Pais.

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Especial de dia dos pais. 

De um futuro próximo?

Midoriya estava jogado no sofá, hoje não era um dos seus dias favoritos. Era dia dos pais. 

Era dia dos pais e ele não teve um. Sentimentos ruins sempre o inundavam nessa data, preferia ficar em casa. 

Ele nunca conheceu seu pai, mas ele sabe que tem um progenitor. Sua mãe nunca falou do mesmo também, isso não afetou muito sua vida, mas a frustração sempre vem, a inveja e a vontade de ter um as vezes. 

Mesmo que fosse ausente, mas que estivesse ali, pelo menos pra falar mal. Para si isso seria muito melhor do que não ter um. 

Ele via as crianças na rua esse dia, com seus pais e felizes. Doía… E era por isso que ele não saia.

Ele sai de seus desvaneios ao ouvir a campainha. Ele bufa e vai abrir reclamando.

Ao abrir ele vê seu melhor amigo. Touya, ou o conhecido Dabi. 

— Vim te fazer companhia, pequeno. — Sorri. — Já que o Keigo tá com o pai presente dele. — Resmunga.

— Obrigado, vai animar um pouco mais meu dia, já que estamos no mesmo barco. — Rio.

A situação de Dabi não era de longe de ser diferente. Ele conhecia seu pai e, tinha um. Mas ele era o famoso pai ausente e famoso por "maus tratos", por assim dizer. 

Dabi entra na casa e segue em direção a sala.

— Tá afim de ver um filme? Lá no quarto, já passei tempo de mais nesse sofá. — Falou. — Tô com dor nas costas. 

— Tinha que ser idoso. 

— Eu não sou idoso! — O olha indignado. — Fica aí então,  seu otario, eu vou lá pro quarto.

— Pera, Deku! Eu vou junto. — Seguiu o amigo apressado.

O quarto não era longe. 

— Só pelo estresse, eu escolho o filme. — O esverdeado pegou o contole. 

— Tanto faz. — Mumurrou se jogando em cima da cama. 

— Prontinho. — avisou ao terminar de por o filme.

Izuku se jogou na cama também e logo em seguida abraçou Dabi. O mesmo começou um leve cafune.

O abraço apertou mais.

— Por que, Dabi? Por que o universo é assim? Nós estamos literalmente fudidos e em situações de merda. — Falou com a voz abafada pois havia colocado a cabeça no peito do moreno.

— É uma merda mesmo, mas pensa pelo lado bom. — Apoiou o queixo na cabeça do mais novo.

— Qual lado? — Mumurrou.

— Ele nos juntos, graças a ele nossos caminhos se cruzaram. — Sorriu. — E eu sou extremamente grato a isso, pois mesmo em uma situação merda eu tenho vocês, meus melhor amigos,  meus irmãos. — Beijou o topo da cabeça de Midoriya. 

Izuku tirou o rosto do peito do amigo e o encarou com um sorriso. 

— Sim, é verdade. 

— Vamos parar com essa boiolagem e ver o filme. Odeio ser boiola.  Sou alguém que não tem sentimentos. — Fez biquinho. 

— Com certeza, cara fodão. — Deku começa a rir.

— Para! Eu sou um cara sério! — Bufou.

— Sim, sim, claro. — Fingiu limpar lágrimas.

Em lados opostos, mas mesmo assim inseparáveis Onde histórias criam vida. Descubra agora