Capítulo Cinco

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Na manhã seguinte, o sol ergueu-se majestosamente sobre a pequena cidade de Milo, pintando o céu com tons quentes de laranja e rosa. Os primeiros raios de luz filtraram-se através da cortina do quarto, iluminando o aconchego do ambiente. Era um novo dia repleto de promessas e surpresas.

Milo estava ainda sonolento quando, de repente, uma pequena chama surgiu à sua frente e caiu por cima da sua palma. Era uma mensagem de Maxuel, um bom amigo. A mensagem estava repleta de entusiasmo, Maxuel escrevia que talvez, para a próxima virada de ano, ele e Maeru fizessem uma visita e tinham uma grande novidade para compartilhar. Milo leu a mensagem com um sorriso no rosto, lembrando-se da calma peculiar com a qual Maxuel sempre escrevia e planejava as coisas.

Deixou o papel de lado, olhando carinhosamente para Brand, seu cachorro, que roncava suavemente aos seus pés. Com cuidado, Milo se levantou da cama, com os raios de sol banhando seu rosto e aquecendo sua pele. Ele caminhou em direção ao quarto das crianças, onde Sol, Flynn e Alaric dormiam.

Os três irmãos tinham que dividir o mesmo quarto, mas o faziam com alegria. No entanto, Milo sabia que o sono deles poderia ser interrompido a qualquer momento por pesadelos e, no caso de Sol, por sua magia descontrolada que poderia causar estragos irreparáveis.

Em um momento de silêncio na casa, Milo se aproximou da cama de Sol. O rosto do menino estava contorcido em uma expressão de pesadelo, e sua magia começava a se manifestar de maneira instável, fazendo pequenas faíscas de energia dançarem pelo quarto. Milo sabia que precisava agir rápido.

Ele começou a cantarolar uma antiga canção, uma melodia suave e reconfortante que seus pais costumavam cantar para ele quando era criança. A voz de Milo era gentil e calma, como uma brisa suave em uma tarde de verão. Conforme a canção fluía, Sol gradualmente acalmava, seus olhos assustados se suavizaram e sua respiração tornou-se mais tranquila.

À medida que a canção continuava, as faíscas de energia mágica se acalmavam, e o quarto voltava a se encher de serenidade. Sol, que estava à beira das lágrimas segundos atrás, encontrou a paz novamente e afundou mais profundamente no sono, abraçando um dos seus adorados brinquedos de pelúcia.

Milo ficou ali por um momento, observando seu filho adormecido com um sorriso suave nos lábios. Ele sabia que, independentemente do que o futuro trouxesse, estava disposto a fazer tudo o que fosse preciso para proteger e cuidar de sua família. Afinal, eram momentos como aquele, nas pequenas horas da manhã, que fazem tudo valer a pena.

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O sol ainda estava se escondendo atrás do horizonte quando Milo decidiu deixar a confortável casa onde morava. Seus passos o levaram até um local especial, um esconderijo secreto onde ele aprimorava suas habilidades com as espadas. Esse santuário de treinamento estava localizado no porão de um prédio abandonado, um espaço escuro e misterioso que se transformava magicamente quando Milo ativa seus anéis, transformando-os em duas imponentes espadas.

Com uma elegância surpreendente, ele começou a sua dança mortal, girando suas lâminas com graça enquanto elas cortavam o ar, deixando um rastro de faíscas. A energia mágica fluía pelo seu corpo, pulsando em harmonia com seu próprio ritmo cardíaco, criando uma sinfonia de poder. As lâminas pareciam ser uma extensão natural de suas mãos, e a dança se desenrolava como uma obra de arte mortal.

Finalmente, após um tempo que pareceu uma eternidade, Milo parou. Ele abaixou as espadas lentamente, e elas voltaram à forma de anéis com um brilho etéreo. Foi só nesse momento que ele abriu os olhos. Gotas de suor escorriam de sua testa, e ele as enxugou antes de se envolver em seu casaco e ajustar sua capa. Seus dedos ainda ansiavam por mais treinamento, uma fome por aprimoramento que estava adormecida há muito tempo.

Contos: Uma Promessa Ao Lorde FadaOnde histórias criam vida. Descubra agora