Apenas mais um coração - Livro 7

Capítulo - 27

Manuela

    —Tia eu só vou se você for comigo.

   —Querida não é certo eu me meter na vida de vocês dessa forma. Vocês estão construindo a vida juntos, não é certo eu me meter assim.

   —Tia eu amo o Arthur, amo de uma forma que eu pensei não ser capaz de amar alguém, mas eu também amo a senhora, você é a minha mãe meu pai, e eu não posso simplesmente ir morar com o Arthur e deixar a senhora que é meu alicerce para trás, então está decidido só vou morar com o Arthur se a senhora for junto.

    —Querida eu não quero incomodar.

   —Você não incomoda tia nunca. Eu amo a senhora.

   —E eu amo você meu anjo, tudo bem eu vou morar com vocês - ela diz e sorrio a abraçando - Mas eu vou ajudar nas despesas da casa.

   —Tia ...

   —Sem tia é isso ou nada.

   —Tudo bem a gente resolve isso depois - falo beijando a sua bochecha e ela sorri.

Arthur

    —O que você acha que sua tia quer falar  com a gente?

    —Não faço a menor ideia mas vamos descobrir. Você falou com a sua tia? Sobre a casa.

    —Sim, no começo ela não quis aceitar, a ideia de você arcar com tudo não nos agrada e ela só aceita ir com a gente se ela poder ajudar - ela diz e a encaro.

    Estamos no carro a caminho do escritório para falarmos com minha tia Karoline.

    —Você sabe que sua tia não precisa ajudar em nada.

    —Arthur a gente não se sente bem em ter você pagando por tudo.

    Ela diz e respiro fundo, estaciono meu carro na garagem do escritório. Tiro meu cinto e Encaro seu rosto.

    —Eu sei disso sua tia tem uma certa idade e não faz bem se matar de trabalhar em faxina sendo que eu posso arcar com todas as despesas da casa sozinho.

    —Eu sei mas ela não vai mudar de ideia, é só até eu ganhar nosso bebê, aí eu procuro um emprego e minha tia não vai precisar trabalhar.

   —Anjo eu não quero suar machista mas eu quero poder cuidar de vocês da melhor forma possível, meu salário da para arcar com as despesas da casa, eu não quero sua tia se matando de trabalhar e muito menos você. Você pode voltar a estudar, fazer um curso algo que goste. Você só tem 18 anos sinto que as coisas estejam acontecendo rápido demais, sabe ter filho, casar....

   —Ei, eu amo você, não me arrependo de nada, quero casar com você agora não me importa que eu só tenha 18 anos, quero esse bebê, quero nossa família. Isso que está acontecendo na minha vida agora é tudo que eu sempre quis para mim. Sobre essa história da minha tia querer trabalhar vou resolver depois, e é isso.

    —Linda - falo olhando para ela e beijo seus lábios levemente - amo você.

    Ela sorri e saímos do carro, seguro sua mão e vamos juntos para dentro do escritório.

    Bato na porta do escritório da minha tia é escuto um entre.

    —Já estou sabendo da novidade, parabéns pelo noivado e pelo bebê - minha tia diz assim que nos vê e nos abraça.

    —Obrigada Karoline - Manu diz tímida.

    —A Júlia disse que a senhora queria falar com a gente tia.

    —Sim quero especificamente com a Manuela.

    —Estou curiosa - Manu fala e nos sentamos.

    —Bom a alguns dias o Arthur me procurou para procurar saber sobre uma conta que seu falecido pai deixou, e eu consegui com a autorização de um juiz saber a quantia que tem nessa conta e se trata de 200 mil reais.

   —Eu pensei que haveria bem menos, na época meu pai tinha vendido somente nosso apartamento, e como a senhora deve saber as coisas naquela época tinham outro valor - Manu fala e minha tia a encara.

   —Eu puxei um extrato detalhado de cada entrada e saída da conta, como você é a parente mais próxima o dinheiro que tem na conta é seu, mas para retira - lo de lá eu preciso de uma autorização sua - minha tia explica.

   —Claro eu assino a autorização.

    —Ótimo creio que com a autorização o dinheiro estará em sua conta o mais rápido possível.

   Manu olha para mim e sorrio beijando a sua mão.

   —Acho justo que como a senhora e o Arthur foram atrás de tudo Retirem seus honorários do valor.

   —Que isso querida, não irei cobrar nada por isso, você já é da família.

   —Nossa obrigada.

   —Já eu anjo, eu quero meus honorários em beijos, muitos beijos.

    —Arthur, sua tia - ela geme vermelha e gargalho beijando sua mão.