Pov'Giacomo.
- obrigado - Eli me beijou rapidamente - mas por hoje, e acho que por um tempo! Eu não penso nisso... Eu também esperei muito para te abraçar - eu não desejava que ela mudasse de idéia, a queria de um jeito especial.
- então não vamos pensar! Só viver o hoje - sugeri.
- eu gosto desse plano... Sabe não quero estragar o momento! Todavia! - Eli deu uma risadinha sem jeito - minha barriga está roncando.
- bem que achei ter escutado um leão rugindo.
- ei! - ela soltou sem jeito.
- vamos ver se tem algo pra comer aqui - levantei e puxei ela para fora da cama.
- quero comer pão com geleia.
- tem?
- acho que sim! - Ellen pegou minha mão e me puxou para fora do quarto - o papai compra direto, por que é nosso favorito! - vi o sorriso dela sumir.
- não fica triste, tenho certeza que seu pai vai dar um jeito.
- espero que sim!
- vamos esperar ele chegar! Agora vamos alimentar meu leão.
- também está com fome?
- me referia a você - murmurei sorrindo faceiro.
- chato - ela me mostrou a língua.
Fiquei olhando Eli começar a montar dois sanduíches com geleia de morango, pegar uma latinha de refrigerante.
- quer? - ela ofereceu um.
- por favor - respondi.
- vou fazer - Ellen pegou mais um pão e passou geleia - pronto... Minha especialidade.
- obrigado.
- aqui - ela me entregou a latinha de refrigerante, coloquei o pão sobre o prato e peguei a lata, quando abri ela espirrou líquido por toda parte incluindo minha camisa - merda.
- oh, merda - Ellen caiu na risada.
- não ri - mandei.
- parei - ela apertou os lábios - tira a camisa, coloca na lavadora.
- deixa.
- Gio! Sua camisa tá ensopada.
- não tem problema! Vou ficar assim - murmurei, não queria que Eli visse as marcas.
- Gio! - Eli se aproximou, segurei as mãos dela.
- não Ellen! - pedi.
- o que? - Eli se afastou - por que? - quando voltou a me olhar vi que havia magoado ela.
- desculpa! - levantei e fui perto dela - eu não gosto de ficar sem camisa.
- por causa das cicatrizes! - ela entendeu.
- sim! As acho feias - murmurei.
- você nunca me deixou ver.
- foi totalmente proposital - ri sem graça.
- eu não me importo - Eli se aproximou outra vez, ela tirou o casaco moletom que usava e depois minha camisa, queria protestar outra vez, mas não consegui.
- Eli! - baixei meu olhar.
- cada uma das suas marcas são a prova de que você é um sobrevivente... Não tem que sentir vergonha por isso - senti os dedos dela descendo por minha cicatriz no meio do tórax.
- queria que fosse fácil assim.
- não se preocupa com isso... Todos nós temos marcas.
- onde estão as suas? - perguntei soltando o ar com força.
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Entre livros e sonhos
FanfictionGiacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais. O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...