Capítulo 09

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Augusto

Sinto meu corpo relaxado. Acho que nunca dormi tão bem assim. Mas a casa da nossa mãe é outra coisa. É tudo de bom.

Me levanto com uma preguiça, faço minha higiene e vou a cozinha onde dona Luiza deve estar. Quando chego ela está mechendo em uma panela, doce amo seu doce de leite.

— Bom dia minha mãe. — Digo beijando seu rosto. Logo meus irmãos entram e fazem o mesmo.

— Doce de leite? — Álvaro pergunta.

— Não filho, é de abóbora.  — Ela diz a ele que faz cara de ofendido. — Não tá vendo menino.

— Mamãe tá atacada hoje em. — Ele diz a ela que revira os olhos.

— É pra vender? — Eduardo pergunta.

— Não, hoje irei receber visitas, então estou fazendo varias coisas pra minha visita experimentar.

— A sua amiga e o neto? — Pergunto a ela que afirma.

— Sim, ela quer esfregar na minha cara que tem neto e eu não. — Ela diz e olho para meus irmãos, nós já sabemos que ela vai fazer seu drama. — Mas o que posso fazer, meus filhos não prestam pra conhecer uma boa moça de família, que queira casar e me dar netos.

— Mamãe, achamos que já tinha esquecido esse assunto. — Digo a ela que faz cara de triste.

— Eu sei, eu aguento. — Ela diz fazendo drama. — Tá tudo bem, só que tenho medo de morrer e não ver meus filhos casados e com filhos. — Ela diz e nós a olhamos chocados sem reação para tamanho drama.

— Mamãe a senhora não vai morrer, é forte. — Eduardo diz rindo da cara dela.

Tomamos nosso café com ela fazendo uma cena. Nós só sabemos rir de seu drama exagerado. Penso em ficar para o almoço, quem saiba ganho um pouco desse doce.

— Vão ficar pro almoço? — Ela pregunta. — A enteada da minha amiga é solteira, diz que é uma moça muito bonita. — Ela diz e já sei onde quer chegar.

— Não vamos mamãe, temos que voltar para o  trabalho. — Digo a ela que suspira. Meus irmãos sorri agradecendo. — Mas quem saiba outro dia viemos ficar uma semana toda aqui, a senhora vai até enjoar de nós. — Digo me levantando e beijando suas bochechas rechonchudas.

— Não querem ficar e ver a moça e seu filho. — Ela diz e negamos.

— Mas já está querendo enfiar os meninos na moça. — Meu pai entra na cozinha a olhando rindo. — Luíza nem sabemos se a moça tem alguém.

— Você não sabe de nada Joaquim. — Ela diz brava. Ele vai até ela lhe beijando com carinho. Nós só sabemos rir da marra da minha mãe com meu pai, e logo ela toda derretida com ele. É um amor assim que quero pra mim, simples, humilde e perfeito.

Claro que nem sempre foi rosas, mas eles venceram. É um amor assim que desejo, que vence as lutas, obstáculos. Um amor que vai fortalecer e não enfraquecer. Quando esse dia chegar, serei eternamente feliz.

— Vamos Augusto. Temos que arrumar nossas coisas e partir logo. — Álvaro diz e afirmo.

— Mamãe está doida só pode, querendo nos apresentar a garota que nem ela conhece. — Eduardo diz indignado.

— Eu quero isso sabe. — Álvaro diz e paramos para olhar para ele.

— Quer ficar e ver a garota? Nós ficamos, não sabíamos que você queria. — Digo a ele, nós decidimos por nós, mas se Álvaro quiser ficar e conhecer a garota e seu filho iremos apoiar ele, como sempre fazemos.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde histórias criam vida. Descubra agora