CecíliaSorrio ao entregar uma sacola com alguns pães de queijo pra uma senhora. Ela me sorri e se vai. Gosto de atender as pessoas, tem umas que são grossas, às vezes por ter tido um mal dia, acabam descontando em alguém, ou seja, a primeira pessoa que veem na frente.
— Os clientes te amam. — Meu pai diz sorrindo.
— Deve ser porque sou muito gentil com eles. — Digo sorrindo, e isso bem que é verdade, não trago meus problemas pro serviço, as pessoas não tem culpa.
— Ou porque você sempre põe a mais pra eles. — Fico com vergonha, devo estar um pimentão de vermelho. Isso é verdade, sempre dou um a mais. — Não fique com vergonha, às vezes eu faço isso.
— Pode descontar. — Digo a ele que ri negando.
— Não farei isso, devo é aumentar seu salário. A clientela aumentou mais, depois da sua chegada. — Sorrio do seu comentário. — Fernanda me disse que uma ex do Augusto teve aqui, o que ela queria?
— Ela tentou por medo em mim, mas acho que eu é quem coloquei medo nela. — Digo rindo, mas sinto uma raiva ao saber que aquela ordinária tentou me matar, tudo isso por ciúmes de Augusto.
— Por que? Fernanda não contou tudo.
— Essa mulher que veio aqui, é a mesma que estava no carro que quase atropelou eu e Adam.
— Eu não acredito nisso, quer ir a delegacia? Vamos dar queixa contra essa mulherzinha.
— Papai, está tudo bem. Vamos esquecer isso, acho que ela ficou com medo de Fernanda também. — Conto rindo. — Ela botou a mulher pra correr daqui.
— Fernanda é maravilhosa, não sabe no quanto fico feliz em saber que vocês se dão bem.
— Ela esta sendo pra mim o que minha mãe nunca foi. Eu gosto muito dela.
— Eu te amo, e sempre soube que a menina doce dentro você nunca ia morrer, você é um anjo Ceci, eu vou estar aqui sempre. — Abraço meu pai, sempre quis isso, sempre quis ele por perto.
— Eu te amo papai, obrigada por estar aqui. Eu juro que tento todos os dias, nunca deixar apagar minhas esperanças, nunca deixar de ser quem eu sou.
— Sei que passou por coisas que não quer falar, mas estou aqui, pra te ajudar e nunca julgar. Amo você minha menina.
— Obrigada, eu só preciso me sentir segura comigo mesmo.
— Eu sei, você e Adam são minhas vidas, amo você e sua irmã do mesmo modo, não há diferença entre vocês pra mim. — Ele sorri. — Não quero que fique magoada com o que ela disse a você.
— Não estou, já passou. Mas é só ela não repetir o que me disse, caso contrário aí a coisa vai ficar feia. — Digo a ele que sorri.
— Você parece mais comigo, do que eu mesmo.
— Tal pai, tal filha. — Ele sorri mais ainda. Me abraça e beija meu rosto. Quando olho pra porta vejo Álvaro parado e sorrio.
— Oi, cadê Adam?
— Seu filho não quer mais vir embora. — Ele diz sorrindo. Sorrio mas meu medo de algo ter acontecido ao meu filho é enorme.
— Duvido, ele não vive sem mim. — Digo olhando pra ver se Adam está atrás dele, mas não tem nem sinal. — Cadê meu filho?
— Cecília fica calma, Adam deve estar bem. — Meu pai diz, mas eu olho pra Álvaro que sorri. E isso está começando a me irritar.
— Ele está bem, eu não vou poder trazer ele, então vim ver se Carlos ou você vai até a oficina pegar ele. — Ele diz isso e meu coração se acalma. Meu filho está bem. — Tenho que ir resolver umas coisas, não vou voltar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNA
RomanceAugusto Guerra, marcado por uma decepção amorosa, fecha-se para o amor. Cecília Xavier, mãe solteira batalhadora, enfrenta um dilema passado e busca auxílio na última pessoa que imaginaria. Juntos, eles descobrem o verdadeiro significado do amor e l...