Em lados opostos, mas mesmo assim inseparáveis

No beco

Capitulo 03.

Narradora POV

Passaram-se alguns dias, já era 12 de Dezembro.

Era um finalzinho de tarde, estava frio pois havia começado a nevar a uns dois dias atrás.

Keigo e Izuku estavam voltando pra casa, eles haviam passado a tarde inteira brincando no parquinho.

— Brócolis~~ — Falou Keigo com um sorriso de canto em seus lábios.

— Nem vem!! — gritou parando de andar, pois sabia muito bem o que o amigo queria.

Logo a frente passando por um beco havia um mercadinho, e Keigo o viu.

— Por favor Zuzu... — implorou o loiro.

— Não! Não tenho dinheiro. — mentiu a última parte.

— Por favorzinho... vai... prometo que a partir de hoje te ajudo a limpar as minhas penas que caem por ai!

O esverdeado parou para pensar, afinal era uma proposta boa, pois sempre sobrava para o mesmo limpar as penas que caiam das asas do amigo.

Esse era o preço a se pagar por ter um pássaro galinha falante como amigo.

— Tá bom, mas eu vou cobrar!

— Veleu Zuzu!!! — O loiro falou todo contente, Izuku jurava que viu brilhilhos em volta do amigo.

Eles seguiram em direção ao mercadinho.

Mas logo que passaram pelo beco, os dois meninos ouviram um barulho estranho.

— Galinha pintadinha, você ouviu o que eu ouvi!? — perguntou curioso.

— Eu ouvi, parece um choro ou algo do gênero, não sei!!

O esverdeado ficou o encarando por alguns segundos até pronunciar algo.

— Tipo assim... sabe... não que eu seja curioso nem nada, mas vamos ver o que é? — perguntou o esverdeado receoso.

— A curiosidade matou o gato! Mas eu também quero saber o que é, vamos!

Os dois adentraram o beco, fazendo o mínimo de barulho possível, afinal não se sabia o que havia lá dentro.

Quando chegaram quase no final do beco os dois patetas (N/A: zueira).

Os dois meninos avistaram um garoto de cabelos brancos no chão encostado na parede com alguns machucados, abraçando o joelho.

Eles se entreolharam e decidiram falar com o menino.

— O-oi! — falou Izuku meio receoso e nervoso.

—...— o garoto não falou nada.

— Você está bem? — perguntou Keigo.

O garoto levantou a cabeça e olhou com um pequeno brilho nos olhos para os meninos, seus olhos eram azuis, um azul turquesa bonito, muito bonito, porém rapidamente eles ficaram sem brilho nenhum.

— Eu tô bem!

—Pelo que eu vejo não parece não. — Fala Keigo com as mãos na cintura.

— Mas eu tô bem! — ele se levanta devagar, mas na hora que começa andar ele cai e solta grunido de dor.

— Ai meu Deus! Você tá bem!? — perguntou Izuku indo em direção do de cabelos brancos, mas sendo impedido pelo mesmo garoto.

— E-eu tô! — O garoto se amaldiçoou por ter gaguejado.

Izuku apenas ignora a fala e tenta o ajudar a levantar, porém e impedido pelo garoto, novamente.

— Não p-preciso da sua ajuda! — Ele se levanta e começa a andar novamente.

Mas o mesmo acaba tombando e desmaiando pelo esforço feito.

Ele só não caiu de cara no chão pois Keigo impediu com suas penas.

— E agora?! — Perguntou Izuku entrando em desespero.

— Bora levar ele pra casa! Aí nós cuidamos dos machucados dele.

— Acho que esse é o único jeito, nós não podemos demorar muito, minha casa é mais perto, mas a mamãe ainda tá trabalhando, vamos ter que nos virar sozinhos.

— Então tá decidido! Me ajuda a carregar ele, minhas penas não vão conseguir levar ele por todo o caminho.

— Ta bom...

E assim os dois garotos foram levando o menino com cuidado.

[...]

Ao chegarem na casa do esverdeado, os dois meninos limparam e trataram dos machucados do de cabelos brancos, após isso eles o deixaram no sofá descansando.

— Keigo?

— Eu! — Keigo falou mudando sua atenção da maleta de primeiros para o esverdeado.

— Pode ficar aqui na sala de olho nele? Eu vou fazer uma merenda pra gente, e pode deixar que eu levo a maletinha.

— Pode deixar! — falou Keigo fazendo um joinha.

Com isso o esverdeado pega a maleta e se retira da sala, indo em direção a cozinha.

Continua...
__________________________________

Notas da autora:
Gente, desculpem - me pelo capítulo curto.

Eu vou viajar, então tá meio difícil de escrever, pois tenho que arrumar as coisas.

Bjs