Capítulo 37

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Augusto

Adam desenha vários carros, do jeito dele mas desenha. Ele corre pra mim, com um desenho. Sorrindo e me mostra.

— Olha o que fiz. — Vejo seu desenho, e tem um casal e uma criança.

— Que lindo quem são? — Pergunto, mas já sei a resposta.

— Essa é a minha mãe, esse sou eu e você. — Ele diz sorrindo. — Vou fazer um pra minha mãe também. — Ele diz e corre desenhar novamente.

— Ele é bem legal. — Sebastião diz e sorrio.

— Sim ele é. Um amor.

— Você ama ele mesmo.

— Sim, me sinto parte dele.

— Como um pai?

— Pode se dizer que sim. — Digo em um suspiro. — Mas depende também de como ele me vê.

— Não vai demorar e ele vai estar gritando, papai. — Ele diz e sorrio. — Tem uma mulher lá na frente.

— Só falta ser a louca da Carmem. — Aquela mulher não vai me deixar em paz. — Pode chamar a polícia.

— É uma tal de Cecília. — Ele diz sorrindo. Paro de falar assim que ele cita o nome dela. Ela está aqui.

— A Cecília? Mãe do Adam?

— Sim, ela mesma. Ela é bem bonita.

— É, mas não é pro teu bico. — Digo a ele que começa a rir.

— Eu disse pra ela entrar, mas ela é bem durona, disse que esperava lá fora mesmo.

— Ela está sozinha lá fora? — Ele afirma. — Adam vamos lá ver sua mãe.

— Minha mãe? Na onde?

— Ela está la fora, vamos.

Pego na sua mão, e vou com ele até ela. Quando chego até ela. Adam corre na sua direção. Ela está linda, com olheiras, mas ainda assim linda.

— Oi meu amor, que saudade. — Ela diz  apertando ele. — Como você está?

— Eu também tô com muita saudade mamãe. — Ele aperta as bochechas dela uma forma de carinho, beija cada uma delas. — Foi muito legal, o tio Augusto cuidou direitinho de mim. — Sorrio do seu jeito de falar que cuidei dele direitinho.

— Que bom meu amor. — Ela diz sorrindo pra ele. Seu olhar se encontra com o meu. Senti tanta falta de olhar pra ela. — Oi. — Ela diz meio tímida, gosto do seu jeitinho. Mas queria mesmo era um abraço dela. Sentir seus braços, seu cheiro.

— Oi Cecília, como está? — Digo vendo seu semblante ficar triste. Talvez ela esperasse que eu agisse de outro modo, mas tenho medo de agir como antes e ela me dar um fora.

— Estou bem e você?

— Tô bem. Quer chegar?

— Acho melhor ir. — Ela diz, mas não quero que ela vá. Quero ficar um pouco mais com ela. Nem que seja só olhando pra ela.

— Mamãe vamos ficar mais um pouquinho. — Adam pede e vem até mim. Pego ele no colo o beijando. Ela fica numa luta interna consigo mesma. Quero que ela diga sim.

— Tudo bem, só mais um pouquinho. — Sorrio. Quero tanto ir até ela e beija-lá. Essa pose de indiferença minha, tá me matando.

Eu os levo até meu escritório. Tem vários desenhos de Adam. Ele fica tão feliz com ela por perto.

— Eu que fiz mamãe. — Ele diz mostrando tudo. Ele mostra o desenho que fez de nós três juntos. Vejo que ela fica sem palavras. Eu também fiquei.  — Olha mamãe, eu fiz nós e o tio Augusto. Vou fazer um pro vovô também.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde histórias criam vida. Descubra agora