Capítulo Seis

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Assim que o rei deu permissão para seu retorno, o grupo se dirigiu de volta para o palácio. Natsu insistiu tanto em se apressar que Lucy esperava parar apenas por um curto período de tempo e depois voltar para o treinamento com espadas, quando algo inesperado aconteceu.

Natsu, que parecia bem apenas um momento atrás, tinha uma expressão doentia no rosto.

— Acho que havia algo ruim na comida que eu comia. Eu não me sinto bem. Acho que preciso descansar. — Natsu disse com a carruagem ainda em movimento e com a expressão enjoada e os olhos um pouco perdidos.

— Eu te disse, para não comer aquela coisa que Damian come! Isso foi demais até para alguém que é descendente de dragões — Lucy disse.

A dura jornada deixou Natsu doente e sua saúde piorou durante a viagem. Eles rapidamente se acomodaram no quarto dele e chamaram um curandeiro mais famoso da região para ver se correria risco. A viagem não foi particularmente urgente desde o início, e ainda mais com o trabalho andando calmamente com os fatos.

Além disso, o cronograma era extremamente difícil para eles e todos estavam ansiosos para descansar.

Lucy viu descer da carruagem as bagagens que trouxeram e algumas que Anton havia enviado até um grande livro de receitas que Cynthia escreveu para trazer seus pratos para o povo das fadas dizendo que o rei era parte da sua família e merecia saber alguns segredos de família.

Lucy imaginou como ela imagina essa relação que teriam com o rei desde que se conheceram. Então só entrego o livro quando o rei havia
convocado a mesma para conversar em particular.

Bateu na porta e ouviu a permissão para entrar no escritório, o rei estava sentado com sua varinha em mãos e seus gatos espirituais deitados preguiçosamente então virando seus olhos para a direção da cavaleira e o enorme livro embaixo de seu braço. 

— Meu senhor Milo, a mãe de Anton enviou esse livro de receitas para você — Lucy disse e estendeu até seu mestre enquanto fazia uma reverência. — Devo dizer que Natsu ficou com mal estar pela comida que Damian ofereceu para ele.

— Imagino que ele ignorou qualquer aviso de que Damian tem um gosto horrível para comida — o rei disse soltando um suspiro, mas tinha um brilho de divertimento em seus olhos. — Mas ele poderá se recuperar com uma das poções de um dos curandeiros. Brand vai ficar me enchendo a paciência por causa disso, mas pelo seu relatório e o que Anton me disse em uma carta foi muito bom em cuidar da missão de proteção da árvore de celebri e muito em cuidar das pessoas que apareciam na hospedagem e eram atacados pelos monstros da floresta.

— Pelo que vi ele será capaz de fazer esse trabalho — Lucy disse lentamente. — Em pouco tempo vai estar se recuperando para começar o trabalho.

— Eu sei que vai, afinal meus cavaleiros são os mais capacitados para qualquer coisa e ainda tem uma boa fisionomia para se recuperar de doenças. — O rei disse com um sorriso. — Só tenho os melhores ao meu lado.

Lucy sorriu com essas palavras, afinal o rei além de ser sábio era humilde e sincero.

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Nenhuma pessoa que não era a curandeira era permitido no quarto de Natsu e, em vez disso, sua porra estava se revezavando com magia de cura por causa do descontrole de magia. Lucy, a única que estava encarregada dos cuidados da rotina de Natsu. Ela prometeu aos outros que os informaria se a condição dele piorasse, então colocou uma toalha fria sobre a testa dele. Natsu, fingindo estar dormindo na cama, deu um sorriso de auto-satisfação que não passou despercebido pela garota.

Natsu abriu os olhos e falou com Lucy sentada ao lado de sua cama.

— Lucy, eu tenho um favor para te pedir — Natsu disse lentamente e deixou a mentira fluir facilmente de sua boca. Uma história que atraísse o coração de Lucy que  poderia ser a mais eficaz.

— Sim, pode fazer. — Lucy disse se aproximando e fingindo que acreditou nessa imagem de auto-piedade.  — Por favor, diga, natsu.

— Se me der um beijo, posso me sentir um pouco melhor — Natsu disse quase como um sussurro.

Lucy soltou uma risada e beliscou a ponta do nariz dele que olhou emburrado para a mesma.

— Só um pouco de descanso pode cuidar de uma dor de barriga ou até mesmo uma poção — Lucy disse cruzando os braços à frente do peito. — Um beijo não resolve nada.

— Assim me magoa se agir desse jeito com alguém que está enfermo — Natsu disse e soltou uma risada se sentando. — Possivelmente posso precisar dos cuidados da minha companheira para ficar ainda melhor.

— Oh! O que você quer dizer? Está querendo usar seu problema no estômago para roubar um beijo —  A boca de Lucy se abriu de surpresa com esse gesto que depois do choque soltou uma risada. — Está ficando abusado.

— Só sou assim com você, Lucy — Natsu disse.

Lucy cobriu o rosto com as mãos. Natsu olhou para ela impotente, incapaz de decidir o que fazer nesse momento. Agindo com um pouco de remorso falou uma linha que havia preparado no caso de Lucy precisar de um empurrãozinho extra.

— Vou morrer se não pelo menos me dar um beijo na bochecha — Natsu disse gentilmente.

— Não diga algo assim, Natsu! — Lucy falou revirando os olhos.

Então pegou a fala de uma peça que tinha visto no teatro há muito tempo. Lucy podia dizer que ele estava começando a vacilar um pouco com esse plano. Estendeu seu corpo e deu um pequeno beijo em sua bochecha, esperando que isso não o empurrasse para o seu limite mental.

Os benefícios de assumir um pequeno risco eram bons demais. O rosto de Lucy não mostrava mais nenhuma hesitação em aceitar a compaixão de Natsu mas gostou de ver como ele reagiu com seu beijo na bochecha.

— Eu não posso garantir que não estou conseguindo evitar de me apaixonar por você. Mas, por favor, não fique agindo como um idiota. — Lucy disse calmamente.

— Não se preocupe, vou tentar o meu melhor. Todos os dias vou mostrar do que sou capaz, então se você der uma desculpa adequada, não deve haver nenhum problema em nossa futura reação. — Natsu falou e colocou a mão em cima da cabeça de Lucy que olhou para ele com um sorriso.

— Sim, vamos ver até onde consegui chegar com seus planos românticos — Lucy falou e assentiu, e o assegurou que esta era a melhor escolha para ambos nesse momento. — Então estou ansiosa para trabalhar com você e ver do que somos capazes, Natsu.

Ambos murmuraram ao ver a lua fora da janela do quarto. Tomando a decisão de se permitir ver o que podem fazer.
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Até a próxima 😘













Contos: Uma Promessa Ao Lorde FadaOnde histórias criam vida. Descubra agora