Como as coisas seguem.

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Capítulo 17

— Ei, Deku! Sua recompensa aumentou. — Mirko avisou quando abriu a porta do pequeno apartamento.

— Ah, sério? Não me diga. — Deku tombou a cabeça para o lado rindo.

— É incrível o jeito que você fica cada vez mais famoso, mas ainda não entendo por que você é procurado. — Dabi resmungo jogado no sofá.

— É por que ele não segue as leis e faz o que quer, seu burro. — Keigo explicou.

— Burro é a tua tia. — Touya mostrou a língua.

— Quem mostra lingua pede beijo~ — Rami comentou como quem não queria nada enquanto tirava uma cenoura já geladeira.

— Oh, mulher! Não acaba com a minha comida não, pow. — Izuku reclamou..

— Tá, Tá. — A mulher deu de ombros.

Mirko virou amiga dos meninos um ano depois de Keigo estar na U.A. Eles se estranharam no início, até porque Izuku e Touya não tinham mais uma ficha tão limpa e ambos não gostavam tanto de herois, digamos assim, mas a garota se deu bem com eles. Ela viu que eles eram boas pessoas e eles viam potencial nela.

Ao todo, se passaram seis anos, três anos muito benéficos para os três: Izuku acabou se tornando um vigilante mesmo, não um assassino de heróis como Stain, mas seguia com seus ideais.

Dabi, conseguiu um pouco de influência no submundo, junto de Toga. Ele mudou bastente sua aparencia, agora tem vários piercings de cartilagem de prata em ambas as orelhas e um piercing de narina tripla no lado direito do nariz agora.

Touya e Toga acabaram sendo chamados para a LOV, mas conhecida como Liga dos vilões, se deram bem? No início não muito.

Deku e Stain também foram procurados, mas não aceitaram entrar na LOV, no entanto Deku insistiu em fazer uma parceria com eles, já que seria benéfico. Isso resultou em Izuku fazendo amizade com os membros da LOV, logo depois Keigo e Mirko se juntaram ao lindo círculo de amizade.

Keigo conseguiu sua licença legal de herói, ele e Mirko. Os dois evoluíram muito, assim conseguindo ocupar um lugar no top 10 de heróis.

Izuku preferiu fazer patrulhas e salvar pessoas e impedir crimes, amarrar os bandidos e os entregar pra polícia, mas é claro: se ele precisasse matar, ele mataria. Midoriya se tornou famoso no submundo mas não tão famoso na comunidade de heróis, porém ele tinha uma recompensa pequena e não era desconhecido. No entanto isso vinha mudando.

O fato curioso é o de que ninguém saber quem ele é e nem saber que ele é alguém sem individualidade, com exceção os próximos a si.

Um alarme de celular soa no local. Midoriya puxa o celular de seu bolso e desliga o som irritante.

— Hora do trabalho, não queimem meu apartamento! — O esverdeado pega sua bolsa de cima do sofá e segue em direção a porta.

— Nós não vamos arruinar o apartamento, beleza? — Keigo responde indignado pela falta de confiança do amigo.

— Espero mesmo, porque senão vamos ter frango e coelho assado pro jantar, com um carvão bem novinho. — Izuku brinca.

O garoto segue em direção a uma cafeteria não muito longe de onde mora, a Coffee's cat. Ele afirmou para si mesmo que queria ter seu próprio dinheiro de forma legal, por isso procurou vagas como garçom em cafeterias e lanchonetes, que era algo simples e gostoso de se trabalhar em sua opinião, além de benéfico. Mas ele gostaria muito de ter a sua própria cafeteria, no entanto não era algo muito viável.

—- Boa tarde, senhor Yaorozou! — Comprimentou o gerente.

—- Boa tarde, Midoriya. — O mais velho sorriu.

Midoriya seguiu para o vestiário dos funcionários para por seu uniforme.

O Senhor Yaorozou era um homem de família rica, mas era um homem humilde que o aceitou mesmo sem ter os padrões "certos" da sociedade.

___/  \___

— Tenha uma boa noite, chefe! — Se despediu.

Izuku seguiu em direção ao seu esconderijo com Stain para vestir seu traje e começar as patrulhas.

Eram oito da noite, um horário bom para se começar a patrulhar.

Ele seguiu normalmente seus mesmo caminhos. os de rodar a cidade toda, no entanto, ele encontrou alguém, nem tão desconhecido.

Ele parou e se sentou ao lado da pessoa na ponta do prédio.

— E ai, velhote? — Comprimentou.

—- Você? — O homem deu de ombros.

— Ah, para! Você sabe que essa é uma das minhas rotas, quem deveria fazer essa pergunta era eu. — Cruzou os braços.

— Eu não sei de nada que você está falando.

— Vamos lá, Eraser, você sabe que teve a sorte de me ter passando aqui, afinal meus caminhos são diversos. O que você quer? — Perguntou curioso.

Afinal, Eraser era o único herói que sabia parte de suas rotas.

— Ei, pirralho, por que está seguindo este caminho? — Eraser perguntou.

—- Para patrulhar a cidade? E não me chama de pirralho. — Respondeu retoricamente e reclamou.

Izuku se irritou, odiava que o chamassem assim, só Stain, que era uma exceção, pode o chamar de pirralho, Eraser talvez, mas ainda não.

—- Te chamarei do que quiser, pirralho. — Falou sorrindo de canto. — E não era isso que eu perguntei, eu perguntei do por que você se tornou o que é.

Claro, como quiser, Aizawa Shota. — Respondeu se levantando.

— Como...?

— Eu sei sei nome? Eu sei muito mais do que imagina. — Izuku respondeu.

O que fez o mais velho se surpreender ainda mais. Izuku amava provocar essas reações nas pessoas.

— E sobre a sua resposta, é por que eu quero mudar essa sociedade corrompida. — Sorriu com seus olhos brilhando.

Aizawa por um momento esqueceu o fato dele saber seu nome.

— Mas como espera mudar ela sendo um vigilante?

Izuku por um momento se lembrou de uma lembrança com Stain.

— Sensei, por que nós somos considerados vilões e os errados da história? —- Midoriya perguntou angustiado.

— Criança, sabe como chamam um herói que luta sozinho? — Izuku não respondeu. — De vilão. A sociedade não nos aceita, porque ela não abre os olhos para a realidade, nós podemos ser vigilantes, mas saímos como vilões. Por isso entenda, nem tudo nessa vida será justo, use tudo o que puder ao seu favor. Sua mente é a sua melhor arma, pirralho, afinal, pra que você usa suas análises agora?

— Eraser, tenho certeza que sabe como chamam um herói que luta sozinho.

— Não sei, como chamam?

— De vilão... — Izuku pulou para dentro do beco e sumiu da vista do mais velho.

Continua...
N/A: Alguém pegou a referência? Skks

Em lados opostos, mas mesmo assim inseparáveis Onde histórias criam vida. Descubra agora