A dor

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24h antes

— Ok, cuida do seu irmão... — Harvey disse desligando o telefone. — As crianças vão dormir na Rachel e amanhã vão ao clube, então temos o resto do final de semana todo só para nós....

— Hummm, isso parece tentador... — Donna disse saindo do banheiro já vestindo sua camisola. — Mas só se for para amanhã porque hoje eu estou muito exausta e tudo que eu quero é dormir, rodeada por meus milhões de travesseiros e meu travesseiro humano favorito...

— Ah, fui rebaixado para travesseiro humano, não posso crer... — Harvey brincou com ela enquanto eles se aconchegavam na cama. 

— Harvey... — Donna falou enquanto ele estava deitado com a cabeça na barriga dela e ela acariciava os cabelos dele. — Eu menti....

— Eu sei, tenho certeza que sou muito melhor que um simples travesseiro... — Ele falou rindo.

— Não, eu menti sobre o nosso bebê, ou melhor nosso primeiro bebê....— Donna suspirou. — Eu iria ter o bebê. eu não te contei porque tive medo...

— Oh... — Ele disse sentando na cama e olhando para ela. — Eu nunca teria virado as costas para vocês..

— Eu sei, mas eu tinha medo de você só assumir porque era o certo a ser feito e não o que você realmente queria...— Donna suspirou. — Eu ia pedir demissão...

— Então você não pretendia me contar... — Ele constatou.

— Não... — Donna confessou isso para ele.

— Eu ia te chamar para sair.... —Harvey falou. — Mas então você falou que estava saindo com o cara da biblioteca e eu já tinha feito as reservas e então disse que era para comemorar quando você veio trabalhar para mim....

— Você está brincando serio? — Donna perguntou chocada. — Oh meu deus....

— Os dias que você passou na sua "tia" foram os piores, eu não conseguia mais viver sem você, quando você voltou, eu senti que tinha algo diferente em você..... — Harvey falou.

— Provavelmente esse aqui seria o quinto bebê... — Donna brincou.

— Ainda podemos ter mais dois.... — Harvey brincou com ela.

— Oh, nem pense nisso senhor, esse aqui é o ultimo. — Donna falou acariciando a barriga.

— Falamos isso do Simon... — Ele brincou. — Só estou falando que se tem uma coisa que não controlamos, essa coisa é a nossa vida...

— Então nuca mais vamos fazer s-e-x-o... — Donna falou provocando ele e ele olhou para ela de forma divertida. — Não quero que o bebê escute essas coisas... — Ela bocejou.

Harvey gargalhou. — Ontem a noite você não se preocupou com isso....

Donna corou. — Vamos deixar para nos preocupar com isso depois que o bebê nascer, mas até, vamos aproveitar que eu não preciso me preocupar em ficar grávida porque eu já estou gravida....

— Seu desejo é uma ordem... — Ele falou se inclinando para beija -la. — E só para você saber, eu teria ficado com você, não porque era o certo, e sim porque você sempre foi o meu mundo, assim como nossos filhos são as coisas mais importantes para mim....— Ele disse acariciando o rosto dela e então eles se beijaram.

O sentimento era diferente de qualquer outro. Era quente e suave, ambos gemeram quando suas carnes sensíveis se conectaram, fazendo sua necessidade disparar em um instante. Seus lábios pressionaram juntos quando um atingiu o fundo do outro. Eles podiam sentir seus próprios gosto nos lábios; agridoce, tornado mais doce os beijos. As coxas de Donna tremeram. Harvey  se sentia tão quente, tão dolorido, tão necessitado, tão desesperado pela liberação que ainda não tinha alcançado. 

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