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⠀⠀⠀OS PRIMEIROS RAIOS de sol rebrilharam na escada de incêndio. Uma brisa suave adentrou o quarto. As cortinas flutuaram, cobrindo a figura sentada nos degraus da escada, ao lado do vaso de peônias. Ele tinha o corpo curvado para frente, os cotovelos sobre os joelhos e o olhar atento a algo que acontecia no prédio do outro lado da rua.

Um sorriso adornou os cantos da boca de Joyce. Ela virou o corpo para poder observar melhor seu colega de quarto fantasma. Sunwoo era tão lindo que, imóvel, da maneira que estava, poderia ser considerado uma obra de arte. Ele girou o rosto, na direção dela, bem naquele momento, e seus olhos a encontraram o contemplando.

O contemplando com um sorriso encantado no rosto.

Joyce cobriu a cabeça com o cobertor e se xingou mentalmente. Ugh. Estava sendo ridícula, ela sabia disso. Era impossível negar a agitação agradável que percorria todo o corpo dela, partindo do coração, desde que Sunwoo retornara. Assim como não podia negar o vazio que sentiu, quando ele sumiu. Era reconfortante tê-lo de volta ao seu lado. No entanto, uma parte dela se sentia envergonhada pela confissão do dia anterior, antes do ceifeiro aparecer.

Foi a primeira vez que admitira gostar de alguém, mesmo sem usar aquelas palavras exatas. Na verdade, era a primeira vez que gostava de alguém daquela maneira, como gostava de Sunwoo. Se dar conta do que sentia era assustador. E admitir também.

A chegada de Sunwoo trouxera muitas primeiras vezes a ela. Joyce queria, queria muito, ignorar o medo que sentia, e focar apenas nas emoções boas que a ajudavam a esquecer sua mais recente decepção.

Mas era difícil. Aquele medo a assombrava, a espreitava, com as piores possibilidades de como seu relacionamento com Sunwoo poderia acabar.

— Bom dia, Sra. Batata dorminhoca.

Ela arregalou os olhos quando Sunwoo puxou o cobertor, pondo o rosto sorridente acima do dela. Seu coração acelerou e ela ergueu os braços por impulso, acertando o rosto dele com um tapa.

— Aí. — Os olhos do fantasma se esbugalharam, ele tocou a bochecha com a mão esquerda. — Isso doeu.

— É por isso que não se deve enfiar a cara na de alguém que acabou de acordar!

— Mas você já estava acordada! Sei que estava me admirando!

Joyce ruborizou e Sunwoo espremeu os olhos, um sorriso arteiro pairando nos lábios ao se sentar na beirada da cama ao lado dela. As mãos dele roçaram nos dedos da médium e os entrelaçou aos dele.

— Só estava curiosa, queria saber o que você olhava com tanta concentração. — Ela sussurrou, olhando para os lábios dele, que estavam mais perto do que deveriam estar àquela hora da manhã.

Até Que A Morte Vos ReúnaOnde histórias criam vida. Descubra agora