Capítulo - 06

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Arthur

Termino de me arrumar para ir a festa do Caetano. Confesso que estou um pouco desanimado para ir.

Manuela ficou totalmente estranha depois do meu convite para almoçar, me tratou de forma distante e eu nem sei por que.

Pego as chaves do carro e saio de casa. Meus pais saíram para jantar e Luiza foi dormi na casa de uma amiga da faculdade.

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Avisto Caetano em uma rodinha e vou cumprimenta - lo, nos conhecemos na faculdade e mantemos amizade desde então.

-Eai cara que bom que veio, cadê a Júlia não veio? - ele pergunta.

-Não deu para ela vim, muito trabalho - digo e vejo sua cara de decepção, muitos garotos babam pela Júlia. Mas ela nunca ficou com ninguém.

Ela é do tipo romântica que espera o cara certo aparecer. Sonha com o amor e essa vida de curtição não a agrada em nada.

-Que pena, aproveita a festa - ele fala e concordo - Tem bebida na cozinha, vai lá.

Me despeço dele e caminho para a cozinha, pego uma cerveja e caminho pela casa, muitas pessoas dançado, casais se beijando e decido ficar na sacada da casa olhando o movimento de tudo.

-Oi, sozinho? - uma garota ruiva, pergunta chegando em mim com um sorriso sedutor.

-Agora não mais - respondo a ela.

-Posso te fazer compania - ela fala sedutora colocando a mão em meu peitoral.

A observo é não digo nada e ela sorri de lado e quando vejo ela se aproximando de mim a beijo. Mas por um momento a minha mente viaja e imagino Manuela ali no lugar dela.

Me imagino beijando os lábios da Manuela, abraçando seu corpo delicado e quando volto para a realidade, percebo que não é a Manuela ali.

Desgrudo meus lábios dela e saio andando deixando a garota confusa para trás.

O que tá acontecendo comigo? acabei de beijar a garota e pensei na Manuela. Meu Deus.

Saio da festa, pego meu carro e dirijo sem rumo e quando me dou conta estou na frente do portão da Manuela. Paro o carro e penso em bater na porta dela e a chamar.

-O que eu to fazendo? eu só posso tá louco. Manuela você está me deixando maluco.

Resmungo saindo dali antes que eu faça uma besteira, só tem uma semana que eu conheci ela e já estou agindo dessa maneira que não condiz em nada comigo.

Ao chegar em casa me jogo na minha cama e tento colocar meus pensamentos em ordem.

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O final de semana passa lento, e na segunda passo o dia no fórum em uma audiência, no finalzinho da tarde vou para o escritório e vejo Manuela de longe limpando o balcão da recepção.

Entro no elevador e vou direto para a minha sala, abro o meu computador e mergulho de cabeça nos novos casos que chegou ao escritório.

Escuto a baterem na porta e levanto a cabeça vendo meu pai entrar logo em seguida.

-Filho não precisa me esperar, vou pegar sua mãe na loja tá chovendo muito lá fora e não gosto que ela vá embora sozinha.

-Tudo bem, vou termina aqui e também já vou.

Meu pai vai embora e termino a papelada que eu tinha para fazer, desligo tudo e vou para o elevador.

Aceno para a recepcionista e vou pegar meu carro na garagem. Ao sair na rua vejo o quanto a chuva está forte.

Avisto Manuela sentada no ponto de ônibus sozinha em meio a chuva, ela só não está se molhando por conta do telahadinho que tem no ponto.

Decido ir até ela. Paro o carro em frente ao ponto e abaixo o vidro, vejo ela me olhar.

-Deixa eu te dar uma carona, tá chovendo muito e o ônibus vai demorar para passar.

-O senhor não precisa se preocupar, eu prefiro esperar o ônibus.

-Eu te dou uma carona Manuela.

-Obrigada mais não.

-Tudo bem - ando um pouco com o carro e o estaciono, desço do mesmo e corro até o ponto do ônibus no intuito de não me molhar muito.

-O que você está fazendo ? - ela pergunta levantando do banco.

-Já que você não quer minha carona, vou ficar aqui e esperar o seu ônibus chegar.

-Você não precisa fazer isso - ela fala brava .

-Preciso e vou - digo firme e ela me olha completamente confusa - por que você tá agindo assim comigo?

-Não sei do que você tá falando - ela fala olhando para o outro lado.

-Sabe sim, desde quando te convidei para almoçar comigo você vem me tratando mal - falo.

-Quer saber o ônibus vai demorar eu vou ape mesmo - ela fiz e simplesmente sai andando na chuva deixando para trás sua mochila que está no banco do ponto de ônibus. Corro atrás dela.

-Espera anjo - digo conseguindo segurar seu braço e a puxo para mim colando nossos corpos.

Olho para seu rosto, todo lindo. Seus lábios rosados me convidam e olho mais uma vez para seus olhos e faço algo que estou com vontade a muito tempo.

Beijo Manuela, sinto seus braços rodearem meu pescoço e seguro sua cintura, não me importo com a chuva e nem com o fato de estarmos encharcados, tudo que penso é nos lábios da garota mais especial que já beijei.

Apenas mais um coração - Livro 7Onde histórias criam vida. Descubra agora