Pov. JAKE
Eu me sinto péssimo pela idéia que tivemos, mas afinal foi a melhor idéia até aqui.
Eu fiz meio que as pazes com Anne, e eu ela e minha mãe temos um plano, acabar de uma vez por todas com Hilary e aquela maldita casa amaldiçoada.
Meu pai desapareceu, e eu não consigo pensar em outra coisa além de matar Hilary para acabar com Amélia por vingança, ja que eu tenho quase certeza que meu pai esta morto.
- Eu acho melhor eu falar com Matt antes - insistiu minha mãe.
- Nem pensar mãe! - Respondi incrédulo. - Ele só atrapalharia ou tentaria impedir.
- Sua mãe tem razão Jake - Disse Anne
- Olha, eu não quero matar Hilary ta legal? - Engoli a seco segurando meu choro - Mas é a única saída, e agora que tomei essa decisão... nada vai me fazer mudar de idéia! - Falei com voz trêmula e Anne deu um passo a frente para me consolar. - Sai. - Digo dando um passo pra trás - Eu não preciso de sua pena, e nem de seu consolo.
Depois saio deixando minha mãe e Anne para trás.Pov. Matt
Eu sinto uma coisa aguda em meu peito, como se eu nunca mais fosse ser feliz, nunca mais voltar a sorrir. E nem nada. Na sala de estar, pego um livro e folheiro tentando fazer com que meu tédio passe enquanto ouço minha irmã cantarolando no quarto e gargalhando, isso é um bom sinal, sinal de que se eu acabar maluco como ela serei um pouco mais bem humorado e sorridente vivendo gargalhando de minhas próprias desafinadas no em meus grandes shows de cantorias no quarto, ou até mesmo de atropeçar no tapete da sala.
♧♧♧
- Hilary, esta com fome? - Digo do lado de fora do quarto enquanto escuto ela gargalhar enquanto escuta música clássica em volume alto. Com certeza não me escutou.
Abri a porta e encontrei ela dançando de um lado pro outro, por um minuto fiquei olhando, em transe, eu odeio vê-la assim, mas ao mesmo tempo e tão bom vê-la sorrir, depois de meses. Eu não sei se ela sorri por estar feliz, ou por estar louca, ou por estar desesperada presa dentro de si mesma. Mas é aquele mais lindo sorriso. Ela esta vestida de um jeito diferente, com uma coroa de flores em sua cabeça feita de tecido, um vestido de cheio de rendas branco, e pé descalços, seus cabelos bem cuidados depois de dias, ela hoje tinha algum motivo para estar como esta. Eu não sei se sinto medo, ou fico feliz por ela.
Fechei a porta e bati na porta do banheiro, preocupado ja que meu pai esta faz alguns minutos no banheiro, e seu estado de depressão é crítico.- Papai, esta tudo bem ai?
Depois de alguns segundos ele respondeu com voz aspera :
- Cuide bem da Hilary.
Assenti para mim mesmo e desci até a sala me sentando no sofa.
Você ja pensou no quanto minha vida mudou?
O quanto venho me ferrando ultimamente?
O quanto sou infeliz?
O quanto fodida minha vida esta?Adormeci no sofa. Depois de algum tempo, depois de noites e noites em insônia consegui pegar no sono e acordei de noite. Hilary não estava mais ouvindo música. Então subi até o quarto e espiei pela porta. E aquela imagem terrivelmente eu vi. Ela vestia um vestido de noiva preto. Seu cabelo solto e escorrido e maquiagem borrada. Ela sorria levemente pro lado até me ver. Ela me encarou e depois acenou indo até a porta e fechando para que eu não a visse.
Caminhei pelo corredor, e mais nada me surpreendia. Mais nada me fazia gritar. Encontrei uma poça de sangue saindo por debaixo da porta do banheiro, eu não entendo porque. Não sei quando isso vai acabar, esse verdadeiro pesadelo. Abri a porta e vi meu pai sentado, encostando suas costas na parede, com uma lâmina caída sobre seu peito e um corte profundo em sua garganta, o sangue jorrava, como se nunca fosse parar. Eu sou o culpado, como não estranhei sua última palavra "cuide bem da Hilary?", eu não sei porque, mas sinto que assim será melhor. Coloquei minha mão direita na boca, pois a náusea havia me atacado, a quanto tempo ele estava ali? Morto.
Sai correndo e a tropeçando, até chegar lá fora e encontrar Anne, fui direto até ela, correndo, abracei com força em seguida beijando intensamente em um beijo desesperado e apaixonado, eu não sabia se morreria hoje, amanhã ou daqui cinco minutos, mas eu tinha que dizer a ela o que sentia.- Eu só quero que saiba... - Falei com voz trêmula pausadamente - o quanto eu gosto de você, talvez eu não te ame, ou talvez eu te ame, mas você foi a única pessoa que conseguiu deixar meu mundo mais azul, mais bonito, des de que tudo isso vem a acontecer, eu quero que saiba, que mesmo que se morrermos daqui vinte e três minutos, eu vou estar com você, não me abandone nunca, mesmo depois da morte, eu quero poder ver seus olhos verdes, sentir sua pele macia, e seu beijo quente e delicado. Eu quero que faça uma coisa, depois que acabar tudo isso, que você vá embora daqui, quero que vá viver sua vida, uma vida feliz e de paz, não esse verdadeiro drama. - Falei em meio de lágrimas enquanto ela apertava minha mão.
- Matt... - Pausou olhando para seus pés dando um sorriso estreito depois voltando seu olhar para mim. - Eu gosto tanto de você que prefiro esconder.
Sorri abraçando-a forte.
- Quero acabar com tudo isso, quero que suma no mundo, e eu vou para meu devido lugar. - Segurei sua mão jogando Anne para dentro do carro e trancando-a dentro sem entender nada e começando a chamar por mim, eu sem entender nenhuma só palavra. Vi os baldes de gasolina e abri espalhando pela volta da casa, depois entrando para dentro e colocando em cada canto. Fui até o porão e encontrei um objeto pertencente ao Alexander, um relógio de bolso. Coloquei gasolina inclusive no porão e todo andar de cima. Fui até lá fora e joguei o relógio de bolso de Alexander para dentro e quando acendi o fósforo Alexander apareceu com seus olhos de medo desesperado.
- Você não vai fazer isso! - Disse em um tom desesperado e autoritário.
- Eu vou, é o que eu devia ter feito a muito tempo. - Sorri em seguida gargalhando.
- Matt! MATT! NÃO FAÇA ISSO! - gritou Anne desesperada de dentro do carro. Quando tudo pareceu ficar em câmera lenta, acendi outro fósforo jogando o fósforo para dentro de casa fazendo começar pegar fogo. O fogo cada vez ficava mais alto, Alex gritava de desespero, pois sabia que agora era seu fim. O fogo finalmente pegou em seu relógio fazendo ele desaparecer em uma toxa de fogo, aquele grito perturbador invadiu meus ouvidos.
- Não! Pare! - Gritava Anne de dentro do carro enquanto eu ignorava ela acendendo outro fósforo.
Continua...
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Espíritos Malignos
HorrorApós se mudar para uma casa velha no bosque, próximo à uma pequena cidade, a família Bailey começa a ter grandes problemas. Hilary, a filha caçula, passou a perceber atitudes estranhas em sua família e acontecimentos mal explicados em sua casa...