Capítulo 21

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Aurora

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Aurora

Quanta gente xexelenta na minha frente. Um monte de cachorro fedido com colete, ninguém merecia estar nesse lugar uma hora dessas, eu estava perdendo todo o meu final de semana. Poderia estar fazendo um ritual pagão nua ao luar para ser cada dia mais bela, mas não. Estava na sala de reuniões de um motoclube molambento tentando salvar a porcaria de uma cidade que eu nem ao menos gostava.

— Olá, pobres. Vamos ao que interessa então o que vocês tem sobre Asmodeus Martell? — Os quatro homens ao redor do velhote e do fedido me olharam ofendidos e arreganharam os dentes para mim. Suspirei entediada.

— Sério? Vão rosnar e mostrar os dentes para me intimidar, morrendo de medo. Vamos poupar as cabeças de vocês e falem logo o que eu quero saber, meu tempo é precioso. — Um dos homens tentou se aproximar de mim, mas antes que pudesse fazer algo teve o braço segurado pelo Ivan.

— Não ouse. — Ivan falou em um rosnado. O molambento corajoso se soltou e voltou – se para o fedido cheio de arrogância. Esse cara não tinha amor a vida?

— Então controle a sua putinha, VP. — Ah, esse xexelento não me objetificou dessa forma, não.

Fiquei furiosa e transmutei meus olhos quebrando os malditos e frágeis selos daquela espelunca. Deixei meu elemental fluir, sentia o fogo me consumir e irradiar ao redor de mim, inflamando meus cabelos. Ergui uma mão e girei - a trazendo o homem petulante até mim flutuando e indefeso preso em meu domínio.

Os outros apenas ficaram olhando paralisados, eu não precisava do Ivan para me defender. Senti minhas irmãs deixarem seus elementais fluírem caso eu precisasse de ajuda.

— Me chame de putinha mais uma vez e transformarei seus ossos em gelatina. — Soltei o molambento de uma vez no chão.

— Dica valiosa procurem alguém que saiba fazer selos de verdade, porque os desse lugar são apenas adesivos em suas paredes, funcionam para um usuário medíocre de magia, não para alguém como eu. São realmente péssimos, estão mais pobres do que pensei,  peçam  indicações ao Athos, os selos do pardieiro dele são de primeira linha. — Os outros dois ajudaram o amigo desrespeitoso a se levantar. Os homens me olhavam entre incrédulos e bravos.

— O que foi? Ele me ofendeu merecia uma lição. — Falei estreitando os olhos para Eudora que me olhava exasperada.

— Tudo bem. Bom pessoal acho que estamos mudando o foco da situação aqui. Temos um sociopata vingativo que tem uma joia poderosa da minha família em sua posse e que pode comprometer todo o sistema dessa cidade. Então deixemos as diferenças tribais de lado e, por favor, podem nos dizer mais sobre o Martell? — Diferenças tribais? Me segurei para não rir.

Eudora era boa com as palavras e tão manipuladora quanto o seu pai inimigo da moda bruxa, sabia que a personalidade de trambiqueira que ela herdou daquele arremedo iria servir para algo. Heitor limpou a garganta e se dirigiu a minha irmã com a voz mais suave que eu já vi ele proferir.

Aurora - Série Irmãs Delacourt - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora