S/n era o meu lar.
Era com ela que eu me sentia feliz, que eu podia ser eu mesmo. Ela era o meu porto seguro. Meu lugar favorito era em seus braços.
Mas agora tudo está tão diferente.
Meu lar tem sido o beijo da noite, pelos bares da cidade e, nem mesmo o álcool em meu corpo é capaz de, ao menos, diminuir a falta que ela me faz.
Meu lar tem sido os abraços quentes de belas estranhas, rostos sem paz dos quais eu nem me lembro no dia seguinte.
Hoje é domingo. Mais um desses dias em que a melancolia causada pela saudade, invadem meu coração.
Nos outros dias, consigo lidar minimamente melhor com tudo isso, já que o trabalho toma bastante do meu tempo, mas os fins de semana têm sido sempre horríveis.
Estou na casa dos meus pais e cada detalhe me faz lembrar dos nossos fins de semana aqui. Ela rindo das piadas do meu pai, conversando sobre plantas e skin care com a minha mãe, ajudando Sam na cozinha, jogando videogame com Paddy e Harry, brincando com Tessa.
Nada parece bom sem ela.
- Ei, Tom! O que está fazendo aí fora sozinho, filho? - Meu pai pergunta, enquanto se aproxima.
- Hum, nada. Só... Só pensando.
- E posso saber em que você tanto pensa?
- Ah, é besteira, pai. Nada demais.
- Não sabia que a S/n mudou o nome pra "nada demais". - Ele diz rindo fraco. - Filho, - Coloca a mão em meu ombro. - Eu sei que é difícil levando em conta tudo o que vocês viveram, mas você precisa superar. Você precisa seguir em frente.
- Não consigo, pai. Simplesmente não dá. Não depois de tudo. Eu a amo, pai. Mais do que qualquer coisa.
- Então lute por ela. Lute por esse amor.
Lute por vocês dois.
- Mas eu estraguei as coisas, pai? Como vou fazer isso?
- Provando que você a ama. Tom, um amor tão grande tem que ser vivido a todo instante. Cada hora longe é um desperdício. (Referência de Partilhar 😭❤️)
- Mas, e se ela não quiser me ver, pai? Se ela me odiar?
- Filho, quando amamos demais alguém, por mais que ele cometa erros, não deixamos simplesmente de amá-lo.
A S/n é boa demais para nutrir ódio por um pessoa, especialmente se essa pessoa for você.
Vai atrás dela, Tom. Mostre o quanto ela significa na sua vida. Vocês têm uma linda história e merecem vivê-la.
As palavras do meu pai me confortaram e me deram a coragem necessária para ir de encontro ao amor da minha vida. O abracei e saí correndo. Eu precisava fazer a coisa certa.
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Em questão de 15 minutos, cheguei ao lugar onde sabia que ela estaria.
Era um parque que ficava perto de sua casa. Aquele lugar era o seu favorito e acabou se tornando o meu também. Nosso lugar favorito. Foi onde demos nosso primeiro beijo, onde dissemos "eu te amo" pela primeira vez.
Enquanto relembrava nossas memórias, meus olhos passeavam pelo parque e não demorou muito até que a avistei, sentada debaixo de uma cerejeira, lendo um livro. À medida que me aproximava, sentia meu coração explodir. Comecei a suar frio e o nervosismo me fazia querer voltar atrás. Mas o amor, o amor pela minha S/n me fez dar os próximos passos.
- S/n, oi! - Disse um pouco receoso, mas alto o suficiente para que ela tirasse a atenção do livro e me olhasse.
- Tom? Oi! O que você está fazendo aqui?
- Ah, é que, e-eu estava passando por aqui, avistei você e resolvi dar um oi. - Ela me olhou um pouco desconfiada, como se soubesse que eu não estava simplesmente passando por ali, mas resolveu não comentar nada.
- Então, como você está? Faz tempo que nos vimos. Gostei do cabelo. - Ela sorri timidamente e eu fico tonto ao ouvir sua voz, encarar seus olhos e seu sorriso depois de tanto tempo.
- É, faz um tempo mesmo. Você gostou do meu cabelo? Tive que deixar crescer pro novo papel, mas estou me achando esquisito. - Ri sem graça.
- Ah, eu gostei sim. Não está nada esquisito. Você está lindo.
Apenas assenti.
- Posso...eu posso sentar aqui?
- Claro, pode sim. - Ela se afastou, me dando um pouco de espaço. - Tem bolo de pote, você quer? É aquele que você gosta.
- Aquele prestígino? - Perguntei animado.
- É prestígio, Tom. - Ela ri e sua risada soa como música aos meus ouvidos. - E, sim: é esse mesmo.
