Capítulo 4

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Aurora

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Aurora

— EUDORA DO MEU CARALHO VOCÊ ME FEZ DAR UM AFRODISÍACO, A PORRA DE UMA DOSE INTEIRA DE UM AFRODISÍACO, PARA UM LOBO EM PLENO CIO, SUA MALUCA DO CACETE!? ALIÁS PRA QUE PORRA VOCÊ TINHA UM AFRODISÍACO NA BOLSA, EUDORA? — Ela se abaixou quando uma bota voou firme na direção de sua cabeça.

— EU CONFUNDI PIRRALHA E ERAM 3 GOTAS, SÓ 3 GOTAS, AGORA VOCÊ PRECISA SAIR DAÍ! — Que historinha mais mal contada, se eu sobrevivesse a essa noite arrancaria tudo da Eudora na base da tortura.

— VOU VOANDO MANDA UMA FIREBOLT ME RESGATAR. — Ironizei.

— PULA PELO BASCULANTE DO BANHEIRO E USA LEVITAÇÃO... — Fui averiguar a possibilidade e nem de perto minha bunda passava ali. Ficaria entalada e morreria sufocada.

Teletransporte?

Eu não tinha tanto poder assim, Morgana era uma das poucas bruxas no mundo que conseguia executar esse tipo de magia.

Tentei usar magia pra derrubar a parede sem sucesso, o quarto provavelmente só permitia um certo limite de uso das artes místicas, devia ter sido selado, nem encolher de tamanho eu conseguiria.

Que inferno!” — Minha bruxa exclamou.

–— MINHA BUNDA NÃO PASSA EUDORA, NÃO CONSIGO USAR MAGIA MAIS PESADA, O QUARTO DEVE TER ALGUM SELO LIMITANDO, O MÁXIMO QUE CONSEGUI FORAM FEITIÇOS SIMPLES NÍVEL 1! — Ouvi um baque seco na porta de aço maciço do banheiro. Amira e seu irmão Athos trocaram as portas, por causa das brigas e orgias que aconteciam no bar e matadouro, muitos lobos, coiotes, e transmorfos diversos ficavam violentos no cio e acabavam destruindo as portas, e adjacências, além disso dava muito trabalho para trocá – las com frequência.

Me aproximei e coloquei a ouvido na porta tentando captar algum ruído. Ouvi um rosnado e em seguida outro baque surdo me fazendo cambalear para trás. Vi um amassado enorme na forma de um punho gigante.

Por todos os Deuses… Ele amassou a porra de uma porta de aço maciço… O que não ia fazer comigo? “Te estraçalhar”—  Minha bruxa fez o pensamento presente.

— ELE ESTÁ ESMURRANDO A PORTA, O CARA AMASSOU UMA PORTA DE AÇO! EU TÔ FODIDA!

— ISSO AURORA, ESSE É O ESPIRITO, VOCÊ VAI TER QUE FODER O IVAN, ELE ESTÁ NO CIO. MACHOS FICAM AGRESSIVOS SEGUNDO MINHAS PESQUISAS SOBRE LOBOS, COMO ELE ESTÁ DEZ VEZES MAIS EXCITADO QUE O NORMAL VAI TER QUE JOGAR PESADO TAMBÉM... — Vi Eudora e Eleonora se esconderem em um tipo de adega e Eudora baixou o tom.

— Lembra sobre o que eu falei sobre persuasão sutil? — Assenti com um movimento da cabeça.

— Esqueça, use artilharia pesada, o máximo que o selo do quarto permitir, como ele está agressivo você vai ter que acalmá – lo antes de seduzi – lo ou ele pode vir a te machucar bastante, Ivan é resistente a magia de bruxa, mas sei que você consegue. — Seduzir o fedido? Isso não estava nos meus planos, pelo menos não no dia de hoje ou nunca… Uma vez foi suficiente.

— Eudora esse não era o plano, cacete! Esqueceu de um pequeno probleminha, irmã.

— Qual?

— Meu lacrezinho do amor? — Eu era virgem aos 20 anos recém-completados, não por falta de pretendentes, mas por falta de interesse da minha parte, a única piroca que eu me interessei desprezou meu sangue, e minha história, esnobou quem eu sou e minha ascendência.

E o mesmo estava agora furioso, excitado, drogado e em pleno cio querendo me matar... Poderia ser de foder na melhor das hipóteses.

Eu fico com caras, eu beijo, já fiz boquetes e até sexo a seco, mas nunca houve nenhum tipo de penetração.

Lacrezinho intacto. Agora eu me arrependo de não ter dado praquele motoqueiro fantasma gótico gostoso do caralho que conheci na Austrália…

Bad Boy, forasteiro, italiano e muito sexy sem ser vulgar. Se tivesse sentado sem piedade nele agora não precisaria perder o cabaço com um lobo descontrolado, que não quer apenas me comer com o pau, mas com os dentes também.

— Merda, irmã! Desculpa isso tudo é culpa minha... — E era mesmo! Ridícula.

— E é mesmo, você vai me dever pro resto da vida, se minha vida tiver um resto depois de hoje. Você e Elora vão me pagar. —Apontei pra ela rancorosa como sempre.

— O bom foi que você bebeu a poção também, os efeitos dela vão amenizar o impacto da brutalidade do Ivan...—Outro baque na porta e o aço estava todo deformado e retorcido, não demoraria muito para ele entrar.

— Como seduzo ele?

— Seduzindo oras… Sei lá, com encantamento simples? Hipnotizando? Faça o lobo voltar pras correntes e deixar o Ivan na borda. Ele ainda estará animalesco, mas vai ter racionalidade suficiente para ter consciência do que vai fazer. —Hipnotizar… Odalisca… Musica… Isso!

Iria dançar ao som de uma música sensual e relaxante, apesar do corpete apertado eu conseguiria me mover. Eu era ótima dançarina, praticava pole dance, dança do ventre e tango. Danças mundana tinham seu apelo sensual.

— Olhe diretamente nos olhos dele, faça tudo para manter o contato visual, não o questione, ou ele vai lutar pela sua submissão, o deixe no controle.—Eleonora falou. Arqueei a sobrancelha surpresa.

— Isso é importante, o olhar vai passar confiança e vai fazer ele entender que você nem tem medo dele, nem é uma ameaça...

Nossa! Eleonora tá por dentro das seduzências lupinas. O que as minhas irmãs andaram aprontando nas surdinas?

Uma com um afrodisíaco traficado na bolsa, a outra quase uma enciclopédia de como seduzir cachorros gigantes no cio, e uma tratante presa numa Matilha perigosa, poderosa e inimiga…

Algo errado, não estava certo!

Algo errado, não estava certo!

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