Capítulo 14

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 Aurora

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Aurora

— O que você disse? — Os olhos negros e assustadores me escrutinavam com violência escrita neles. Parecia que o Ivan estava se segurando para não arrancar a minha cabeça fora.

— Você não é surdo fedido, inclusive tem uma audição canina privilegiada. — As fossas nasais dele se alargaram e o senti buscar uma paciência que ele não tinha, eu sorri para o perigo.

— Você ousa me julgar, ousa falar sobre exclusividade enquanto tinha um encontro marcado. Um encontro para qual vai com a minha porra ainda escorrendo da sua boceta. Essa é a sua opção de perfume, Aurora? Quer fazer outro homem sentir o meu cheiro em você? — O dourado tinha voltado aos seus olhos e ele parecia mais frio que o normal. Ivan era uma incógnita que eu não queria desvendar. Não, nunca mais teria essa pretensão.

— Não que seja da sua conta, mas esse encontro estava marcado muito antes da nossa foda. — Falei grosseira.

Foda? Foi isso que aconteceu entre nós? Foi uma simples foda? — Ele valeu de seu corpo grande e se impôs contra mim encostando nossos corpos, a eletricidade entre nós fazia a minha pele formigar.

— E não foi o que fizemos, Ivan? Não é isso que você faz com a Amira, e todas as outras mulheres disponíveis para abrir as pernas pra você nessa cidade, nas outras cidades e no mundo humano? — O questionei curiosa. A possessividade do Ivan me irritava, me revoltava, e fazia eu me sentir ainda mais idiota dele ter sido o meu primeiro. De inconsciente eu ter guardado algo valioso para ele.

— Isso é algum tipo de vingança, Aurora? — Que vontade de furar a bola direita dele. Minha bruxa veio na borda também nada satisfeita com o rumo da conversa.

— Claro que você pensaria isso, afinal o mundo gira em torno do seu grande pau! Para de achar que tudo que eu faço tem a ver contigo, Ivan. Houve um tempo que até poderia ser assim, mas não hoje, não isso — Apontei de mim para ele — Como já te falei meu encontro já havia sido marcado bem antes de toda essa coisa entre nós acontecer.

— Essa coisa? Foda? É a isso que nos resumimos, Foxy? Sabe que de acordo com a Pedra dos destinos nossos caminhos estão unidos. Eu não quis acreditar, mas depois... Depois que fizemos amor, eu não tenho como negar. — Arqueei a sobrancelha para ele e ri sarcástica. Fazer amor? Ivan Maldonado falando em fazer amor era uma piada pronta.

— Agora você está preocupado com a Pedra dos Destinos? Todo mundo sabe que aquilo é uma velharia do seu povo, fedido. E se me lembro bem na época você disse que preferia cortar o seu pau a me aceitar na sua cama ou na sua vida como companheira. Devo providenciar a faca ou você prefere machado? — Relembrei um dos episódios mais humilhantes da minha vida. A cidade estava em festa no dia da sua fundação e todo ano eles usavam esse artefato indígena da família Maldonado para ver os novos futuros pares.

Aurora - Série Irmãs Delacourt - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora