Capítulo 23

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Aurora

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Aurora

Eudora inferno! Você está a um passo de virar fábula, sua bandidinha do olho junto. Eu posso até ver as manchetes do mundo místico "A bruxa surucucu que foi queimada pela irmã mais bela por motivos de ser uma dissimulada vigarista!" — Exclamei revoltosa.

Aposto que foi você que deu essa ideia ridícula para esse velho asqueroso! — Esbravejei com aquela sem escrúpulos, ela era bem filha do pai dela mesmo. Que ódio! Ah, genes miserável esse do Cirus.

Aurora a ideia é minha, endiabrada! — Heitor voltou a falar.

Não importa de quem foi esse disparate de ideia. Eu vou contar a Morgana que você vive me cafetinando para o Ivan, Eudora. — O ignorei e continuei gritando com a cafetina.

Mamãe te conhece, Aurora, eu só dei uns empurrãozinhos você se cafetina sozinha.

Calúnias, mentiras e difamações. Só eu que pago os patos dos mal feitos da Elora. Eu não aceito e pronto.

Praga pensa bem... Todos já estão pensando que vocês estão acasalando. Estão fazendo até apostas. Eu e Eudora estamos até participando...

Traidora! Você, seu velhote decrepito, não tem mais idade pra jogatina e ainda fica colocando minha irmã, que já não vale um dólar rasgado e colado com fita adesiva, nessa vida de apostas. Morgana vai saber de tudo isso.

Olha vamos fazer assim... Eu faço um anúncio e depois vocês dois se pronunciam e fazemos tudo de acordo com a tradição da matilha. Você não vai ser forçada a nada. Vá pensando, praga. Chegaremos daqui a pouco e não profanem meu lar. — Ouvi Eudora falando algo com ele e pegando novamente o telefone.

Beijo irmãzinha e pensa com carinho em não me matar. Te amo, Aurorita.— Eudora vigarista. Assim que ela terminou de falar a chamada foi encerrada.

O Ivan me encarava parecendo em um debate interno sobre como abordar o assunto comigo. Cruzei os braços e me estiquei toda no sofá arranhando os meus saltos na prezada mesinha do velhote. Senti o vira - lata desabar ao meu lado com um suspiro ruidoso, até o momento ele se manteve calado sobre a ideia estúpida do pai dele. Mas esse cachorro vira – lata deve estar adorando todo esse furdúncio. Macho vagabundo. Ouvi uma tosse forçada e virei – me para ele arqueando a sobrancelha.

— Desembucha, Ivan.

— A ideia do pops é ótima...

— Claro que você acharia ótima está tentando me convencer a ser sua nova marmita, com o plus de incubadora para os seus catarrentos. — Falei com os olhos crispando de raiva. Ivan só fazia o que era conveniente para ele, quando eu estava aberta a ter algo com esse encosto ele só faltava escarrar nos meus sentimentos. Agora fica fazendo essas carinhas de cachorro que caiu da mudança. Talvez uma mulher melhor se comovesse, mas não eu. Eu era muito filha da minha mãe.

Aurora - Série Irmãs Delacourt - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora