Onde um bebê foi deixado na porta do chalé dos Archeron e que foi recebida pelo homem e sua mulher com muito carinho.
A quarta irmã, Atena Archeron sempre muito livre e curiosa que descobre os problemas que estão por vim além da muralha, Ela consegu...
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Ela ainda dormia, tranquilamente naquela cama espaçosa e aconchegante.
A salvadora da minha irmãzinha, estava aparentemente em um coma, e isso me deixava tão deprimida. Não a conhecia direito ou ao menos tive uma conversa civilizada com ela mais tenho essa sensação que ela precisa de mim, uma coisa totalmente estranha e diferente de se sentir por alguém que você nem ao menos conhece, mais de alguma maneira fazia sentido para mim.
Depois da invasão tive que trabalhar o dobro, tive que arrumar mais dois empregos para sustentar eu e minha irmã.Eu trabalhava de garçonete antes mais agora, sou garçonete, atendente em uma loja de roupas e em outra de bijuterias...
Não estou reclamando, pelo contrário estou e muito feliz que eu e minha irmã não temos nada faltando, mesmo que para isso eu precisa trabalhar o dia inteiro, mais sempre venho cuidar de Atena, na maioria das vezes meus chefes permitem que eu fique aqui pelo dia, pela falta de clientes e abastecimentos. Essa invasão deixou o povo com medo, as pessoas mal saiam nas ruas agora por medo...
Minha irmã agora está em casa com a minha outra amiga de confiança, ela também perdeu alguém importante e eu acabei oferecendo um quarto para ela em minha casa, ela mesma não tinha mais condições de morar em uma casa sozinha e não vi o por que não á ajudar. Ela cuida de Alya de dia para eu trabalhar e de noite e a vez dela, ela trabalha em uma boate aqui em Velaris, Rita's, uma bem conhecida aqui na cidade.
O Grão-Senhor até tentou me oferecer uma quantia muito generosa pela minha ajuda, mais recusei, jamais aceitaria dinheiro por uma coisa que eu realmente quero fazer, que quero realmente ajudar. Também me sentiria mal, eu me sentiria como se estivesse me aproveitando da situação sendo que tudo que eu quero e ao contrário.
O mestre espião também não está muito bem, percebi isso toda vez que ele sai do quarto logo assim que eu entro, vejo seu olhar distante em Atena e me aperta o coração ver isso tudo acontecendo. Alya também sempre pergunta da mesma assim que chego em casa, assim tenho que contornar a verdade, dizendo que ela está melhorando...mesmo sem ninguém ter certeza.
Estava aqui, agora, penteando os cabelos loiros-alaranjados que Atena tem, tinha acabado de dar um pequeno banho nela, com a ajuda das gêmeas é claro.
Eu sempre rezava aos deuses do céu que ajudasse a família do Grão-Senhor, fazendo a salvadora da minha irmã acordar logo....
Percebo uma certa movimentação no corredor e não demora muito da porta ser arreganhada pelo General, eu estremeci de leve com a imagem dele ofegante e com os olhos arregalados, parecia que tinha visto um fantasma
—Ela...ela...- Ele murmurava mais deu um suspiro decepcionado assim que colocou os olhos na cama.
—Esta tudo bem?- Ousei perguntar.
O General parecia tentar controlar sua respiração mais logo se apoia no batente da porta, com as mãos no peito.
—Sim, eu apenas senti algo diferente.- Ele disse e logo passou suas grandes mãos nos cabelos sedosos.
Apenas balancei a cabeça concordando, levando o pente aos cabelos de Atena novamente.
—Será que ela vai acordar?- murmura ele, caminhando até nos e parando do outro lado da cama. O General coloca suas mãos no ombro de Atena e alisa com os polegares, eu fiquei levemente chocada e arregalei meus olhos...
Não era muito normal um macho mostrar sentimentos...ainda mais o tão famoso e perigoso general do Grão-Senhor.
Me recupero rapidamente, sacudindo minha cabeça e respondendo sua pergunta:
—Claro que vai, ela é forte...
O General pareceu refletir e logo olho para mim, com os olhos um pouco marejados, me assustando novamente.
Ele se levanta e vai embora logo em seguida me deixando estatica na cama , com o pente nas mãos e a boca entre aberta.
O General dos exercícios Illyrianos estava chorando?...
