Assassino de aluguel- TH(parte 1)

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   Eu olho para as pessoas sorrindo e andando livremente e penso como eu gostaria de viver normalmente. Sou assassino de aluguel há quase 10 anos. Não me orgulho disso, obviamente, mas a vida não me deu outra escolha. Minha mãe ficou muito doente, consequentemente, sem condições de trabalhar. O salário do meu pai, mal cobria os custos básicos e eu precisava ajudá-lo, porque além da minha mãe doente, tinha os meus três irmãos mais novos. Então, quando surgiu essa oportunidade de dinheiro rápido, eu abracei sem pensar duas vezes.
   No fim, não adiantou muito, porque pouco depois minha mãe acabou morrendo e como meu pai entrou numa depressão profunda depois da perda, ele e meus irmãos só tinham a mim como provedor, então eu continuei nessa vida.

- O mesmo de sempre, senhor misterioso? - perguntou S/n, uma linda e gentil moça que trabalha na cafeteria.
- Sim, senhorita. - sorrio levemente. Não muito depois ela retorna com o meu pedido.
- Nunca mais apareceu por aqui, Stanley. Por onde andou?
- Ah, só ocupado com muito trabalho.
(oh, querida, se você soubesse por onde andei, provavelmente você não estaria falando comigo ou sorrindo para mim agora.) E você? O que andou fazendo?
- Ah, só estudando muito, cuidando dos meus gatos e suportando a chatice do senhor Bingley(o dono da cafeteria)- ela ri e eu acompanho- Nada de muito interessante.
   Nossa conversa foi interrompida quando os sinos do local soaram, indicando que clientes haviam chegado.

- Bom, o dever me chama. Aproveite seu machiatto!
- Aproveitarei com certeza. - eu respondo e ela sai sorrindo. Enquanto saboreio minha bebida, fico admirando-a. Sei que talvez não deveria, afinal, ela acabou de fazer 20 anos e eu já estou prestes a completar 35, mas não consigo evitar; ela é tão linda. Sua pele negra e brilhosa, seus cachos, seu corpo perfeitamente esculpido e seu sorriso que ilumina todo o lugar. Observando-a eu fico imaginando como seria ter uma garota como ela para chamar de minha.
   Saio dos meus devaneios quando meu celular toca: hora de mais um serviço.
Pago a conta, deixando uma boa gorjeta e me despeço de S/n. Não muito depois, chego ao lugar e já encontro meu parceiro.

- Onde você estava, cara?- pergunta Harrison, já impaciente- Você foi ver a garota do café de novo?
- Não fui ver a garota do café, Haz. Apenas fui tomar um café na cafeteria que, coincidentemente, ela trabalha.
- Cara, a quem você quer enganar? Você nem gosta de café. Admita que está apaixonado por ela.- Dei um soco de leve em seu braço.
- Hey!- ele grita, fingindo dor- Tudo bem você gostar dela, Tom. Mas como seu melhor amigo, eu te aconselho: afaste-se! Ela é uma garota boa demais pra caras como nós.
- Não se preocupe, Haz. Eu não gosto dela, ok?

   Mentiras! Estou apaixonado pela S/n desde o dia em que a vi pela primeira vez na cafeteria, há 1 ano e meio. Mas o Haz está certo: ela não é garota para um cara como eu.
   E assim, eu segui junto com o Harrison para cumprir meu trabalho: matar pessoas.

Tom Holland ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora