All Again [CHONI] (Concluída)

Capítulo 55

Choni não tem um minuto de paz, coitadas KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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Point Of Views – Narrador.

Betty respira fundo e molha os lábios secos com a ponta da língua enquanto encara a ruiva do lado de dentro da sala. Suas mãos estavam presas na mesa e ela olhava ao redor com lágrimas nos olhos e uma feição assustada. Toni parou ao lado da loira e a olhou de canto, cruzando os braços e desviando o olhar para Holland através do vidro assim como ela.

– Quer que eu entre com você? – Toni perguntou baixinho e de maneira calma para Betty que suspirou e deu de ombros.

– Ela vai falar. – A loira respondeu e se aproximou mais do vidro. – Já arrancamos uma confissão dela e ela não é tão burra assim para se afundar sozinha. – Toni assente e fica em silêncio, apenas aguardando o tempo de Betty que respira fundo mais uma vez e tira a sua arma detrás da calça fazendo a negra arregalar os olhos e Betty dar uma risadinha. – Só para assustar.

A loira sorri sem os dentes e fecha a cara antes de entrar na sala onde a ruiva estava sozinha. Toni cruzou os braços e se aproximou mais do vidro, queria estar presente a todo o momento e entender os motivos da própria mãe querer matar a filha.

Betty deixa a arma em cima da mesa e se senta na mesma, do lado da ruiva e ficando de frente a ela. Holland engole em seco e desvia o olhar do objeto para a loira que molha os lábios.

– Muito bem, vamos começar do começo. – A loira fala seriamente e tira uma mecha do cabelo da ruiva do seu rosto, fazendo-a se encolher e abaixar a cabeça. – De onde você conhece a Penélope?

– Eu não a conhecia. Ela conseguiu me encontrar e de alguma forma sabia que eu me relacionei com Toni. – Holland começou em voz baixa. – Quando Toni terminou tudo entre a gente, eu procurei outros empregos em outras escolas, queria me afastar dela pois estava muito mal e eu sabia que ela tinha terminado comigo para ficar com a Cheryl. Eu não queria ter que presenciar as duas juntas na escola, então enviei currículos pelas escolas de outras cidades e de alguma forma ela me encontrou. – Betty assentiu e se levantou, caminhando até a cadeira e se sentando de frente para a ruiva do outro lado da mesa. – Recebi seu telefonema de Greendale, ela me contou que era diretora de uma escola por lá e pediu para que nos encontrássemos para conversar e eu fui. Chegando lá, ela enrolou sobre essa história de ser diretora até que revelou o seu verdadeiro sobrenome e eu juntei os pontos de que ela era a mãe da Cheryl. – Holland fungou e passou as mãos por seus olhos molhados, Betty revirou os olhos e pegou alguns lencinhos em cima da mesa e estendendo para ela. – Ela sabia de tudo. Sobre mim e Toni, sobre o término da Cheryl e da Minerva... tudo. E conseguiu fazer a minha cabeça para eu me virar contra as duas e ajudá-la a acabar de vez com a Cheryl.

– Deixa eu ver se eu entendi. – Betty a interrompeu e soltou uma risada irônica. – Esta mesmo querendo que eu acredite nessa história? Por que a Penélope iria querer matar a Cheryl?

– A herança. – Holland respondeu e Betty franziu o cenho. – Quando a Nana Rose morreu, ela deixou toda a herança para a Cheryl, absolutamente tudo. Os negócios da família, os bosques de Xarope de Boldo, tudo passou a pertencer a Cheryl e ela ficou sabendo disso ainda quando estava na cadeia. – Betty passou as mãos pelo rosto e respirou fundo, sentindo seu coração bater mais rápido e o sangue correr mais rápido pelas suas veias. – Ela conseguiu sair da cadeia com fiança e passou a perseguir todos os passos da Cheryl, a ideia dela ter ficado com toda a herança, que eu sei que não é pouca, deixou Penélope possessa e para ela a única solução é... acabar com a Cheryl.