Capítulo Três

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Lucy ficou em pé ao lado da porta do escritório de Milo com Natsu a encarando e olhando pelo corredor qualquer um que passasse.

Ele no início não gostou dessa ideia de ambos serem, ouviram as palavras do servo que milo disse que ela seria uma boa observadora e treinadora para o futuro cavaleiro.

Uma memória passou pela cabeça de Lucy e lhe deu uma ideia. Nada seria melhor do que irem em uma missão.

— Eu tenho que ir ver Anton, e imagino que Brand iria querer ir junto. — Milo disse quando os chamou para o escritório. — Sabemos como ele não se dá muito bem com o esposo do Anton ou virse-versa.

Lucy balançou a cabeça afirmativamente. Todas as vezes que o lorde e George mykus dreans se encontravam entravam em uma disputa para ver quem era o melhor esposo chegando ao ponto de querer humilhar um ao outro a qualquer oportunidade. Em seu último encontro acabaram fazendo com que uma carruagem encantada caísse dentro de um lago de um parque lotado de mundanos, algo que rendeu uma enorme dor de cabeça para o rei Milo e Anton.

Para Lucy o motivo disso era muito besta, afinal por qual razão devem mostrar quem é o melhor para satisfazer o esposo sendo que ambos podem ser ótimos à sua própria maneira. Claro, que isso era um pensamento que guardou para si-mesma.

— Anton? — Natsu perguntou olhando para Lucy.

— Anton é a duplicata do rei Milo. — Lucy respondeu.

— Eu tive notícias dele por carta há algum tempo, mas acho que devo ir lá eu mesmo. — Milo disse calmamente. — Mas tenho muito que fazer, então vou pedir que vão até a casa dele para ver como estão as coisas e ver o que está acontecendo de tão urgente.

Anton era um mortal diferente do rei que ainda é lotado de poderes e ainda pode parar de envelhecer em algum momento da sua vida. Anton desde que saiu do reino das fadas morava em uma propriedade rural rodeada de criaturas encantadas e pode se dizer que era um parente distante do rei. Ele amava o rei e a família do mesmo e, embora não fosse uma visitante frequente, fazia questão de visitar o Castelo de Milo sempre que visitava o reino das fadas.

Lucy lembrou que Anton estava muito nervoso se preparando para seu casamento. Ela só havia comparecido ao dia do casamento para felicitá-lo e também para proteger a vida do rei e do lorde, mas agora tinha que usar essa oportunidade sob qualquer pretexto para treinar Natsu.

Anton, que era seu bom conhecido nesses quase três anos, seria uma boa desculpa para um treinamento intenso.

A mesma olhou para o rosto de Natsu com apreensão, imaginando se sua memória poderia estar errada. Felizmente, no entanto, o rapaz falou com um olhar moderado como se já soubesse sobre quais seriam seus planos.

— Que tal Lucy e eu irmos e veremos o que Anton deseja? — Natsu perguntou dando um passo à frente.

— Você acha que podem ir lá sozinhos? Ainda que um de vocês seja um cavaleiro novato — Milo perguntou para Lucy. — Se você não estiver de acordo com essa situação, posso chamar mais algumas pessoas para acompanhar... A propriedade que Anton mora é um pouco perigosa se não estiver muito bem treinado.

— De certa forma, seria muito bom para que visse as habilidades que Natsu tem — Lucy disse calmamente. — Lembro que além do senhor, Anton é muito bom em analisar algumas técnicas para saber o potencial das pessoas.

— Bem, isso seria muito bom de se fazer, mas acha que seria bom só ir vocês dois — Milo falou e Lucy assentiu. — Mas lembre-se de ficar atento para qualquer criatura perto do caminho da casa dele. Então dou permissão para irem e ver o que Anton tanto quer que vamos até sua casa..

Ambos os cavaleiros assentiram com as palavras de seu mestre.

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O forte cheiro de suor e o som de respiração pesada vinham de dentro de uma sala de treinamento. Ao contrário das grandes áreas onde os cavaleiros treinavam em grupo, Milo sabia que os seus cavaleiros, iriam preferir este lugar tranquilo e aconchegante. Antes de ir, Lucy aproveitou para praticar suas formas de ataque com Natsu mostrando sua magia.

Sua magia brilhava em suas chaves e os espíritos surgiam e atacavam o rapaz, Natsu usava magia de fogo em seus punhos ou soprando as chamas e por último usando a força bruta para ganhar.

No final de tudo ambos estavam cansados, pela luta que até sorriram um para o outro no final.

Sua velocidade e poder eram limitados neste corpo destreinado. No entanto, ela balançou uma espada milhares, e as batalhas em que ela arriscou sua vida eram incontáveis. Não importa o quão fraca e lenta ela fosse, ela sabia exatamente onde balançar sua espada. Houve mais vezes em que ela lutou em circunstâncias terríveis do que em circunstâncias favoráveis, e ela se tornou engenhosa em situações ruins.

Depois de treinar, Lucy entrou no arsenal onde espadas, arcos, flechas, armaduras e todos os tipos de armas estavam armazenados. Pessoas comuns foram impedidas de entrar, mas felizmente não havia lugar no Castelo onde ela não pudesse ir. No entanto, ela evitou os olhos de todos, passou pelas armas bem exibidas e se dirigiu para a parte mais interna da sala. Ela passou por um canto escuro e estreito antes de chegar a uma armadura preta como breu, de grande grandeza.

Lucy sabia o quanto aquela armadura era especial. Foi usado pela falecida rainha das fadas. O metal usado para fazer a armadura era tão caro e tão puro que mesmo os cavaleiros oficiais não podiam se aproximar, a antiga rainha foi uma mulher gentil e amorosa, mas sabia como lutar em campo de batalha.

Lucy só soube dela através das histórias do antigo rei que sempre contava quando ia visitar o Arsenal e encontrar um cavaleiro nesse lugar. Ela era uma mulher incrível com magia, com uma grande beleza descomunal.

Sei que o senhor Allun sente falta da rainha e não suporta usar seus itens preciosos, toda vez que vem para esse lugar fica parando sofrendo pelo que já passou. No fundo entendo sua dor, quando minha mãe morreu só de olhar para as suas coisas me dava uma sensação de sufocação.

— De quem é essa armadura? — Natsu perguntou.

— Da antiga rainha das fadas, nunca a conheci mas pelo que ouvi do senhor Allun era uma mulher fantástica e batalhadora — Lucy disse e finalmente pegou algumas armas quase fosse necessário e a colocou em sua bolsa, amarrando-a com um nó que não podia ser aberto facilmente e entregou para Natsu. Depois de deixar o arsenal, foi atrás de uma carruagem.

— Para que todos esses itens grandes, Lucy? — Natsu perguntou.

— Estas são armas no caso de ficarmos sem poder mágico durante o caminho. — Lucy disse.

— Mas precisa de tudo isso? — Natsu retrucou.

Embora o tamanho e o peso da bolsa fossem um pouco incomuns em só ter medo de ficar sem poderes mágicos durante o caminho. Outras bagagens, como qualquer coisa que Anton precisava e outros itens, já eram cuidados pelos demais empregados. Milo tratava Anton como um amigo e o protegia mesmo se não soubesse o porquê de fazer algo desse tipo. Era a mesma coisa com a irmã mais velha de Milo.

Quando Lucy confirmou que tudo o que era necessário estava carregado, ela se aproximou para embarcar na carruagem.

Subiram na carruagem e partiram, vendo o palácio ficar para trás conforme a carruagem subia em direção aos céus.

Contos: Uma Promessa Ao Lorde FadaOnde histórias criam vida. Descubra agora