Capítulo 22

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Aurora

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Aurora

Oh, Merlin, o Ivan persistia uivando com tudo que tinha, os olhos agora negros brilhando furiosos. Quanto drama!

Filhote vai com calma. Se transforma e corre um pouco pela floresta, relaxa a cabeça. — O velhote da Eudora estava tentando me ajudar? Como se eu precisasse de ajuda para lidar com aquele energúmeno.

— Deixa a Aurora... — Heitor foi cortado pelo filho mal educado dele.

— ELA É MINHA! — Como aquela sarnento ousava fazer qualquer reivindicação sobre mim eu não sabia. Muito cara de pau!

— Sabemos disso filhote, mas você vai assusta – la assim. — Pelos sete céus esses dois são mesmo pai e filho, dois asnos! Eu lá tenho medo de cachorro vira – lata que fica uivando e latindo dando ataque de pelanca em que mundo? Só se for na cabeça descerebrada dos Maldonados.

— Me assustar? No máximo o que essa imundície vai fazer é me irritar ainda mais. Além disso eu não sou de ninguém. Eu sou de todo mundo que eu queira ser. — Falei levantando meu queixo e encarando a dor nos olhos do Ivan que voltaram a ser dourados por uma fração de segundos. Isso me desconcertou, até que a raiva os escureceu novamente tornando – os um buraco negro de ódio.

Bom. Com sua raiva e seu ódio eu sabia lidar, mas com sua dor... O vislumbre de dor que eu vi neles me feriu mais do que eu poderia imaginar, mais do que qualquer coisa que ele tenha me feito enquanto nos engalfinhávamos e nos odiávamos abertamente. Eu não poderia lidar... Não com a dor dele... Nunca... Nunca vi algo parecido nos olhos do Ivan.

— Foda – se, demônia! — Heitor gritou elevando os braços, não pude responder o Maldonado mais velho, pois precisei tapar meus ouvidos para o uivo descabido seguido de um grunhido sonoro do Ivan. Os outros machos se afastaram, menos a múmia que Eudora estava querendo virar cuidadora.

— Você é minha! Diga! — Ivan tinha a voz encapetada e dual. Sério que iríamos voltar para o Ivan possuído?

maluco, Ivan? Você não me trate como o inferno de uma propriedade. Eu não sou um pedaço de qualquer coisa que você pode tratar como bem quiser e exigir coisas.

— Você é minha, Aurora! Minha e só minha, sangrou quando estivemos juntos pela primeira vez, fui seu primeiro amor, seu primeiro homem... — Eu não era do tipo que ficava envergonhada, mas senti minhas bochechas queimarem percebendo o que ele havia falado no meio de todo mundo ali presente. Quem ele pensava que era?

— Minha primeira decepção, meu primeiro coração partido... — Rebati e ele fechou os olhos como se não quisesse pensar nas minhas palavras.

— Sou sua alma destinada! Sua chama gêmea, minha Aurora. — Ivan estava com a voz mais suave e aveludada agora.

Aurora - Série Irmãs Delacourt - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora