Giacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais.
O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...
As duas da manhã Lauren e Thomas decidiram que era hora de comer! Agora eles tomavam mamadeira, por que meu leite não era suficiente para deixar os dois felizes, apesar deles ainda mamarem, sentei na cadeira com Thomas e Gio no puff com Lauren, acho que minha filha gostava mais do padrinho do que da mãe.
- vamos ver quem dorme primeiro?
- não vale cantar música de pirata - respondi.
- ok!!! Sem música de pirata - Giacomo sorriu convencido que ganharia.
- para de me olhar assim - murmurei ficando sem jeito.
- de que jeito? - seus olhos estreitaram.
- como se tivéssemos acabado de transar.
- mas nós acabamos de transar - ele concordou.
- Gio!!!!
- tá!!!! Vamos deixar eles dormirem - Giacomo mostrou uma expressão seria enquanto franzia o cenho.
Fiquei quase calada, cantava muito baixo uma música, que não era de pirata, eu não sabia músicas de piratas, olhava para Thomas e para Gio junto com Lauren, a mãozinha dela segurava firma a manga da camisa do padrinho, era tão fofo o jeitinho que ela deitava no colo dele, sua cabecinha levemente pousada no ombro de Gio.
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Thomas estava quase do mesmo jeito no meu colo, mas o modo protetor que Giacomo segurava minha filha me deixava sem chão de uma forma boa.
Ele levantou devagar e deitou Lauren no bercinho, ajeitou ela e a cobriu, meu bebê também já dormia, o levei para o berço e o ajeitei, dei um beijo nele depois em Lauren.
Gio deu a volta e como se eu não tivesse ajeitado o cobertor deu uma leve alisada nele e depois no cabelo de Thomas.
- vem - peguei a mão dele e o levei para fora do quarto deixando a porta aberta, quando entramos no meu, fiz o mesmo, assim ouviria eles.
- dormir? Ou vou ser mandado pra casa?
- conversar! - lhe dei mais uma opção.
- as duas da manhã?
- precisamos - murmurei.
- então vamos conversar - Gio sentou na ponta da cama e me puxou para sentar perto dele - pode falar.
- antes de qualquer coisa! Eu quero que ouça isso como a Ellen que sou hoje, não a garota que conheceu a sete anos... Por que não sou mais ela, assim como você não é mais aquele garoto.
- não somos! - ele concordou.
- eu sei que faz uns meses que espera uma resposta minha! Sei que protelei muito esse momento! Mas eu precisava dele.
- você estava de luto - o tom gentil dele era reconfortante.
- não só por isso... Mas por que eu não queria repetir nossa história! Não queria estar com você só por que amo o menino que você era... Você consegue entender?
