Pov'Ellen.
Depois de um tempo sentadas olhando Gale, Kate me levou para casa, é estranho, apesar de Chyler ser minha irmã, e sempre ter tentado me ajudar ao máximo, Kate era mais "leve" ela foi capaz de me entender e ajudar a ver tudo de outro modo.
- não precisava me trazer em casa! Poderia ter vindo de táxi.
- não me custa nada, mas eu preciso que me deixe usar seu banheiro.
- claro, vamos entrar - desci do carro.
- obrigado, ou isso, ou fazer xixi nas calças - ela falou andando comigo até a porta, abri e a deixei entrar na frente.
- pode ir no corredor, segunda porta - Indiquei.
- obrigado - ele seguiu.
Sentei no sofá para esperar Kate, logo depois meu pai entrou.
- de quem é o carro? - ele perguntou.
- oi pai! - falei rindo.
- oi filha! E o carro? - ele insistiu.
- aí que alívio - ouvi a voz de Kate - eita! - ela viu meu pai - oi! - acho que ficou sem jeito.
- oi! - meu pai a encarou.
- pai essa é a Kate, madrinha do Giacomo! Kate, esse é meu pai, Estevão.
- é um prazer - ela se aproximou oferecendo a mão.
- digo o mesmo.
- eu fui passear com ela, conheci a vista mais linda de Gale! - contei.
- sério? Onde? - ele não perguntava para mim.
- no parque central, sabe? Aquela parte mais alta? - ela explicou.
- não! Acho que nunca fui - Estevão murmurou.
- posso levar vocês lá qualquer dia.
É só eu ou os dois estavam em um papo com segundas intenções?
- ia adorar! - ele murmurou.
- então vamos combinar, podemos convidar Giacomo também - ela me fitou.
- sim! Concordei, por falar nisso, você comentou que precisa de alguém que trabalhe com publicidade - murmurei.
- sim! Urgentemente - Kate concordou.
- meu pai! Deveria falar com ele - dei meu empurrãozinho.
- sério? Que maravilha.
- vou falar com Gio - balancei o celular - aproveita e fala das suas ideias.
- não precisa, podemos marcar outro dia - ela falou, mas vi que era só gentileza.
- não tem problema, sente! Me diz o que precisa.
Sai de fininho.
📜📨
Pov'Giacomo.
Engraçado lembrar do dia da minha (não) morte, eu via os carros passando na rodovia, não sabemos quando vamos morrer, claro que não morri realmente, mas eu sei qual a sensação de se estar morrendo, e uma parte minha morreu naquela noite, as vezes sem querer sonho com as luzes dos carros que passavam, ouço aquele "zumzum" que faz quando um carro passa pelo outro.
Tem vezes que sou capaz de ouvir perfeitamente o som que fez quando o carro foi lançado fora da pista, o som do carro capotando várias vezes, o barulho da buzina sendo pressionada pelo corpo do meu pai, e o desespero da minha mãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre livros e sonhos
FanfictionGiacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais. O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...