Capítulo 35

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Augusto

Olho Adam sorrindo ao ver os meninos mexendo nos carros. Nunca fiquei tão feliz assim. Queria tanto ver ele, ter ele bem pertinho assim de mim. Sorrio indo até eles.

— Está com fome Adam?

— Eu tô, sabia que minha mãe deixou eu vir ficar aqui e almoçar. — Ele pergunta e sorrio ao ver que mesmo com nossa discussão e distanciamento, ela não proibiu Adam de vir me ver.

— Ela deixou? Que bom. — Digo a ele que sorri.

— Minha mãe é linda, ela disse assim: Adam a mamãe vai deixar você ir ver o tio Augusto, mas tem que obedecer o tio Álvaro e ele. — Ele tenta imitar a mãe e sorrio. Acho lindo o amor que ele tem pela mãe.

— Disse assim é? Se sua mãe ver você imitando ela, vai puxar sua orelha. — Álvaro diz rindo, e Adam faz uma cara assustado.

— Vai não meu amor, ela vai dizer que não fala assim. — Digo sorrindo. — Álvaro tem como trazer nosso almoço?

— Por que não vamos almoçar lá no dono da comida. — Ele diz rindo ao se referir a Eduardo. — Quer ir Adam, lá no tio Eduardo?

— Só vou com o tio Augusto. — Ele diz grudando em mim. Sorrio, pegando no colo.

— Vamos então.

Adam vai o caminho todo falando de tudo, não sei da onde ele tira cada coisa para falar, ele conta de uma tal tia Josefa, que ficava com ele pra Cecília ir trabalhar.

Quero tanto saber de tudo dela. Quero tanto que ela confie em mim pra se abrir, contar o passado os seus medos,  quero tanto ser aquele que vai segurar sua mão quando ela pensar em desistir. Mas acho que agora, eu só vou ter mesmo é sua ausência.

— Chegamos. Vamos lá, tô morrendo de fome. — Álvaro é tão exagerado.

Eduardo me olha surpreso ao ver Adam segurando na minha mão. Sorrio e apresento Adam a ele.

— Voltaram? — Ele pergunta e nego. — Mas o filho dela está aqui com você.

— Sim, ele veio passar o dia comigo.

— Sabe que estão parecendo aqueles casais separados, do tipo guarda compartilhada. — Ele diz rindo, reviro os olhos.

— Vamos lá, o que vai nos servir hoje? — Álvaro pergunta e Eduardo bufa.

— Deveria cobrar cada prato de comida que você come. — Ele diz e começo a rir. São raras as vezes que venho aqui, mas sempre pago o que como, apesar de Eduardo dizer que não precisa. Mas Álvaro esse não tem jeito. Ainda bem que ele não é o dono do restaurante, se não já teria ido a falência.

— Isso é injusto, te dei um carro de presente, e  sempre que precisa de mim estou aqui. — Ele começa com seu drama. Ele é igual nossa mãe no drama.

— Tio, eu pago pra você, eu peço pra minha mãe, ela dá. — Adam diz e sorrio pela forma que ele fala com Álvaro. Adam tem um coração enorme.

— Não precisa querido, o tio vai dar comida pro bebê da mamãe. — Eduardo diz rindo e bagunça os cabelos de Adam. — Sua atitude foi muito bonita.

— Obrigado Adam, sei que só você me entende. — O lavado do Álvaro diz abraçando Adam que sorri. — Mas não precisa, o tio Eduardo vai deixar eu comer um monte de coisa.

Ele diz e Eduardo cai na gargalhada, raro ele rir assim. Mas dessa vez Álvaro exagerou em dizer isso.

— Você é uma graça Álvaro. — Ele diz e Álvaro pisca pra ele. — Irei mandar alguém trazer o cardápio. E nada de bobageira pro menino. — Ele diz em advertência. Como se eu não soubesse cuidar de uma criança.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde histórias criam vida. Descubra agora