Pov'Giacomo.
Fiquei olhando o convite na tela do celular! Não sabia como reagir, imaginei Ellen decidindo se enviava ou não! Se não manda-se seria indelicada, mandado me faz parecer um idiota, sei que não foi isso que ela quis fazer, mas era isso que eu sentia.
A mulher da minha vida casaria com outro em um mês.
- parece que alguém morreu - Katrina murmurou entrando na sala.
- acabei de receber o convite de casamento da Ellen e o Tom.
- a Eli? - ela me fitou, depois de um mês ali a médica boa pinta já sabia bastante da minha vida, a maioria das pessoas parecia ter medo dela, talvez por seu olhar sério, mas eu não era um deles.
- sim! A Eli vai casar - suspirei.
- eu acho que não deve ir! Desculpa... Não pediu minha opinião - ela se aproximou - mas isso não vai ser bom pra você.
- por que se importa tanto?
- gosto de você menino - ela sorriu.
- e vive me chamando de menino - bufei.
- só um modo carinhoso.
Katrina parou na minha frente e abaixou me olhando nos olhos - você tem que entender que nem tudo é a ferro e fogo... - senti o toque suave das mãos dela em minha barba.
- eu sei que não... Já aprendi a lidar com isso - passei meus dedos pelo rosto dela - você me provoca - confessei, desde a chegada dela estávamos nessa troca de olhares e carinho, mas até aquele momento não havia acontecido nada além disso.
- você é só um menino - ela sorriu doce.
- não vem com essa!!! Você me provoca... Sei que quer o mesmo que eu.
- o que você quer menino? - Katrina perguntou em um tom malicioso.
- quer mesmo saber?
- quero - ela concordou.
- então vai ser do meu jeito - levantei e fui até a porta a trancando na chave, voltei a Katrina e a agarrei pela cintura, sentei ela sobre a mesa e me encaixei entre suas pernas.
- será que devo confiar? - ela me provocou.
- pode tentar doutora - segurei o rosto dela entre minha mãos e a beijei - tenho certeza que não vai se arrepender.
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- você já pensou em sair... Mudar pra um lugar sem guerra? - perguntei para Said.
- sim! Se pudesse tirar Kalil daqui... Dar a ele algo melhor que tanta dor... Acho que deveria voltar pra casa, você já fez muito por aqui... Não dá pra fugir a vida toda.
- não estou fugindo - sorri sem graça.
- Giacomo!!! Olha a sua volta... Aqui só tem dor... Sofrimento, você está fora de casa a três anos, acha que vai fazer isso por quanto tempo?
- até achar algo pelo qual devo lutar.
- não vai! Você está se escondendo - ele respondeu - não vai achar.
- se eu voltasse!!! E pedisse pra ir com a Alya e o Kalil, você iria?
- por que faria isso?
- por que aqui não tem nada além de dor.
- sim! Iria - ele concordou - por Kalil.
- vou pedir ajuda do meu pai, vamos preparar tudo! Vou levar vocês quando voltar pra casa.
- deveria levar só Kalil.
- ele precisa dos pais... - abracei Said.
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- que carinha triste! - Katrina murmurou.
- Ellen casa amanhã... Tô decidindo se ligo ou não.
- quer minha opinião? - ela veio e sentou em cima de mim de pernas abertas sem exitar.
- sim! Acho que bem aceitável - tentei brincar.
- manda só uma mensagem! Deseja felicidades... Não deveria se torturar, e sinceramente você faz isso com você... Ela seguiu em frente.
- eu também! - bufei.
- que mentira! Sexo não e seguir em frente, você tá aí sofrendo e ela sendo feliz.
- ok Dra. Katrina! - revirei os olhos - você está certa.
- eu sei - ela sorriu faceira.
- gosto do jeito que pensa... - toquei seu rosto com a ponta dos dedos.
- quando vai voltar? - ela perguntou.
- não sei! Não queria ir, mas se realmente Said decidir ir, vou preparar tudo e levar eles.
- você vai achar sua alma perdida, e essa escuridão vai sumir - katrina murmurou fazendo carinho nos meus cabelos.
- poderia ser você - sugeri.
- eu não! Tenho idade para ser sua mãe menino - os olhos verdes reviraram junto com um bufar que soltou.
- uma mãe gostosa - arquiei uma sobrancelha.
- ainda sim! Mas tem uma menina que vai te amar... Mas até lá você tem que se amar também.
- eu me amo.
- mentira... Você não faz isso mesmo, ou não estaria aqui! - seu tom baixo era cheio de verdade.
- então não se ama também? - a provoquei.
- meu caso é que ninguém me ama o suficiente... Mas você tem muitas pessoas que te amam... Incluindo a sua amiga.
- você sempre vai defender ela? - estava reclamando.
- não é defender menino! Você errou... E agora vive sobre as consequências das escolhas que fez... Mas todos tem segundas chances, errando ou não... Porém você acha que não merece uma.
- você já perdeu alguém! - não precisava que ela falasse, katrina me entendia de um modo que nem eu fui capaz.
- isso é outra história - ela mostrou um sorriso desanimada - você é um menino maravilhoso! Seus erros não te definem.... Se jogar na balança você tem muito mais acertos... Você está aqui se escondendo por que sabe que se voltasse ela teria dúvidas.
Eu não podia afirmar isso, mas o fato de Tom ter me pedido pra ficar longe me fazia pensar que sim.
- você não sabe disso! Não conhece a Eli - murmurei.
- ahhhh! Menino - ela me beijou - eu não conheço ela! Mas eu sou mulher... E depois de tudo o que falou sou capaz de ter quase 100% de certeza que se estivesse em Gale! Ela não estaria com o outro.
- mas ela vai casar... Ellen ama ele.
- eu sei! Sua amiga parece ser muito inteligente... E podemos sim amar alguém... E amar mais de uma pessoa. Sabe que se estivesse lá a escolha de casar seria muito mais difícil - ela tocou o meu nariz com o dedo indicador.
- mas eu não estou!
- quer ela de volta? Vai pra casa quando o padre perguntar "se existe alguém contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre".... Você levanta e fala "EU"
- que ideia boa - estava rindo alto - mas eu não magoaria Ellen desse modo.... Apesar de que provocar escândalos em casamentos não seria assim tão surpreendente.
- então seja você feliz também.
- eu estou sendo.... Quando você fica assim toda gostosa em cima de mim sou muito feliz - sussurrei no ouvido dela.
- acho que vou ter que te adotar e criar com mingau do ursinho.
- ah, não katrina - caí na gargalhada jogando minha cabeça para trás no sofá.
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Eu também criava o Gio!!!! #faleitoleve
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Entre livros e sonhos
FanfictionGiacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais. O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...