Capítulo - 12

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Manuela

   Meu domingo foi bom, fui ao cinema com a minha tia coisa que não fazíamos a tempos por que o dinheiro nunca dava, mas agora com meu emprego tenho conseguido dar esse luxo para ela.

    Na segunda levo almoço para mim e para o Arthur, ele tem almoçado comigo constantemente e por isso agora levo comida para nós dois já que segundo ele a comida da minha tia é maravilhosa.

    Faço meu trabalho a manhã inteira e  na hora do almoço vou para a copa e preparo a mesa com dois pratos, coloco a jarra de suco e espero ansiosa pelo Arthur.

    Nesse momento meu celular apita com uma mensagem do Arthur e meu sorriso some no mesmo instante.

  "Anjo estou atolado aqui, infelizmente não vou poder comer com você."

     Mando um tudo bem e olho para a mesa, o que eu vou fazer com tanta comida. Começo a retirar a mesa e Marcos entra na Copa

   —Oi Manu.

    —Oi Marcos tudo bem?

   —Sim é você?

    —Tô bem, você vai almoçar?

   —Vou comer um sanduíche qualquer, hoje acordei atrasado e não tive tempo de trazer comida.

   —Eu trouxe bastante comida você quer? - pergunto, trouxe muita comida e se ele não quiser talvez estrague e tudo que eu não quero é estragar comida.

   —Eu aceito, nossa obrigada Manu - ele fala sorrindo abertamente e comemos rapidamente.

    Marcos é segurança, nós conhecemos aqui mesmo no escritório, ele é um bom amigo.

    Almoçamos e logo voltamos ao nosso trabalho, mas eu não consigo me concentrar e decido ir até a sala do Arthur vê ele.

    É sempre ele que me procura, tenho que mostrar que também posso ir falar com ele e mostrar que eu também gosto dele. Mas assim que chego ao andar do escritório dele o vejo com uma mulher loira e elegante.

    A mesma está com a mão em seu peito, parecem extremamente íntimos. Nesse momento o olha de Arthur foca no meu e ele tira a mão dela de seu peito rapidamente e caminha até mim e segura a minha mão.

   —Anjo - ele fala e logo o olhar da mulher me encara com nojo e me sinto pequena - Que bom que você veio aqui.

    —Não vai me apresentar Arthuzinho? - Ela fala caminhando até nós e me olha de cima a baixo, analisando meu uniforme de trabalho.

   —Verônica, vou buscar o documento na minha sala, aguarde aqui - ele simplesmente sai me puxando em direção a sua sala.

    Pego uns papéis na mesa dele e vejo através da porta ele coloca os documentos em suas mãos e simplesmente da as costas a ela entrando na sala e fechando a porta.

    —Desculpa Anjo por isso. Verônica é filha de um dos clientes daqui do escritório e veio buscar um documento para o pai, acontece que ela é extremamente inconveniente.

   Balanço a cabeça afirmando e ele me olha confuso.

   —O que houve Anjo? Você tá brava comigo? - ele pergunta e resolvo falar.

   —Por que não me apresentou para ela? Tem vergonha de mim?

   —O que? Eu não tenho vergonha de você anjo, eu não te apresentei a ela porque eu queria me livrar dela como eu disse ela é inconveniente, eu não tenho vergonha de você.

   —Me desculpa foi bobagem - digo.

   —Eu te adoro Anjo, eu não tenho vergonha de você - ele fala segurando meu rosto e acariciando.

    —Eu acredito - digo sorrindo e ele me beija.

   Passo meus braços por seu pescoço e sinto suas mãos em minha cintura e aprofundamos o beijo e só nos separamos quando o ar se faz necessário.

   —Já está no fim de expediente, topa jantar comigo?

   —Topo - sorrio e o vejo abrir o sorriso mais lindo do mundo.

   —Ótimo eu vou te deixar em casa para se arrumar e te busco as oito.

   —Tudo bem.

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    Paro na portaria enquanto espero Arthur pegar o carro na garagem e nesse momento Marcos também está indo embora e vem até mim sorrindo.

   —Queria te agradecer por hoje mais uma vez.

    —Não precisa agradecer Marcos.

   —Bom Obrigada mesmo assim até amanhã Manu - ele acena indo embora.

   —Ele está te agradecendo pelo o que? - levo um susto e ao olhar para trás vejo  Arthur me encarar com o semblante fechado.

    —Nada demais, é só que eu trouxe muita comida pensando que você iria almoçar comigo, e o Marcos não trouxe comida acabei oferecendo um pouco para ele.

   —Entendi - ele fala ainda com o semblante fechado.

   —Por que você está com essa cara? - pergunto.

   —Por que eu estou com ciúmes - ele fala e sinto meu coração disparar e bater acelerado.

   Corro para ele ignorando o fato de estarmos em frente ao escritório e o beijo com paixão.

Apenas mais um coração - Livro 7Onde histórias criam vida. Descubra agora