Comi o bolo em silêncio, apenas desfrutando da delícia que estava não apenas o bolo, mas aquele momento com ela.
- Sinto sua falta, sweetheart. - Eu disse baixinho.
- Tom, por favor, não. Não faz isso. - Ela suspira e sua voz já está embargada.
- Sweetheart - Coloquei minhas mãos delicadamente sobre seu rosto e a fiz olhar para mim. - Eu te amo! Te amo, te quero, preciso de você. Eu disse que estou bem, mas não estou. Não quando não tenho mais você comigo.
- Tom, você me machucou. Ainda dói. Vir aqui e simplesmente dizer que sente minha falta e todas essas palavras bonitas, não vão mudar o que aconteceu.
- S/n, eu sei disso. Eu tenho consciência do quanto eu te machuquei, do quanto eu fiz parecer que nosso relacionamento não era importante, mas eu me arrependo. A cada instante. Eu durmo e acordo com o arrependimento de não ter feito mais por nós dois. Mas é por isso que estou aqui. Eu quero você de volta, eu quero consertar as coisas. - Disse em completo desespero, com toda a sinceridade.
- Eu não sei, Tom. Não sei se posso fazer isso de novo.
- Meu amor, por favor, só me dá uma chance. Uma única chance é o que eu preciso pra provar o quanto eu te amo e que posso fazer as coisas diferentes dessa vez.
Ela ficou em silêncio por alguns minutos, parecendo pensar muito na decisão a tomar. Depois se levantou e me olhou profundamente.
- Uma chance, Tom. Apenas isso. Se você estragar tudo de novo, eu não vou hesitar em te excluir completamente da minha vida. Não me decepcione.
- É tudo o que eu preciso, meu amor. Não vou te decepcionar. Vou fazer de você a pessoa mais feliz desse mundo, coisa que eu sempre quis.
Ela apenas assentiu e foi em direção aos seus pertences.
- Você já vai? - Perguntei confuso.
- Sim, tenho coisas para fazer.
- E vai sem me dar um beijinho? - Sorri maliciosamente, já cantando vitória.
- Não força, Thomas.
- Um selinho?
- Não.
- Um beijo no cantinho da boca.
- Tom, para com isso.
- Tá, desculpa. Um abraço então?
Ela suspirou, revirando os olhos. - Um abraço.
Sorri animado e fui abraçá-la. Ah, como eu senti falta do seu calor, do seu cheiro, dos seus braços. Ficamos um tempo abraçados e quando senti que ela estava relaxada, a surpreendi com um beijo.
A princípio ela ficou relutante, mas logo se entregou.
O mundo parou ao meu redor e só consegui me concentrar no gosto de morango presente em sua boca. Perdi as contas de quantas vezes eu sorri durante nosso beijo. Segurar sua cintura, sentir seus dedos deslizando pelo meu cabelo, seus lábios nos meus me fizeram sentir vivo outra vez.
Depois do que pareceu uma eternidade, nos afastamos, mas não antes de eu deixar selinhos delicados em seus lábios.
- Pra quem não queria nem mesmo um selinho, isso foi muita coisa, hein? - Eu disse sorrindo convencido.
- Cala a boca, Tom. Não faça eu me arrepender.
- Você não vai, Sweetheart. Não vai.
- Assim espero. Bom, eu preciso mesmo ir agora. Tchau, Tom. Nos vemos.
Ela se despede e sai. Fiquei parado sorrindo como um idiota, passando os dedos pelos meus lábios, sem acreditar que isso havia acabado de acontecer.
Saí dando um monte de cambalhotas, sem me importar com as poucas pessoas que me olhavam como se eu fosse um maluco.
Nada importava agora. Só ela.
Os meses seguintes se resumiram nas minhas tentativas de reconquistar a confiança da S/n. Dedicava a maior parte do meu tempo em estar com ela, fazê-la se sentir importante, amada e em reparar os erros que, outrora, me fizeram perdê-la.
E essa foi a melhor decisão que eu podia ter tomado. Não desistir dela. Não desistir de nós. Reconhecer os meus erros e me tornar alguém melhor. Para ela e por ela.
Agora, estou completo. Estou feliz. Estou no meu lar.
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Oi, minha genteee!
Quem é vivo sempre aparece né? 😂
Já tava com saudade daqui. Desculpem sumir tanto, mas eu tô atolada de coisa. Faculdade, outros 26839 cursos que eu inventei fazer ao mesmo tempo... Enfim, uma loucura mesmo.
Mas é isso. Pfv, votem, comentem, desculpem qualquer erro e não desistam de mim 😭❤️
Amo vcs, bjs no coração ❤️
