Capítulo 11

748 135 7
                                    

Augusto

Começar o dia sem café me deixa de mau humor, dormi pouco e ainda não tomei meu café, agora tenho que trabalhar e me esforçar para não socar ninguém.

— Bom dia irmãozinho! — Assim que entro na oficina vejo meu irmão mexendo em uma moto, ele para o que está fazendo e me olha.

— Não tem nada de bom.

— Achei que a noite tinha sido boa. — Ele zomba e minha vontade é socar essa boneca.

— Álvaro a noite foi boa, só a manhã que não está sendo, não tomei café então não me torra a paciência!

— Você mora perto da padaria do Carlos, me admiro de você não tomar café da manhã lá todos os dias. — Faço careta, eu nunca me lembro da padaria, passei na frente dela e não parei para comer algo e tomar café.

— Passei na frente e nem me toquei.

— Você é besta. Veio a pé?

— Sim.

— Ok, vamos trabalhar, tenho que entregar essa moto hoje e você precisa ver o carro do Marcos, ele deixou o carro, está ali.

— Ok. — Caminho até o carro, gosto de mexer com eles, conheço cada peça e sua função, já Álvaro gosta de mexer com motos, tem uma facilidade incrível em achar o problema e resolver.

No meio do dia saímos para almoçar, volto sozinho para a oficina, meu irmão vai para a concessionária, às 17h ele me manda uma mensagem, não costumo sair esse horário da oficina, mas preciso de cafeína, já gritei com dois funcionários e não sou assim.

— Pessoal tô indo, fechem tudo no horário e até amanhã. — Saio do local e caminho até a padaria de Carlos, gosto dos biscoitos que tem lá e o café também é maravilhoso. Álvaro já está lá, aquela boneca ama aquele lugar, mora em outro bairro, mas vem para cá só para comer na padaria, Fernanda é quem gosta, ela é igual minha mãe, só sabe empurrar comida nos outros.

Adentro o local e me surpreendo ao ver o garotinho que quase atropelei conversando com Álvaro e sua mãe atrás do balcão os observando, então ela trabalha aqui, interessante. Ela não me vê se aproximar, só me olha quando falo com Álvaro.

— Ganhou um amiguinho Álvaro? — Ela parece em choque, acho que reconheceu minha voz.

— Ganhei. Olha como ele é esperto e bonito. — Olho o garotinho e sorrio, realmente, é um menino muito bonito, parece muito a mãe, ergo o olhar e nossos olhares se encontram, ela está surpresa e sem reação.

— Olá, meu nome é Augusto, qual seu nome? — Desvio meu olhar da mulher e foco no garotinho, garota linda da peste, quase que não encontro forças para desviar minha atenção.

— Adam.

— Que nome lindo. Adam você me desculpa pelo outro dia? — Álvaro me olha sem entender, Adam olha para a mãe buscando uma resposta, resolvo olhar também, que olhos lindos, fico tonto com sua beleza, balanço a cabeça tentando me concentrar em algo que não seja a beleza dessa mulher. — Eu sinto muito pelo outro dia, eu não quis te dar aquele susto, estava distraído, mas aprendi a lição, nunca mais me distraio no volante.

— Você foi um irresponsável, eu quase perdi meu filho! — Sua voz sofre uma alteração, Álvaro compreende tudo e me olha sorrindo, conheço esse sorriso, está debochando, pior, está se divertindo as minhas custas, Adam fica em alerta, vejo Fernanda surgir, ela se surpreende ao ver eu e meu irmão, logo ela observa a mulher e se aproxima.

— Cecília se acalma querida, Adam está assustado. — Vejo que seu olhar vai para o garotinho, ela sorri para ele que se acalma, Cecília, gosto do nome, é tão bonito quanto ela. — Que bom ver vocês meninos, fui ver a mãe de vocês ontem. — Cecília a olha surpresa, fico sem entender.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde histórias criam vida. Descubra agora