𝐶𝑎𝑝.22

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𝐹𝑒𝑦𝑟𝑒 𝐴𝑟𝑐ℎ𝑒𝑟𝑜𝑛

Rhysand ficou imóvel como a morte. Cassian grunhiu. Entre eles, Az tentou mais fracassou, erguer a cabeça.

Mas eu encarava Tamlin, aquele macho que eu amara e odiara tão profundamente, quando ele parou a bons 20 metros de nós.

Tamlin usava seu típico boldrié com facas em todo ele, percebi.

Ele estava com seus cabelos dourados mais curtos, e seu rosto, mais magro desda da última vez que o vi. E os olhos verdes arregalados ao me olhar de cima a baixo. Quando viu me uniforme illyriano, a espada e as facas que eu carregava, o modo como eu estava de pé entre meu grupo de amigos, minha família.

- Não -sussurei.

Mais Tamlin ousou dar mais um passo para perto, me encarando como se eu fosse um fantasma. Lucien, com o olho de metal agitado, o impediu com a mão no ombro.

- Não -Repeti, dessa vez mais alto.

-Qual foi o custo-Disse Rhysand baixinho ao meu lado.

Tamlin ignorou Rhys, olhando, por fim para o rei.

-Tem minha palavra.

O rei sorriu.

Dei um passo na direção de Tamlin.

-O que você fez?

O rei de Hybern disse, do trono:

-Fizemos um acordo. Eu entrego você, e ele concorda em deixar minhas forças entrarem em Prythian pelo próprio território. Então, eu o uso como base enquanto removemos aquela muralha ridícula.

Sacudi a cabeça incrédula. Lucien se recusou a encarar o olhar de súplica que mandei.

-Você é louco-Sibilou Cassian.

Tamlin estendeu a mão

-Feyre.-Uma ordem, como se eu não passasse de um cão.

Não fiz qualquer movimento. Precisava me liberar; precisava libertar aquela porcaria de poder...

-Você-Disse o rei apontando um dedo grosso para mim-É uma fêmea muito difícil de capturar. É claro que também concordamos que vai trabalhar para mim depois que for devolvida para casa, para seu marido,mas...é futuro marido ou marido? Não me lembro.

Lucien olhava para todos nós, empalidecendo.

-Tamlim-Murmurrou ele.

Mas Tamlin não abaixou a mão esticada em minha direção.

-Vou levá-la para casa.

Recuei um passo em direção onde Rhys ainda segurava azriel com Cassian.

-E tem aquela outra parte também.A outra coisa que eu queria-Continuou o Rei.-Bem Jurian queria. Dois coelhos com uma cajadada só na verdade. O Grão-senhor da Corte noturna morto, e descobrir quem eram seus amigos. Levou Jurian a loucura, sinceramente, você não ter revelado isso durante aqueles cinquenta anos. Então, agora você sabe, Jurian. E agora pode fazer o que quiser com eles.

Ao meu redor meus amigos estavam tensos, rígidos. Até mesmo Azriel sutilmente levava a mão ensaguentada e coberta de cicatrizes as armas. Seu sangue se empoçava na beirada de minhas botas.

Eu disse, com firmeza, nitidamente a Tamlin:

-Não vou a lugar nenhum com você!

-Vai dizer outra coisa,minha querida-Replicou o rei-quando eu completar a parte final do meu acordo.

O rei apontou meu braço esquerdo com o queixo

-Quebrar o laço entre vocês dois.

-Por favor-sussurei.

-De que outra forma Tamlin poderá ter sua noiva? Não pode ter uma esposa que foge para outro macho uma vez ao mês.

Rhys permaneceu em silêncio, embora tenha agarrado Azriel com mais força. Observando, considerando, entendendo aquela trava sobre seu poder. A idéia de aquele silêncio entre nossas almas permaneceu.

-Não. não deixe que ele faça isso. Eu disse a você...eu disse a você que estava bem. Que eu parti...-Minha voz falhou quando eu disse a Tamlin, ainda ao lado oposto do semicírculo irregular que formamos diante do altar.

-Você não esta bem-Gruniu Tamlin-Ele usou aquele laço para manipula-la. Por que acha que eu passava tanto tempo fora? Estava procurando uma forma de libertar você. E você partiu.

-Eu parti por que estava morrendo naquela casa!

-Não é o que esperava, é?-O rei emitiu um estalo na língua.

Tamlin gruniu para eles mas , de novo, estendeu a mão em minha direção.

-Venha para casa comigo. Agora

-Não.

-Feyre-Um comando irredutível.

Rhys mal respirava, mal se movia.

E percebi... percebi que era para evitar que o cheiro se tornasse aparente. Nosso cheiro. Nosso laço de parceria.

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-

Não vou com você-Disparei para Tamlin- E mesmo que fosse...seu tolo burro e covarde por nós vender a ele! Sabe o que ele quer fazer com esse caldeirão?

-Ah, voh fazer muitas coisas com ele-Disse o rei.

E o caldeirão surgiu entre nós de novo

-Começando agora.

Garras e asas e sombras estavam imediatamente ao meu redor, certamente por água e fogo...

Então,sumiram, contidas quando aquela mão invisível agarrou meu poder de novo, com tanta força que arquejei.

-Ah-Disse o rei para mim, emitindo um estralo com a língua-isso. Olhe para você. Uma criança de todas as sete cortes, igual e diferente de todas. Como o caldeirão ronrona em sua presença. Planejava usá-lo? Destruí-lo? Com aquele livro, podia fazer o que quisesse.

Eu não disse nada. O rei deu de ombros.

-Vai me contar em breve.

-Não fiz acordo algum com você.

-Não, mas seu mestre fez, então, vai obedecer.

Ódio liquefeito escorreu de mim, Sibilei para Tamlin:

-Se me levar daqui, se me afastar do meu parceiro, vou destruir você. Vou destruir sua corte e tudo que estima.

Os lábios de Tamlin se contraíram. Mas ele disse, simplesmente:

-Não sabe o que está falando.

Lucien encolheu o corpo

O rei gesticulou com o queixo para os guardas na porta ao lado, pela qual Tamlin e Lucien tinham entrado.

-Não, ela não sabe-As portas se abriram de novo.-Não haverá destruição-continuou o rei, conforme pessoas, conforme mulheres passaram pela porta.

Quatro mulheres. Quatro humanas. As quatro rainhas restantes.

-Por que-Disse o rei, quando os guardas das rainhas a enfileiraram atrás delas, arrastando algo no centro da formação-Vai me descobrir,Feyre Archeron, que é de seu interesse se comportar.

As quatro rainhas nós olharam com desprezo e ódio nos olhos, ódio.

E se afastaram para deixar seus guardas pessoais passarem.

Medo como eu jamais havia sentido entrou no meu coração quando os Homens arrastaram minhas irmãs, amordaçadas e amarradas, diante do rei de Hybern.


*Capitulo 64 de corce de névoa e fúria*

𝐴 𝐵𝑒𝑙𝑎 𝐿𝑢𝑎- 𝐴𝑧𝑟𝑖𝑒𝑙 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora