1️⃣3️⃣ confio em você.

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Pov'Giacomo.

- obrigado - Eli me beijou rapidamente - mas por hoje, e acho que por um tempo! Eu não penso nisso... Eu também esperei muito para te abraçar - eu não desejava que ela mudasse de idéia, a queria de um jeito especial.

- então não vamos pensar! Só viver o hoje - sugeri.

- eu gosto desse plano... Sabe não quero estragar o momento! Todavia! - Eli deu uma risadinha sem jeito - minha barriga está roncando.

- bem que achei ter escutado um leão rugindo.

- ei! - ela soltou sem jeito.

- vamos ver se tem algo pra comer aqui - levantei e puxei ela para fora da cama.

- quero comer pão com geleia.

- tem?

- acho que sim! - Ellen pegou minha mão e me puxou para fora do quarto - o papai compra direto, por que é nosso favorito! - vi o sorriso dela sumir.

- não fica triste, tenho certeza que seu pai vai dar um jeito.

- espero que sim!

- vamos esperar ele chegar! Agora vamos alimentar meu leão.

- também está com fome?

- me referia a você - murmurei sorrindo faceiro.

- chato - ela me mostrou a língua.

Fiquei olhando Eli começar a montar dois sanduíches com geleia de morango, pegar uma latinha de refrigerante.

- quer? - ela ofereceu um.

- por favor - respondi.

- vou fazer - Ellen pegou mais um pão e passou geleia - pronto... Minha especialidade.

- obrigado.

- aqui - ela me entregou a latinha de refrigerante, coloquei o pão sobre o prato e peguei a lata, quando abri ela espirrou líquido por toda parte incluindo minha camisa - merda.

- oh, merda - Ellen caiu na risada.

- não ri - mandei.

- parei - ela apertou os lábios - tira a camisa, coloca na lavadora.

- deixa.

- Gio! Sua camisa tá ensopada.

- não tem problema! Vou ficar assim - murmurei, não queria que Eli visse as marcas.

- Gio! - Eli se aproximou, segurei as mãos dela.

- não Ellen! - pedi.

- o que? - Eli se afastou - por que? - quando voltou a me olhar vi que havia magoado ela.

- desculpa! - levantei e fui perto dela - eu não gosto de ficar sem camisa.

- por causa das cicatrizes! - ela entendeu.

- sim! As acho feias - murmurei.

- você nunca me deixou ver.

- foi totalmente proposital - ri sem graça.

- eu não me importo - Eli se aproximou outra vez, ela tirou o casaco moletom que usava e depois minha camisa, queria protestar outra vez, mas não consegui.

- Eli! - baixei meu olhar.

- cada uma das suas marcas são a prova de que  você é um sobrevivente... Não tem que sentir vergonha por isso - senti os dedos dela descendo por minha cicatriz no meio do tórax.

-  queria que fosse fácil assim.

- não se preocupa com isso... Todos nós temos marcas.

- onde estão as suas? - perguntei soltando o ar com força.

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