Vanessa Jones estava foragida desde 2009, condenada pelos crimes de estupro e cárcere privado de crianças e adolescentes. Segundo as autoridades, a mulher de vinte e seis anos é suspeita de ter ligação direta com o assassino que se declara Quinn Solo — Andy Barton, repórter da ABN.
Havia uma porta de segurança no quarto do sr. Kravimberg que separava o segundo cômodo de todos os outros. A casa era um triplex cinza fixo em uma área central de Portsmouth, a cinco quilômetros longe do porto. Já a casa de Kimberly ficava do outro lado da rua, de frente para o parque mais distante do museu.
Naquele fatídico dia, após a aula de balé, Kimberly ficou sentada nos bancos do parque, esperando por alguém. A esposa do sr. Kravimberg, Verônica Kravimberg, disse que viu Kimberly conversar com uma pessoa que estava dentro de um Citroen C3 preto. Após a conversa terminar, o carro deu meia-volta e ela desceu de patins pelas alamedas.
— Sra. Verônica, a senhora tem certeza que era um Citroen C3? — Perguntei.
— Tenho — disse ela.
— Viu a placa?
— Não. Estava muito longe, e eu estava sem os meus óculos.
— Se estava sem os óculos, como pôde reconhecer Kimberly?
— Ora, ninguém tem aqueles cabelos ruivos por aqui — ela olhou para o meu visual — não nessa rua.
— A senhora se lembra como era fisicamente a pessoa que estava dentro do carro? Se puder, conte-me com todos os detalhes.
— Era um homem um pouco velho. Tinha uma barba bem grossa. Seus cabelos eram brancos e o corte não combinava com o formato redondo do rosto dele. É o que o meu filho acha, que rostos redondos não combinam com cabelos escorridos daquele jeito. Entretanto, eu nunca saberia dizer qual a cor dos olhos, porque sou míope e ele estava de óculos escuros.
— E Kimberly?
— Kimberly usava um collant vermelho com uma saia branca. Sapatilhas que subiam até o torso do pés e patins coloridos. Não lembro se tinha proteção nos joelhos, mas tinha brincos de argolas e algo no braço.
— Uma pulseira? — Perguntei.
— Sei lá... pode ser. Não tenho certeza se era uma pulseira. Podia ser um relógio. Eu tenho dois graus de miopia, esqueceu? E sem os meus óculos eu não sou de nada. — disse Verônica.
A polícia não conseguiu encontrar somente duas coisas de Kimberly; os órgãos que foram arrancados dela e o celular da garota. Até os patins que a menina deixou no beco de uma rua sem saída foi recuperado. Mas nenhuma das testemunhas mencionou anteriormente um relógio.
— Os seus depoimentos vão ser muito úteis para as investigações, Sra. Verônica, tenha certeza disso.
— Estou liberada?
— Sim.
— Espero que a polícia consiga prender quem fez isso com Kimberly. Ela era uma menina muito boa. Boa sorte, srta. Norman.
Outra testemunha disse ter visto Kimberly momentos antes de seu desaparecimento. Ronald, o ex-zelador da biblioteca do museu contactou a polícia diretamente. E eu decidi intimá-lo na delegacia por considerá-lo suspeito.
— Sr. Ronald, onde o senhor viu Kimberly? — Perguntei.
— No banheiro da biblioteca. Eu tinha acabado de limpá-lo e ela estava entrando lá. Isso era por volta de umas 14:30 da tarde — disse ele.
— Alguém estava com a garota?
— Entendo que vocês mulheres costumam fazer essas coisas juntas, mas não, não tinha ninguém. Kimberly entrou sozinha.
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Confissões de uma assassina
Mystery / ThrillerEllis Norman é uma agente do FBI que colecionou muitos desafetos no mundo do crime. Quando surge uma série de assassinatos nas redondezas de Portsmouth, ela descobre que há um padrão de vítimas escolhidas para morrer na mesma hora e no mesmo lugar...