Pov'Giacomo.
O número nove me intrigou um pouco, dentro da caixa estava a caixa com as cartas que Ellen me escreveu um dia, e uma nova.
Abri e li:
"A vida te ensina de vários modos, as vezes sem doer, as vezes com um pouco de dor e as vezes ela te exigi demais, sempre que penso em nossa história eu imagino como seria se naquela noite seu coração tivesse parado de bater para sempre, onde seria meu lar?
Se contar cada dia desde nossa primeira conversa temos uns quatro mil dias, não faço ideia de quantas horas, minutos e segundos, mas deve ser muita coisa.
Você mudou muito eu sei, eu também mudei, mas a Eli e o Gio daqueles e-mails são o alicerce do Gio e da Eli que nós somos hoje, obrigado pelos dez anos que tivemos, mesmo com tantos momentos "complicados".
Com amor, sua Eli!"
Guardei a carta e desci do carro, Ellen!!!
Ela conseguiu deixar aquele dia inesquecível.
Última parada.
Entrei na loja e caminhei para o terraço, abri a porta e encontrei uma tenda armada, e uma mesinha com uma caixa em cima, acho que era a primeira vez que ia ali durante o dia, andei mais para perto em busca de Ellen, mas ela não estava.
Só uma caixa, peguei ela e abri, bem em cima havia um cartão.
"Uma década se passou e seu abraço ainda é meu lar, te espero no seu".
- no meu? - fiquei confuso, ela se referia a nossa casa? Por que Ellen me faria ir a tantos lugares e voltar pra casa?
Ouvi meu celular tocando, peguei ele e vi que era ela.
Ligação on.
- oi amor - falei.
- oi amor!
- onde você está?
- o que achou dos seus presentes? - Eli perguntou ao mesmo tempo.
- eu amei! Pensei que estaria aqui.
- estou no seu lar.
- por que da caça ao tesouro? - pedi.
- porque, são dez anos que achei meu lar, só queria te mostrar que... Te falo em casa, não demora.
Ligação off.
- Eli!!!!! - soltei, olhei qual era o último presente e me surpreendi.
Meu coração bateu mais forte, ela não imaginava o quanto aquilo foi único, ou imaginava por isso fez, era só uma bobagem, mas tinha um significado, o primeiro presente foi um livro e o último um filtro dos sonhos, vivemos os últimos dez anos "entre livros e sonhos, e ela me levou a lembrar de tantos momentos, e todos me levaram, ou nos levou ao "nosso lar" peguei a caixa e desci, só queria estar lá nesse momento, todos os presentes tinham um significado, até o telescópio que a princípio achei ter haver com nosso tempo na sacada do meu quarto, mas era uma referência ao meu tempo como voluntário, as noites que olhei as estrelas e escrevi para ela.
As flores azuis, eram as mesmas que Harry levou para Enid no primeiro encontro deles, era sobre o que nos aproximou, o caderno e a caneta que "contou" nossa história, o vídeo book um tipo de "eternidade" para nossa história, o porta retrato que nos mostrava tão diferentes, e ainda sim éramos os mesmos.
O chaveiro que mostrava tanto de quem éramos, do que construimos, e as cartas, sua carta me lembrou do começo, o antes do abraço, quando ela era minha melhor amiga e quem conheceu todos meus fantasmas, Ellen me conhecia de um modo único.
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Entre livros e sonhos
FanfictionGiacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais. O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...