Pov'Ellen.
*NEW YORK*
Caminhei pelo portão de desembarque a procura do tal amigo do meu pai, havia algumas pessoas na espera dos passageiros, não sabia quem era o amigo, mas vi a plaquinha escrito "Ellen Pompeo".
- essa - apontei a plaquinha - sou eu.
- oi Ellen, sou August.
- oi! - sorri de lado.
- seu pai me pediu pra te levar até o apartamento.
- obrigado por isso.
O tal August era um senhor de uns 50 e pouco anos, era o que parecia por seus cabelos grisalhos, ele me levou até o apartamento em uma parte da cidade que parecia agradável, na mesma rua vi, floricultura, lanchonete, um mercado, acho que gostei dali, não ia precisar andar muito para me alimentar.
- o apartamento tem quase tudo, só não tem coisas como colcha de cama, pratos, copos, talheres, coisas mais pessoais, mas tem cama, um sofá cama, geladeira, fogão, armários... Como falam é um semi mobiliado.
- tudo bem, dou um jeito nisso - murmurei.
- aqui as chaves - ele me entregou depois de abrir a porta, se precisar meu número está preso na porta da geladeira. A lanchonete no final da rua é bem melhor que essa aqui do lado.
- ahh... Essa é uma informação muito importante.
- acho que é isso! Estou indo.
- obrigado August.
Depois que ele saiu levei minhas duas malas grandes para o quarto e as abri, em uma delas trouxe duas colchas de cama, lençóis e toalhas, coisas que achei que iria precisar nos próximos dois meses, fiz a cama e depois arrumei minhas roupas no closet pequeno, o apartamento só tinha um quarto e uma sala/cozinha.
Estava com fome, mas não queria sair de casa, procurei por um delivery e pedi comida, enquanto esperava liguei para Estevão.
Ligação de vídeo on.
- ia te ligar.
- oi pai, cheguei no apartamento, estava arrumando.
- como foi? Gostou do lugar?
- sim! Obrigado... Eu amei, acabei de pedir comida.
- ótimo! Conversei com a Kate, falei que você viajou, já está pensando em passar um fim de semana aí.
- eu vou amar.
- filha, se precisar de qualquer coisa, não sei... Qualquer coisa, me liga, de dia ou de noite... Eu vou até aí.
- não me faz chorar pai, por favor - pedi segurando as lágrimas.
- parei, te amo Leh.
- te amo pai, eu vou ficar bem.
- eu sei que vai...
Ligação de vídeo off.
📜
Passei uma semana trancada no apartamento, chorando e comendo, meu pai ligava duas vezes ao dia, ele parecia em desespero, mas eu falava pra ele não se preocupar, só precisava sofrer o que tinha pra sofrer, deixar aquela raiva e mágoa saírem, Addison me ligava todos os dias também, ela ficou triste por não ter falado pra ela sobre minha decisão de ir, Chyler ficou no telefone comigo por três horas falando coisas boas, me ouvindo e falando que não queria tomar partido, eu entendi e disse que estava tudo bem.
Mas agora eu não queria estar perto de ninguém, uma das coisas que aprendi passando anos no internato é que a solidão é a única que nunca vai te abandonar, quando comi tudo o que pude e chorei o que precisava, ouvi acho que todas as músicas sobre terminos já escritas (eu acho) levantei da cama, tomei um banho demorado, arrumei meu cabelo, vesti uma roupa qualquer esperei um tempo e liguei para a única pessoa que conhecia em New York.
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Entre livros e sonhos
FanfictionGiacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais. O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...