A Escolha Dos Anjos - Os Anjos Perdoam?

Capítulo 1

Visão da Clary

- O que são essas tatuagens no seu pescoço? - Perguntei olhando nos olhos de Jace.

Não sei o porquê de estar tão curiosa sobre isso. Sinto que conheço Jace e que ele era uma pessoa muito importante em minha vida, e que aquelas tatuagens, de alguma forma, eram parte de mim e da minha história.

- São... Não são nada Clary. - Jace disse, mas eu sabia que ele estava mentindo.

- Não. - Comecei a dizer. - Eu sei que significam alguma coisa. Eu sinto que... - Mas um barulho me interrompeu, e quando me virei vi uma espécie de monstro. - Jace... O que é aquilo? - Perguntei assustada.

- Droga... - Foi o que ele disse.

Visão do Jace

Eu não podia acreditar que ela havia lembrado meu nome e que conseguia me ver. Eu estou tão feliz!

Será que o Anjo me escutou e finalmente a perdoou?

Mas ao mesmo tempo estou preocupado. Se ela consegue me ver, quer dizer que sua visão está voltando e que ela poderá ver os demônios novamente, e se algum a atacar, ela não terá como se defender.

- O que são essas tatuagens no seu pescoço? - Ela me perguntou, com o olhar fixado no meu.

Ela tem os olhos mais lindos do mundo, tão verdes quanto as mais preciosas esmeraldas, que ficavam ainda mais lindos com aquele olhar de curiosidade. E o sorriso mais encantador de todo o mundo das sombras, não, de todo o universo. A coisa que eu mais queria era beijá-la nesse instante.

- São... - Comecei a dizer, ia contá-la o que as runas significam, mas parei. Eu não sei o que ela lembra ou se ela vai lembrar do mundo das sombras. Talvez ela lembrar do meu nome seja apenas uma coincidência, e se eu contar a ela eu posso colocá-la em perigo. Isso me apavora só de imaginar. - Não são nada Clary.

- Não. - Ela disse me encarando. - Eu sei que significam alguma coisa. Eu sinto que... - Um barulho a interrompeu, ela se virou e viu um demônio. - Jace... O que é aquilo? - Ela me perguntou e pude ver o quão assustada ela estava.

- Droga... - Justo agora tinha que aparecer um demônio.

- Jace. - Ela me olhava assustada.

Eu não sabia o que fazer, só sabia de uma coisa: tinha que proteger Clary.

- Clary me escuta. - Disse sem tirar os olhos do demônio. -  Vai ficar tudo bem, ok? Eu prometo que vou te explicar tudo quando isso acabar, mas agora eu preciso que você fique calma e se esconda.

- Mas...

- Clary, por favor...

Eu a interrompi e olhei por um segundo em seus olhos, foi quando o demônio começou a avançar.

- Clary... Vai... Agora! - Disse tirando uma lâmina serafim do cinto.

Clary começou a correr e assim que o demônio se aproximou eu o ataquei, mas, para o meu azar, ele se dividiu em dois e um foi atrás de Clary. Comecei a lutar com ele quando escutei um grito...

Clary!!!

Com um golpe matei o demônio e corri atrás dela, e quando a achei meu coração parou por um segundo. Ela estava ferida, o demônio estava a prestes de matá-la, e como se fosse um gatilho, minha runa se ativou e o matei.

- Clary, não por favor.

Eu estava apavorado, não podia perdê-la. Já estava com ela em meus braços, analisando seus ferimentos, um na barriga que estava sangrando e outro no pescoço, no mesmo lugar onde o demônio metamorfo a feriu na primeira vez que a salvei.

- Jace...

Foi a última coisa que ela disse antes de ficar inconsciente. Eu não podia perder tempo, tinha que fazer alguma coisa para salvá-la, e então me lembrei da primeira runa que desenhei nela.

A iratze.

Eu tinha que tentar e mesmo com medo de não funcionar, peguei minha estela e desenhei no mesmo lugar como na última vez, rezando ao Anjo para que funcionasse e Clary ficasse bem. A peguei no colo e comecei a andar, não podíamos ficar aqui e servir de alvos para mais demônios, e também não podia levá-la para seu apartamento mundano.

Tinha que levá-la a um local seguro, um lugar de onde ela nunca deveria ter sido obrigada a ir embora.

Tinha que levá-la de volta ao instituto.

Gente esse foi o primeiro capítulo! Eu espero que vcs tenham gostado!