𝐴𝑡𝑒𝑛𝑎 𝐴𝑟𝑐ℎ𝑒𝑟𝑜𝑛
Estavamos caminhando pelos enormes corredores do palácio da Diurna, totalmente decorados com uma estrutura belíssima e fina, repleta de riquezas e esculturas.
Estava totalmente ansiosa para saber o que estava por vim, de certo modo, bem lá no fundo eu não tinha certeza se queria mesmo saber quem havia enviado a carta. Por que eu estava com um precentimento ruim, uma sensação estranha e desconfiava que era por causa disso.
Estavam todos em completo silêncio apenas seguindo Hélion até o lugar marcado, mas eu podia ver as expressões que Rhys as vezes se lançava para mim, acho que até sem perceber, todos ali pareciam chocados.
Em parte eu também estava, com o tal comportamento do Grão-Senhor da Diurna ter se curvado a mim, se todos estavam confusos eu estava do mesmo modo. Por que tal formalidade comigo, ele nem se deu o trabalho de fazer igual com Rhysand que realmente é alguém importante na hierarquia de Prythian.
Isabel ainda estava segurando minha mão e pude notar seu nervosismo também, se misturando com o meu.
Céus só faltava sair fumaça da minha cabeça de tanto que estou pensando...
E do nada minha outra mão, a que não estava ocupada, foram entrelaçadas e olhei para Azriel que estava sério, olhando para frente apenas analisando o lugar, fazendo seu trabalho. Senti seu polegar me fazer carinho e vi o que ele estava tentando passar, carinho, e sorri internamente.
Retribui seu carinho e aquela sensação estranha voltou em meu corpo, como se não fosse minhas emoções a tomarem conta de mim mas ignorei como todas as vezes.
Chegamos finalmente em uma sala enorme que havia mais enfeites e decorações que os corredores, só pela minha observação pude perceber que Helion era ambicioso e detalhista.
E ali em um dos enormes sofás que havia naquele enorme salão vi um homem sentado de contas para nós e senti meus pelos arrepiarem.
Hélion tomou a frente e chegou perto do homem que levantou sua cabeca para olha-lo, não dava para ver sua face, e o Grão-Senhor fez a mesma formalidade, se curvou, quase agachando e recebeu uma dispensa com as mãos do homem.
Até Helion olhar para nós e fazer um gesto para nos aproximarmos e assim todos eles fizeram e eu só fui no automático.
O homem se levantou e prendi minha respiração ao colocar meus olhos nele, ele era belíssimo.
Tinhas os cabelos grandes e loiros, pareciam o mais puro ouro reluzindo do sol, tinha as expressões fortes e um belo sorriso em seu rosto, seu porte era forte e exuberante como uma figura divina mas a coisa que mais me chamou a atenção, que fez meu coração parar por longos segundos foi a cor dos seus olhos... totalmente dourados.
Iguais os meus.
Eu estava estática e ele estava com sua atenção em mim, ele ao menos piscava mas tinha um lindo sorriso no rosto. Ousei olhar para os outros que olhavam para ele totalmente chocados, como se estivessem olhando para um fantasma.
Menos Isabel que parecia perdida.
—Olá Atena, Querida— Aquele homem desconhecido ousou dizer palavras que me fizeram o olhar novamente.
Ele me olhava como se esperasse alguma reação ruim mais apenas perguntei com a voz baixa e calma:
—Quem é você?
Ele estampou surpresa e ouvi um suspirar de Rhysand.
—Meu nome é Apolo, Querida.— Ele disse com aquela voz exuberante e refinada, percebi carisma em seu tom.
Olhei para Helion que olhava para nos de segundo a segundo como se esperasse algo.
Por que estava com essa sensação que todos sabiam o que estava acontecendo menos eu?
—Apolo é meu convidado aqui na Corte Diurna até resolver seus devidos compromissos.— Disse Helion e vi Amren sorrir para o nada.
Até ela pousar seus olhos em mim e dizer sem algum som, como se fosse um segredo:
—Tesouro raríssimo
A olhei sem entender mais a voz do homem me chamou atenção novamente
—Você está bem? Soube o que aconteceu com você— Ele disse com preocupação na voz e ergui uma sombrancelha.
—Quem me enviou a carta?— Não o respondi, mais sim olhei para Helion.
Sei que foi sem educação ou desrespeitoso mais eu ao menos conhecia.
E eu estava curiosa, muito curiosa.
Helion olhou para mim com certo receio mais outra pessoa o respondeu
—Foi ele — Amren por mais surpreendente disse, olhando firme para aquele homem, Apolo.
O olhei e vi um pequeno sorriso em seus lábios como se ele estivesse envergonhado.
—Você? — Perguntei um tanto alto, por que ele me mandaria uma carta assinando como meu pai
Por que.
Por que.
Por que.
Por que.
Por que.Palavras rodavam em minha mente sem parar.
Por que.
Por que.
Por que.
Por que.
Por que.Minha respiração começou a acelerar de eu começar a ofegar me agarrei mais na mão de Azriel e encarei Apolo com mais afinco.
Ele se parecia tanto comigo...até que a voz do entalhador de ossos veio em minha mente
"Sei quem você é filha do sol"
"Seu pai...bom isso não posso revelar ainda, não posso mudar o curso do futuro mas te digo que em breve terá respostas."
Meus olhos se arregalaram e senti minhas pernas bambas, e aquela merda de sensação se instalou em meu peito de novo.
Sentia nervosismo e medo e aquele sentimento não era meu...
Estou farta de não saber porra nenhuma sobre meu respeito
—Fique calma, ninguém vai te machucar— Disse Apolo com a voz um tanto desesperada e o olhei indignada.
—Ninguém ousaria tocar em mim e desejar sair vivo.— Minha voz saiu sombria de um jeito que eu jamais a ouvi, todos estremeceram.
—Eu gostaria de conversar com você Atena, com calma e civilizadamente— Ele disse e magicamente um copo de água lhe surgiu em sua mão.
Ele me ofereceu mais recusei.
—Por favor nos dê licença.— Sua voz se tornou autoritária, firme.
Senti sombras e escuridão tomarem o lugar
—Não ficará sozinho com ela.— Disse Azriel me fazendo estremecer com seu tom de voz frio e duro.
Aquele poder que se alastrou era dele e de Rhysand, pude perceber pelo cheiro.
Olhei para Rhys e vi a expressão dura em sua face do mesmo modo de Az, eles estavam me protegendo.
Mas eu queria saber...queria saber o que aquele homem tem pra me dizer.
E eu saberia.
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𝐴 𝐵𝑒𝑙𝑎 𝐿𝑢𝑎- 𝐴𝑧𝑟𝑖𝑒𝑙 (EM REVISÃO)
FanfictionOnde um bebê foi deixado na porta do chalé dos Archeron e que foi recebida pelo homem e sua mulher com muito carinho. A quarta irmã, Atena Archeron sempre muito livre e curiosa que descobre os problemas que estão por vim além da muralha, Ela consegu...