Apenas mais um coração - Livro 7

Capítulo - 24

Manuela

     Foi de longe a noite mais difícil da minha vida, não dormi nada minha mente me relembrava a cada minuto da cena que vi.

    Tento lutar contra as lágrimas, mas está tão difícil. Eu quero muito acreditar no Arthur quero mesmo mas aquela cena dos dois se beijando não sai da minha mente.

    O dia nem amanhece é já saio da cama. Tomo um banho e me deito no sofá. Minha tia me encara.

    —Pode ir tia eu vou ficar bem - digo para ela que me olha preocupada.

     Minha tia aceitou um convite de nossa vizinha para fazer um passeio em uma cidade aqui perto.

    —Eu vou falar para Vilma que não vou mais, vou ficar com você.

     —Não precisa tia eu vou ficar aqui quietinha, já passei mensagem para Karoline e disse que não ia para o escritório hoje, eu vou ficar bem pode ir, esse passeio está combinado a dias vou me sentir culpada se a senhora não for.

    —Tudo bem, mas me ligue qualquer coisa que volto correndo.

   —Pode deixar tia, amo você.

   —Amo você querida - ela beija minha bochecha.

    Logo minha tia vai e fico deitada no sofá, ainda é cedo e logo dona Karoline vai vê minha mensagem.

    Eu não consigo ir ao escritório hoje, espero que ela me entenda, ela e seu Felipe.

    Mas voltar lá depois do que vi não é uma boa ideia eu preciso pensar. Porque tudo que minha mente me diz é que o Arthur me traiu mas tudo que meu coração quer acreditar é que isso não aconteceu, que existe uma explicação para tudo isso.

     Eu amo demais o Arthur acho que não consigo imaginar minha vida sem ele.

    Toco minha barriga e sorrio por entre minhas lágrimas.

    —Você foi a única coisa boa que me aconteceu meu bebê, mamãe tá muito triste, mas prometo que logo vou ficar bem para cuidar de você.

    Escuto uma batida na porta e limpo minhas lágrimas, talvez minha tia tenha esquecido alguma coisa. Caminho até a porta e quando abro Arthur me encara com o semblante cansado. Sinto meu coração disparar ao olhar para ele.

   —Me escuta anjo por favor, me escuta - ele me pede com uma lágrima escorrendo por seu rosto e sinto meus olhos marejarem.

    —Eu não sei se é uma boa ideia - falo.

    —Eu sinto muito Manuela mas você vai me ouvir - ele fala entrando na minha casa sem convite.

    —Arthur eu não quero conversar agora.....

    —Você precisa me ouvir, EU NAO TE TRAI.

    —Ah não? - bato a porta da minha casa e o encaro - A cena que eu vi dizia o contrário, você tava lá beijando outra e um detalhe importante não vamos esquecer ela estava de langerie.

    Falo de uma vez enquanto tento lutar contra as lágrimas que rolam por meu rosto.

      —Eu tava te esperando quando ela entrou na minha sala sem aviso e tirou a roupa. Quando fui expulsa - lá da minha sala. Ela simplesmente me beijou.

       o encaro sem dizer nada, tentando assimilar tudo que eu acabo de ouvi.

     —MANUELA EU NAO TE TRAI, EU TE AMO, EU NAO VIVO SEM VOCÊ SERÁ QUE VOCÊ NAO ENTENDI - Ele grita a plenos pulmões — Eu amo você, amo mais que qualquer coisa, sem você eu não durmo, eu não como. Eu simplesmente não sei fazer nada, como você pode achar que eu iria fazer algo para te perder em?

    Ele caminha até mim e segura meu rosto. Suas lágrimas rolam por seu rosto assim como as minhas rolam pelo meu.

     —Acredita em mim? Por favor acredita em mim. Você é meu anjo, eu não...... - não deixo que ele termine de falar e o beijo com tudo de mim.

     Suas mãos logo abandonam meu rosto para me envolver, passo minhas mãos pelo seu pescoço e aprofundo mais o beijo.

    Como eu posso ter cogitado, que o Arthur iria fazer algo assim comigo. Ele me ama de verdade eu não posso duvidar disso.

    Arthur tem caráter, ele sempre se mostrou leal, e se em algum momento ele quisesse ficar com outra pessoa ele simplesmente terminaria comigo. Como eu fui cega e não me dei conta disso.

    —Me perdoa por não ter acreditado em você. Me perdoa. Eu te amo tanto, não devia ter desconfiado de você - falo quando nos separamos.

     —Esquece isso, esquece - fala voltando a me beijar.

     Nos beijamos com paixão e vou tirando sua blusa quando ele me para.

    —A sua tia - ele fala ofegante.

    —Não tá, saiu - falo voltando a beija - lo.

    E logo nossas roupas vão sumindo e nós amamos como nunca antes ali mesmo naquela sala.