Capítulo Cinco

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No vigésimo dia desde que chegaram, Lucy percebeu que estava completamente errada quando pensou que os treinamentos iriam ser desgastante para Natsu, mas ele estava se saindo muito bem. Mesmo que para um treinamento sem paradas era tão difícil que ela mal conseguia conter a respiração enquanto ficavam sem parar. Dessa vez foi George que preparou a rota e o horário da agenda de cada treinamento intercalando combate corpo a corpo, com armas e principalmente com magia.

Enquanto isso, ela não parecia pior. Teve que ser gentil o suficiente para permitir que não esfaqueasse seu treinador que se sentava ao lado quando comiam, pelo que ela estava grata, mas mal aliviar seu desconforto.

— Como podem suportar esse treinamento difícil? — A mãe biológica de Anton, Cynthia Rowens perguntou quando a mesma caiu ao seu lado.

A exaustão estava escrita no rosto de todos, mas Lucy não reclamou.

Pode-se dizer que essa mulher pensa que esses cavaleiros não seriam capazes de suportar.

O meio-irmão de Anton, Damian Rowens, mordiscou cuidadosamente um pedaço de carne seca que um rapaz que estava apaixonado por ele havia feito, os lábios brancos de enjoo. A comida era terrível e mesmo quando ele dizia que não era tão ruim assim.

— Quer um pedaço? — Damian perguntou e Lucy negou fielmente. — Até que não é tão ruim depois que se acostuma.

Mesmo que Damian fosse um feérico e era incapaz de mentir, para os gosto dos feéricos a carne iria se enquadrar como boa. Mas Lucy era humana e sabia que tudo era horrível demais.

— Meu filho, por que não faço algo para que possa comer e o seu irmão também? Se você comer comida estragada, pode ter problemas de estômago. — Cynthia disse levantando lentamente. — Vou preparar uma comida, Anton está nesse tempo todo só lendo livro e isso está frustrando o George também.

Antes que alguém recusasse o que ela iria fazer, virou em seus calcanhares indo para a cozinha.

— Ela tende a mostrar que nada do que aconteceu é nossa culpa, mesmo que já tenha explicado a verdade diversas vezes — Damian disse e soltou um resmungo.

Lucy sabia que no mundo existia uma névoa que é um poder que tem a capacidade de manipular e criar imagens na mente de outros que não compreende aquilo que realmente existe no mundo, para que possa se ajustar ao que estava vendo. No fundo Lucy queria saber como deve estar a cabeça de Cynthia e o que será que afetou suas memórias para aceitar ter duas crianças, onde uma era uma criança das fadas e o outro um simples humano que foi criado pelas Fadas.

— No final, a ignorância sobre a magia através da névoa é o melhor caminho — Lucy disse lentamente. — Mas ela está acostumada a esse fato, parece que sua mente está começando a se acostumar com a ideia de ter filhos e que a magia faz parte do seu dia a dia. No fundo seria bom ter uma mãe que se preocupasse comigo nesse ponto novamente.

Damian congelou quando ouviu suas palavras.

— Do que sua mãe morreu? — Damian perguntou curioso e Lucy olhou para frente quando Natsu ainda lutava com George. — Passei um pouco dos limites?

— Devido à sua saúde estar fraca. depois que me tornei a cavaleira do rei, descobri que ela usou sua força vital para abrir um Portão mágico, como resultado disso deu corpo de enfraqueceu e ela acabou sofrendo de Deficiência Mágica. — Lucy explicou e se lembrou da mãe. — Quando ela se foi me senti completamente perdida, até hoje querendo entender o que aconteceu e os assuntos sobre esse fato desapareceram ou foram destruídos.

Ela tentou ao máximo encontrar a resposta mas não encontrou nada e sempre chegava em um caminho sem saída.

Ela levantou vendo que já estava se perdendo em suas memórias, ouviu um grito quando George saiu voando para trás com a camiseta chamuscada.

— Qual é irmão! — George disse se levantando e limpando a camiseta. — Amava essa camiseta.

Natsu deu ombros e Lucy soltou uma risada e Damian fez o mesmo.

Natsu olhou para Lucy e sorriu. O sorriso fez o coração dela acelerar lentamente. Não atrapalhava em nada o fato de que George ainda resmungava pela camiseta que tinha gatinhos na estampa, e de que já estava sendo completamente ridículo vindo de um príncipe das fadas Unseelie.

—— Obrigado por não matar meu esposo — Anton falou surgiu de dentro da casa. — Ao contrário do que possa ter dito, precisamos dela aqui.

Lucy se virou e olhou para a criatura que estava atrás de Anton, que tinha uma aparência de um ser místico, coloração esverdeada e olhos azuis com sombras negras e fortes. Suas asas, frágeis e transparentes arremetem as das fadas.

A pequena criatura notou seu olhar e desapareceu com um pequeno brilho.

— Vejo que o celebri nasceu — Lucy disse e vou quando vários espíritos vieram de dentro da casa. — São Kodamas, de onde vieram?

Os Kodamas são espíritos das árvores e geralmente habitam o topo delas. Pacatos e amigáveis, são seres sábios e adoram compartilhar seu conhecimento com quem se prova bom aos seus olhos. Vivem emitindo ecos e sons pelas florestas onde moram e conseguem imitar vozes de seres humanos. Defensores da natureza, os Kodamas ficam extremamente irritados quando alguém ameaça alguma floresta ou bosque.

— Bem o celebri saiu da árvore e os Kodamas surgiram juntos — Anton disse e fez cafuné na cabeça dos pequenos espíritos que pareceu feliz com o fato.

Isso fez Lucy sorrir, mesmo que Anton e o rei fossem uma cópia do outro, ambos eram tão diferentes. Mas existia pontos que faziam tão bem como se fosse o outro que poderiam se passar pelo outro se quisessem.

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No mesmo dia, mandou que um dos seus espíritos enviasse uma mensagem para o rei dizendo que a missão deles já acabou.

Em poucos dias via como Natsu havia se acomodado em uma rotina de treinamento, sem descontar o fato de que era divertido ter a companhia dele. Afinal, ele não forçava sua aproximação na área romântica para Lucy a tratava como companheira e esperava que ela a deixasse se aproximar respeitando seus limites.

No resto dos dias alternavam atividades ao ar livre, procurando alguma coisa em que fosse bom para que ambos fizessem tipo olhar a árvore e proteger dos espíritos malignos, cuidar da floresta e às vezes ajudar Anton com seus estudos e na administração da pousada.

— Então teremos que voltar, então o rei vai me apresentar aos filhos dele oficialmente como cavaleiro — Natsu disse com um sorriso enquanto mastigava sua comida.

— Já se passaram duas semanas, mas ainda tem que ver como será com os jovens mestres — Lucy disse bebendo o conteúdo de seu copo. — Mas vão gostar de ter você, só tentar não fazer igual fez com a camiseta do George.

Ambos olharam para George que ainda estava de luto pela camiseta, Anton parecia tentar consolar o marido mas no final tinham um sorriso divertido por causa de toda a cena.

— Não vou fazer algo desse tipo — Natsu disse dando de ombros. — Que tal quando voltarmos a mostrar um pouco a cidade principal do povo das fadas? Li muito em livros e seria bom conhecer ou participar de algum evento desse tipo.

Lucy sorriu, vendo através do gestor de natsu que esse seria um bom momento para seu plano para conquistá-la.

— Vamos ver, como vai interagir com os jovens mestres e te dou a afirmação que posso sair com você — Lucy disse divertida.

Contos: Uma Promessa Ao Lorde FadaOnde histórias criam vida. Descubra agora