2️⃣ presente!

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Pov'Giacomo.

As nove horas da manhã estava parado na entrada da biblioteca esperando o tal entregador, olhei em busca de alguém segurando um embrulho, ela falou que o veria facilmente já que o tal presente tinha um embrulho chamativo, entrei na biblioteca e procurei, meus olhos vagaram até ver uma garota segurando um embrulho verde limão, seu cabelo era loiro, mais tinha uma grande mecha rosa na parte da frente, ela usava óculos de grau.

Olhei suas roupas, a blusa verde musgo por baixo do macacão jeans e o cachecol na mesma cor da blusa, suas botas marrom, ela me parecia familiar, mas era impossível, olhei a garota entre os livros, e foi como em meu sonho, Ellen estava parada ali.

Olhei suas roupas, a blusa verde musgo por baixo do macacão jeans e o cachecol na mesma cor da blusa, suas botas marrom, ela me parecia familiar, mas era impossível, olhei a garota entre os livros, e foi como em meu sonho, Ellen estava parada ali

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Parecia surreal.

- feliz aniversário Gio - ela me entregou o embrulho.

- sério que você tá aqui? - perguntei, era idiotice perguntar isso, mas ver ela ali era muito louco, me sentia congelado.

- que testar? Estica o braço.

Fiz o que Ellen pediu e ganhei um beliscão no braço.

- aiiii, isso doeu.

- tá vendo, eu sou real.... E você nem tem tanta imaginação - a garota estava rindo baixinho.

- você não deveria estar em um internato?

- longa história, te conto depois... Você me deve um abraço.

Coloquei o meu presente e minha mochila no chão e abracei Ellen, ela era estranhamente quente, seu corpo pequeno era acolhedor, minha pessoa, a pessoa que sabia todos meus medos, traumas e sonhos, ela era real, por muitas noites longas, e dias fodas desejei esse abraço, como uma garota tão pequena podia ter um abraço tão acolhedor?

- teve vezes que achei que você fosse só fruto da minha imaginação, que deveria estar louco.

- você não é tão criativo Giacomo, ela falou em seu sotaque canadense - era uma das coisas que mais gostava em Ellen o jeitinho dela de falar, seu tom melodioso, com um toque doce.

- gosto do seu sotaque Eli - beijei a bochecha dela.

- vou ter que me adaptar a forma que vocês falam, é bem diferente.

- como chegou aqui? - perguntei.

Ellen sentou no chão e eu a imitei.

- o meu pai, ele voltou para a cidade, como terminei o colegial pedi pra vir também, minha mãe não tá nem aí pra mim, não queria morar sozinha - ela deu de ombros.

- então tá morando com seu pai! Já conheceu sua irmã?

- não... Marcamos de almoçar juntos, os três.... O papai não entende, mas somos irmãs... Eu acho que é o certo.

- claro que é vocês deveria ter se conhecido a vida toda.

- mas a mamãe não deixou, nem a mãe dela... Por que eu sou a filha da amante, o que só faz sentido se eles tiveram um caso desde sempre.

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