1️⃣1️⃣7️⃣ a família bizarra.

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Pov'Ellen.

Cada dia da nossa lua de mel foi como estar em um sonho, paz, alegria e bons momentos, mas voltar pra casa sempre seria a melhor parte de tudo, quando chegamos nossos filhos estavam na sala junto com Eliot e Aimee, Thomas e Kalil foram os primeiros a nós ver, kalil era o mais rápido foi o primeiro a chegar até nós gritando "mamãe" e me abraçou tão forte que me deu uma alegria inexplicável, Thomas chegou logo depois, na mesma empolgação, me abaixei ainda abraçada a kalil e abracei meu pequeno.

Lauren nós avistou e jogou o brinquedo e correu, mas eu não ganhei outro abraço, Gio se abaixou e ela se lançou nele, observei o modo que ela deitou a cabeça no seu peito, Giacomo havia ganhado outra mulher que seria apaixonada por ele, nossa filha o amava e era notável.

- oi amor - Gio murmurou - papai tava com saudades.

- saudade - Lauren concordou em sua voz infantil.

- mamãe vocês demoraram - Kalil reclamou.

- só um pouquinho! - falei rindo - estava morrendo de saudade de vocês - já estava chorando, Thomas e Kalil me soltaram e foram abraçar o pai, Lauren os olhou contrariada.

Céus a menina prefere o pai a mim!!! Deveria sentir ciúmes desse fato, mas eu estava na vantagem com dois.

- vem cá filha - chamei, ela finalmente soltou Giacomo e me abraçou - mamãe sentiu sua falta... Você sentiu saudades da mamãe?

- sim! Saudades - ela concordou.

Quando os três decidiram que chegava de abraços, levantamos e fomos falar com os adultos.

- Kalil quase não dormiu ontem - Aimee falou me abraçando.

- imagino! Como estão por aqui? - perguntei abraçando Eliot.

- muito bem! Cris só foi embora ontem - Aimee contou - já avisou que precisa estar em New York na próxima semana.

- bem a cara dele - bufei.

Sentamos os quatro no sofá, e as crianças no chão voltando a brincar, ficamos um tempo assim, até Lauren levantar e ir para o colo de Gio, ele a recebeu e vi a menina deitar sua cabeça no peito dele perto do coração, não julgo minha filha, eu também amava aquele som.

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As semanas depois da nossa volta foram calmas, fui para New York, dessa vez sozinha, passei três dias lá, e todas as vezes era uma longa tortura, minha visita era sempre corrida, mas tirei um tempo para ir visitar o túmulo de Thomas, como sempre, e como sempre, acabei chorando sem parar.

- eu espero que você esteja bem onde estiver, que se for possível que esteja ao lado de Lauren!!! Por falar em Lauren... Nossa filha é perdidamente apaixonada por Gio! Provavelmente se você estivesse vivo isso te causaria ciúmes - dei uma risadinha - eu sei que hoje provavelmente não estaríamos mais casados, ainda sim queria que estivesse vivo, por nossos filhos... Eles mereciam ter te conhecido, e você queria muito eles - enxuguei minha lágrimas - mas se puder me ouvir, ou nos ver... Sabe que eles estão felizes, que Gio é um pai maravilhoso.

Ajeitei o buquê de tulípas amarelas sobre seu túmulo.

- sinto falta dos nossos momentos, você me ensinou tanto... Foi paciente e generoso... Provavelmente teria percebido o momento que o que sentia mudou, eu penso nisso, em quanto tempo teria durado nosso casamento, por que eu sei que te amei... Mas nunca foi maior do que o amor que sinto por Giacomo, mas a vida é do jeito que acontece!!! Nunca vou poder agradecer o suficiente por nossos filhos e pelos anos ao seu lado.

- quando eles estiverem maior prometo lhes trazer aqui, contar sobre você e sobre o tanto que os amou no segundo que soube que estava grávida.



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Na semana seguinte a minha volta de New York fomos visitar minha obstetra, queria muito saber o sexo do bebê! Apesar de ter quase certeza que seria um menino, queria ter a confirmação. Giacomo parecia mais ansioso do que eu! Ele falava que queria duas meninas, pra igualar, caso eu estivesse errada, ela teria o nome da mãe dele, seria Viviane.

Mas eu realmente achava que seria mais um menino.

- da pra ver o sexo? - Gio perguntou.

- sim! Vamos olhar... Já temos nomes?

- Eros ou Viviane - ele contou.

- bela escolha... Então vamos ver! O que acha Ellen?

- eu acho que é menino - murmurei.

- aqui - ela apontou na tela - um garotinho, você esta certa...

- um menino - estava chorando, olhei para Gio - ao que parece Lauren. Vai realmente ser a única.

- mandar em todos nós - Gio concordou rindo.

- sim!


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Acho que minha gestação dos gêmeos foi mais calma, EU ACHO! Por que de Eros estava sempre chorando, e com desejos, Gio pirava com o que inventava, fiz ele sair uma noite atrás de um sobremesa típica da Grécia, ele voltou umas duas horas depois com uma sacola de um restaurante grego, sentei no chão para comer, isso já era quase um hábito.

- obrigado - falei de boca cheia, já estava na metade da torta, aquilo parecia tão bom! - parece que dessa vez não vou vomitar - murmurei esperançosa.

- dez minutos - Gio falou sentado na minha frente.

Terminei de comer e ele pegou a embalagem vazia devolvendo para a sacola.

- zero vontade.

- Eros adora comida grega agora - ele brincou.

- sim! - concordei - era a segunda vez essa semana, mas a outra não foi desejo. Perdi o sorriso quando senti a ânsia.

- já?

- sim - concordei.

Giacomo levantou e me ajudou.



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Com seis meses começamos a arrumar o quarto dele, os gêmeos foram transferidos para o novo quarto e o que um dia foi deles estava sendo arrumado para receber Eros. As emoções eram tão diferentes, a alegria de Gio era contagiante, ele passou um dia todo com Luka pintando o quarto novamente.

Depois de uma pequena conversa, chegamos a escolha de que katrina seria madrinha de Eros, mas o padrinho ainda não havia sido decidido.

O tempo estava mais apressado, minha barriga cresceu tão rápido, Giacomo viciou    Eros com música de piratas do mesmo jeito que fez com os gêmeos.

- queria te pedir uma coisa - Gio me olhou saindo do closet.

- pode pedir!

- na verdade é uma sugestão - ele sorriu.

- pode falar.

- pensei em convidar Cris para ser o padrinho de Eros!

- sério? - isso me pegou de surpresa, tudo bem que eles se davam bem, e meu marido achava até engraçado Cris lhe chamando de "genrinho".

- se concordar.

- sim! Essa família já é toda estranha mesmo... O que vai mudar com ele sendo avô dos gêmeos e padrinho do Eros - brinquei.

- nossa família é incrível - Gio deitou ao meu lado e encarou minha barriga - não é verdade filho?

Quando ele falou com o bebê, sentimos ele chutar, Giacomo passou sua mão no mesmo lugar que ele mexeu, e sentimos outro chute.

- nada de mais né filho? - brinquei - a ex namorada do seu pai como madrinha, e meu ex sogro como padrinho.... Vocês cresceram com zero traumas.

- somos bizarros - ele caiu na gargalhada - mas nós amamos.

- muito concordei.



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Tava aqui tentando entender essa família, mas ainda tô confusa. Se alguém souber explicar me ajuda kakakaka

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