um dos funcionários que atenda ela. Vejo que é a escola de Adam.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde histórias criam vida. Descubra agora