Pov'Tom
- você vai mesmo me levar pra casa? - Ellen perguntou nervosa.
- sim! - concordei rindo.
- vou confiar - ela pegou o primeiro shot de tequila e bebeu - isso arde - ela reclamou.
- só o primeiro - comecei a rir da cara dela.
A menina não tinha nem tamanho de gente, chutando pra mais, Ellen deveria ter 1,75cm no máximo, comparado aos meus 1,91cm, era baixinha, atrevida e animada, não parava de falar sobre coisas aleatórias, e 8 anos mais nova, mas a primeira garota que me causou algo bom desde Lauren, ela ainda não precisava saber que eu não "terminei" um relacionamento, o caso foi mais dramático, afinal a morte é um tipo de término forçado ou não?
Tô com um tanto de raiva do tal namorado de Ellen, como alguém que tem o amor abre mão dele? Não que eu esteja reclamando, até por que agora eu tenho a chance de conquistar a garota sonhadora.
- vai com calma - segurei o sétimo shot.
- ainda tô sóbria - ela falou alto.
- claro que tá - mas não nessa vida - hora de provar outra coisa - peguei o short e bebi.
- o que?
- gin - respondi, era errado deixar ela muito bêbada? Provavelmente sim! Mas ia garantir que ela chegasse inteira em casa, e mesmo querendo beijar ela manteria minhas garras longe dela, POR HORA!
- EBAAAA - ela comemorou - mas antes - Ellen enfiou a mão no bolso da jaqueta - celular, chaves e minha carteira com documentos... Você é meu pai hoje.
- nunca - falei sério.
- tá isso foi errado! Até por que você é mó gostoso - Ellen caiu na gargalhada - meu amigo gato que vai cuidar de mim...
- pelo menos não vou precisar de muito pra te deixar muito bêbada - comentei.
Guardei o celular dela e a carteira no bolso da minha calça, depois pedi as doses de gin, pedi vodka também.
Estava me sentindo muito canalha, deixando a garota que mal tinha 18 anos bêbada, mas eu não pretendia me aproveitar desse momento, só deixar ela aproveitar.
Ellen provou um pouco de cada e o que veio depois foi hilário, ela começou a dançar, aquilo não deveria ser chamado de dança, mas ela achava que sim, nunca vi alguém com tanta energia, dei uma segurada no álcool e a deixei suar um pouco, ou ia cair... Mas ela não parava de pular, se remexer, peguei sua jaqueta quando ela tirou e jogou para cima.
- eu acho que tô muito bêbada - a voz dela já estava enrolada.
- pronta pra ir?
- ainda não! - a menina parou de dançar e virou uma dose de vodka de uma única vez.
- hora de pegar leve - falei.
- você prometeu - Ellen fez cara de sofrimento, parecia que ia realmente chorar.
- não quero que tenha um coma alcoólico - expliquei - é sua primeira vez.
- e essa nem foi com o garoto dos livros.
- não! - acho que que tá não hora de levar Ellen pra casa, antes que aquela noite virasse um drama - vamos pra casa - sugeri.
- mandão - Ellen mostrou a língua, mas pegou a mão que oferecia - eu perdi meu celular.
- tá comigo, lembra que me entregou? - murmurei rindo.
- não.
- mas fez! Vamos pra casa - abracei a cintura dela e a guiei até o carro.
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Entre livros e sonhos
FanfictionGiacomo perdeu os pais muito cedo, sua única família foi seu padrinho Eric que o criou desde seus dez anos, lhe ensinou muito da vida, a ser um bom homem e amar os livros como seus pais. O que ele não imaginava era se apaixonar por sua melhor amiga...